dura e pela recusa ocasional em receber ordens. Ficou ferido em combate duas vezes.
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Nilva de Souza
- 2014-01-12 02:10:03Sharon Morreu Os carrascos

Galvão
- 2014-01-12 00:35:39Demorou demais...
O meu desejo é que na sua chegada, o Inferno esteja bem quente, e o Capeta de mau-humor.
Walker
- 2014-01-12 00:26:36R.I.P. Ariel, Guerreiro do
R.I.P. Ariel, Guerreiro do Povo Israelense.
Por Caio Blinder.
11/01/2014
às 10:55 Ariel Sharon
O ferido Sharon, ao lado do icônico Moshe Dayan, no canal de Suez na guerra de 1973
Jonathan Freedland escreveu com propriedade no jornal britânico The Guardian: Ariel Sharonpassou os últimos oito anos no limbo, entre a vida e morte, depois do derrame de 4 de janeiro de 2006. A imoblidade e o estado de ambivalência não combinavam com este homem resoluto, de ação, do tudo ou nada e que gerava ódio ou admiração. Sharon era o açougueiro de Beirute, aquele que deu sinal verde para as milícias cristãs (os falangistas) massacrarem palestinos noscampos de refugiados de Sabra e Shatila em 1982. Era também Arik, o rei de Israel.
Eu, soldado desde a infância do sionismo de esquerda, cresci com ódio de Sharon, embora ele fosse afilhado do meu herói, David Ben-Gurion, o pai da independência de Israel. Sharon é um dos últimos a partir da geração dos guerreiros da independência em 1948, combatente de ousadas campanhas militares, mas também de guerras sujas, de massacres de palestinos e patrono das colônias judaicas nos territórios ocupados, que deixaram de ter propósitos meramente estratégicos para se tornarem um delírio nacionalista e religioso.
Como outro integrante desta geração, Yitzhak Rabin (o primeiro-ministro assassinado por um extremista judeu de direita em 1995), Sharon fez a transição de soldado implacável para estadista, quem sabe até para profeta da paz. Meu ódio se transformou em perplexidade e mesmo admiração com esta guinada de Sharon. No essencial, ele nunca mudou: a defesa de Israel antes de tudo, mas com a madura, fria e honesta constatação de que o fardo da ocupação era muito pesado. Corajoso e implacável, Sharon, o primeiro-ministro, empreendeu a retirada unilateral da faixa de Gaza em 2005.
Sharon olhava para frente. Dizia-se que ele não parava no sinal vermelho. Sharon assumia os riscos sem hesitação. E este homem resoluto foi mais uma vez para frente (certa vez na guerra, cruzou o canal de Suez) quando reconheceu que a ocupação não poderia continuar. Quem mais tinha tanta credibilidade para dar esta guinada? A direitona israelense ficou com ódio de Sharon (o meu já tinha sido sufocado) e os palestinos e sua claque internacional também preferem ficar imobilizados na sua narrativa sobre o açougueiro, o assassino, o carrasco, mas Sharon deu a guinada por amor a seu país e ao seu povo. Só os judeus deveriam controlar o seu destino, mas não poderiam fazer isto controlando outro povo. O general construtor de assentamentos foi à luta para destruí-los. Sempre fazendo justiça ao apelido de “bulldozer”.
Sharon não era um hippie geopolítico. Seu curso de ação para o desengajamento nos territórios foi modesto. Ele topou o desmantelamento de todos os 21 assentamentos de Gaza, mas apenas de quatro na Cisjordânia. Mais adiante, quem sabe mais desmantelamentos. Mas, já foi um divisor de água em Israel. Falava-se até em guerra civil em 2005 (e não vamos esquecer que dez anos antes Rabin fora assassinado por um judeu), mas Sharon era um visionário com os pés no chão. Ele impediu que as coisas fossem para o espaço ou que o lobby dos colonos revertesse sua decisão histórica em Gaza. Os passos mais ousados rumos à paz, do lado israelense, foram dados por calejados generais como Rabin, Sharon (e também Ehud Barak).
O combatente que improvisava no campo de batalha (e também na política) passou a ver as coisas de forma menos dogmática, conforme diz David Landau que este mês publicará a biografia “Arik”.O militar que muitas vezes desacatava autoridades e descumpria ordens, rendeu-se à realidade e disparou para o centro. Sharon novamente se rebelou, abandonou o direitista partido Likud (do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu) e fundou o Kadima, que em hebraico significa à frente. Sharon venceria facilmente as eleições quando foi derrotado pela derrame. Hoje, o Kadima é um partido anêmico, embora voz vigorosa a favor do processo de paz e integrante da coalizão de governo liderada por Netanyahu.
Um tarimbado jornalista israelense, Ben Caspit, definiu bem Sharon, o guerreiro-estadista. Ele concluiu que a força de Israel não estava no tamanho do seu território, mas na sua legitimidade, na sua coesão interna e na sua aliança com os EUA (mais difícil com a Europa). Para muita gente, Sharon se tornava uma voz que pregava no deserto, um profeta equivocado. Esta gente está equivocada. O resultado da retirada de Gaza foi o terror do Hamas e seus foguetes. Mas isto não invalida a visão estratégica de Sharon.
Os líderes palestinos que amadureçam como o general-estadista israelense. Na sua visão realista e coragem, Sharon ainda não foi acompanhado pelo outro lado. Será preciso muita paciência. A história do Oriente Médio não se mede por um punhado de anos. Hoje o cenário está desolador. Os palestinos têm líderes venais e Israel, medíocres como Netanyahu.
O Oriente Médio precisa de Mandelas ou pelo menos de bulldozers nativos como Ariel Sharon.
tiao
- 2014-01-11 21:41:54Já está trocando figurinhas
Já está trocando figurinhas com Hitler nas profundezas.
Álvaro Noites
- 2014-01-11 17:37:38Hoje o mundo torna-se um
Hoje o mundo torna-se um pouco melhor.
Aonda me eh viva na memória a VEJA sobre o massacre dos Palestinos de Sabra e Chatila, encontrada por mim quando criança em um quartinho de tranqueiras e velharias da casa demeus pais.
leonidas
- 2014-01-11 17:23:15Em breve ira divitir o
Em breve ira dividir o apartamento com Fidel Castro que ja vai tentar garantir partido unico no limbo...rs
lenita
- 2014-01-11 17:11:42Espero que não encontre a
Espero que não encontre a Marli Marley, à cuja família deixo os meus sentimentos de pesar e que merecia ter vivido mais um pouco.
Sergio Saraiva
- 2014-01-11 16:51:15Da fé que consola e reconforta
Esse é um daqueles momentos em que a fé me faz falta.
Falta para desejar que o filho da puta vá beijar a boca de Satanás.
Sergio Saraiva
- 2014-01-11 16:40:36Mantenha o respeito
Que história é essa?
Porcos são muito queridos por grande parte dos brasileiros. Dos que apreciam o bom futebol, pelo menos.
Mantenha o respeito.
Ex-combatente
- 2014-01-11 15:17:37O mundo se livra de um PORCO
O mundo se livra de um PORCO ASSASSINO
vera lucia venturini
- 2014-01-11 14:47:06Que seja esquecido pela
Que seja esquecido pela história. Um criminoso que se escondeu na carreira militar para poder exercer a sua violência e atrocidade. Matou inocentes, entre os quais crianças e mulheres indefesas. Que faça companhia aos nazistas que o inspiraram.
peregrino
- 2014-01-11 14:44:14melhor para o mundo...
que não apareça outro igual
Luciano Prado
- 2014-01-11 14:42:18Que Deus abeçoe as criancinhas palestinas
Nersta data, saúdo o nascimento de inúmeras criancinhas palestinas.
ulderico
- 2014-01-11 14:35:06Este é um post que, por
Este é um post que, por respeito ao falecimento de uma pessoa, deveria ser fechado a comentários.
Cafezá
- 2014-01-11 14:19:54Que o demônio carregue esse
Que o demônio carregue esse monstro assassino de inocentes.
Agincourt
- 2014-01-11 14:13:46outro que já vai tarde
Recomendação para a Sessão da 10: VALSA COM BASHIR.
...
Gosto de pensar que, durante o prolongado coma, Sharon tenha padecido de horrorosos pesadelos.
Quintela
- 2014-01-11 14:10:26É um cidadão que não será
É um cidadão que não será lembrado por nada de bom.
Muito pelo contrário, foi mais um "senhor da guerra".
Assim como na Inglaterra a morte de Margareth Tatecher foi comemorada com alegria pelos próprios britanicos o Sr. Ariel Sharon também terá o aniversário da sua morte comemorada com alegria e desprezo.
Um dia os Israelenses se envergonharam do Sr. Ariel Sharon como lider judeu...
Jorge Nogueira Rebolla
- 2014-01-11 14:02:27Se ele fosse islâmico...
...estaria se deleitando com 72 houris... de pele suave e macia e imensos olhos negros...
Vixe
- 2014-01-11 13:44:57Que SATANÁZ o receba com a
Que SATANÁZ o receba com a mesma alegria que o estamos enviando...
Tamára Baranov
- 2014-01-11 13:39:27Morreu tarde demais.
Morreu tarde demais. Um cretino a menos.
Antonio Carlos Silva - RJ
- 2014-01-11 13:24:43Esta carnificina jamais será esquecida .
[video:http://youtu.be/K1781iyOn_A]
[video:http://youtu.be/F_oSJHnreYc]
Ramalho12
- 2014-01-11 13:16:41Ausência que preenche lacuna
Não tenho por hábito falar mal de recém mortos, até em respeito à família. Mas Sharon merece que se abra exceção: em casos como o dele, ainda bem que existe o instituto da morte.
Antonio Carlos Silva - RJ
- 2014-01-11 13:06:39Que o canalha arda no fogo do inferno
Sabra e Chatila, um massacre a ser sempre lembrado

Texto publicado originalmente no Boletim Al Thawra
A limpeza étnica sistemática de 1948 na Palestina, segundo Ilan Pappé, foi o principal acontecimento “constitutivo de sua história moderna”. Com o início da prática de limpeza de Israel, milhares de palestinos, expulsos ou aterrorizados, se refugiaram no Líbano em busca de abrigo e segurança. Segundo Pappé, tal limpeza foi praticamente eliminada da memória e consciência coletiva global, tornando, portanto, o direito à memória uma das ferramentas mais importantes para a resistência e luta do povo palestino.
Quando em 1982 Israel invadiu o Líbano em busca da OLP (Organização pela Libertação da Palestina), na época presidida por Iasser Arafat, o estado sionista encontrou então a situação perfeita para ocupar o país e aliar-se a um grupo fascista rumo ao poder. Bashir Gemayel, então presidente eleito do Líbano e carismático líder cristão no país, defendia uma política alinhada à dos Estados Unidos. Em entrevista concedida nos anos 80, ao ser questionado se era ou não aliado de Israel, Bashir explica que sua relação com o estado sionista não é permanente, e que, politicamente, alia-se a quem lhe for conveniente “tomando o máximo de vantagens e benefícios para o balanço de poder e o equilíbrio de poderes no Líbano”. Seu assassinato foi então o estopim para que um massacre de inocentes, sobretudo de palestinos refugiados, acontecesse com a ajuda prática de Israel.
Mas os planos de tal crime de guerra foram arquitetados durante encontros realizados no dia 15 de setembro, com o então Ministro da Defesa de Israel, Ariel Sharon, e líderes de uma mílicia libanesa falangista cristã ligada ao governo de Bashir, Elie Hobeika, Fadie Frem e Zahi Bustani. Nesse encontro, Sharon autorizava as tropas israelenses, responsáveis pelo cerco aos campos libaneses, a permitirem a entrada dos falangistas.
O historiador árabe Fawwaz Traboulsi descreve em seu livro História Moderna do Líbano os interesses firmados antes da morte do presidente Bashir, que planeja colocar em prática uma “solução radical” para equilibrar demograficamente o Líbano, “provocando um exôdo geral da população palestina” que, segundo ele, constituía “um povo em excesso” na região. Junto a responsabilidade destinada a Ariel Sharon e ao governo cristão libanês, o estado norte-americano também teve a sua participação ao retirar todas as suas forças de paz, responsáveis pela supervisão da saída da OLP, e ao evadir os destacamentos militares da região e pressionando, indiretamente, a retirada de forças francesas e italianas do local.
Na prática, os ataques aos campos de Sabra e Chatila podem ser definidos como um massacre de Deir Yassin revisitado, com as mesmas características crueis e de limpeza étnica executadas durante e a partir da Nakba palestina. O massacre deixou cerca de 4.000 pessoas entre mulheres, crianças e idosos mortas. Muitas delas, decapitadas, mutiladas ou desfiguradas.
O jornalista Odd Karsten Tveit, um dos primeiros a entrar nos campos de refugiados após o massacre, descreveu em relato para a TV Al Jazeera cenas de horror. Em um primeiro momento, visitou um hospital e encontrou um jovem garoto ferido nas pernas e no quadril, e ele gritava “mataram minha mãe e meu pai”. Depois, um grupo de palestinos, “usando kuffyas”, mostrou o que até então se tratava apenas de rumores de um massacre.
A cena real de uma matança: corpos e corpos empilhados por estreitas vielas, e multidões aos prantos, buscando por sobreviventes ente os escombros. Tantos mortos, inocentes, esquecidos pela Síria e Jordânia, abandonados, no meio do jogo político sujo de Israel com os Estados Unidos. Apoiados por Washington, os soldados israelenses cometeram as mais diversas atrocidades. O massacre acabou com diversos vilarejos libaneses e muitos acampamentos de refugiados palestinos. Um soldado israelense, que atuou no massacre, Ari Folman, em seu documentário relembra o genocídio no Líbano, as execuções sumárias e a noite em Beirute com o céu iluminado por bombas de fósforo branco e outras de fragmentação. Quando amanheceu, viu pelas ruas mães e esposas de palestinos mortos, que choravam sobre os escombros e ruas encharcadas por sangue. O então primeiro ministro de Israel, Menachem Begin, já possuía um extenso currículo de matanças executadas contra palestinos. Ele era o líder sionista da Stern Gang, grupo terrorista responsável pela chacina em Deir Yasin.
Reflexos do massacre no Brasil
A representação da OLP em território brasileiro instalou-se no ano de 1979 e, em 1982, com o massacre dos palestinos no Líbano, realizou, com diversas organizações estudantis, sindicatos e partidos políticos, grandes passeatas em protesto ao genocídio dos palestinos em São Paulo. Mohamed Al Kadri descreve que as manifestações contaram com dez mil pessoas pedindo o fim dos massacres e a Palestina Livre.
Elie Hobeika, um dos responsáveis junto com Ariel Sharon pelos massacres de Sabra e Chatila, em 1985 assumiu o posto de chefe da milícia cristã, e pouco tempo depois alinhou o grupo aos interesses da Síria. Em janeiro de 2002, Hobeika morreu em um atentado a bomba, e sua morte apontou responsáveis como a Síria e, principalmente, Israel. Isso pois pretendia depor em Bruxelas em um processo de vítimas do massacre. Ele seria uma importante testemunha com relatos que prejudicariam o governo israelense.
No mesmo ano, meses depois, o empresário libanês Mikhael Youssef Nassar e sua esposa foram assassinados em um posto de gasolina da avenida Juscelino Kubtischek, no Itaim Bibi, em São Paulo. Foram mortos com tiros de uma pistola com silenciador e munição brasileira. O libanês era conselheiro de Hobeika e, depois dele, seria a segunda testemunha mais perigosa a depor contra os organizadores e executores do massacre de Sabra e Chatila. Além disso, era filho do comandante do famigerado Exército do Sul do Líbano, força aliada de Israel durante a guerra civil. Sobre ele ainda recai a suspeita de tráfico de armas e negócios ilícitos com áreas em vias de desapropriação para rodoanel. O motivo de seu assassinato nunca foi esclarecido pelas autoridades brasileiras mas há grandes possibilidades que seus executores sejam os mesmos de Elie Hobeika. Tal fato reforçou e, de certa maneira, confirmou a culpa de Israel pela morte de milhares de civis palestinos e libaneses.
O massacre 30 anos depois
Apesar de tal evento ser configurado como uma violação grave diante de um Tribunal Penal Internacional, nenhuma investigação ou condenação foram diretamente feitas contra o governo do Líbano. E mesmo com a acusação formal por meio de inquérito contra Ariel Sharon, o ministro da defesa não foi preso nem deixou o governo, somando este fato trágico da história da Palestina ocupada a tantos outros ignorados por quaisquer organizações ou nações da comunidade internacional.
O genocídio contra o povo palestino e as violações dos direitos humanos e das leis internacionais continuam fazendo parte da política assassina de Israel. Segundo a ANURP – Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos, mais de 500 mil palestinos buscaram refúgio no Líbano e não são considerados pelo governo libanês como moradores permanentes. Vivem isolados em guetos, como cidadãos de segunda classe. Somente em 2010, por exemplo, tiveram o direito ao emprego formal e, ainda assim, sem poder ocupar qualquer cargo.
Um analista sênior da ONG humanitária Human Rights Watch, Nadim Houry declarou que “os palestinos que vivem no Líbano têm as piores condições de vida de todo o Oriente Médio”, sem direitos civis e acesso a serviços públicos como saúde e educação. Fica claro que, além de genocídios planejados e executados por Israel, Estados Unidos e aliados, os palestinos sofrem todos os dias com o apartheid promovido dentro da Palestina ocupada e nos campos de refúgio espalhados pelo mundo. Sabra e Chatila é perpetuada e velada, então, sob ações de exclusão étnica, omissão e abandono dos palestinos.
chico da dilma
- 2014-01-11 13:03:51Que Alá o tenha.
Que Alá o tenha.
Madame X
- 2014-01-11 12:51:20ahhhhh...mas eu tô chorando
ahhhhh...mas eu tô chorando muitooooo...pitangas! ;/
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Ex-combatente
- 2014-01-12 15:05:00Ok!
Desculpe