FBI investigou grupo de esquerda como “ameaça terrorista” ao Ku Klux Klan

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Parece o Brasil atual, que flerta com uma guinada na Lei Antiterrorismo para enquadrar insatisfação política e movimentos sociais na lei, mas ocorreu nos Estados Unidos: o FBI abriu uma investigação contra um grupo de esquerda que milita por direitos civis, considerando os ativistas uma “ameaça terrorista” aos neonazistas do Ku Klux Klan.
 
A existência do inquérito, instaurado após uma manifestação do KKK, em 2016, foi revelada pelo The Guardian nesta sexta-feira, 1º de fevereiro.
 
O movimento “BAMN” (By Any Means Necessary), que é uma espécie de coalização de esquerda que defende ações afirmativas, direitos das mulheres, dos imigrantes, entre outras pautas, foram espionados pelos federais depois que um de seus membros foi esfaqueado durante uma manifestação dos supremacistas, na Califórnia.
 
Segundo o Guardian, o “FBI investigou o BAMN por ‘conspiração’ em potencial contra os ‘direitos’ da ‘Ku klux Klan’ e da supremacia branca.”
 
A KKK foi considerada pelo FBI “vítima” e os ativistas, “potenciais ameaças terroristas”. As ameaças dos supremacistas foram “subestimadas” pelo FBI, que anotou que a KKK é apenas um grupo que alguns “supunham apoiar uma agenda de supremacia branca.”
 
Na opinião de ums dos especialistas consultados pelo The Guardian, o relatório da PF “ignorou 100 anos de terrorismo Klan, que matou milhares de americanos e que continua usando a violência até os dias atuais.” 
 
“Esta descrição da KKK deve ser um embaraço para a liderança do FBI”, anotou o ex-agente Mike German.
 
Guardian afirmou também que os membros do BAMN não enfretaram, ao final do inquérito, um processo federal, e que tudo indica que o FBI arquivou a investigação que “nunca deveria ter sido aberta”.
 
A polícia da Califórnia decidiu não processar nenhum homem de extrema direita pelos esfaqueamentos que ocorreram nas manifestações supremacistas de 2016.
 
Leia a matéria completa aqui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Jornalismo falso e esquerdista hein?
    ”policia da Califórnia não abriu nenhum processo conta esfaqueadores de extrema direita”.
    Como sabem que os esfaqueadores são de ”extrema direita” entrevistaram eles?

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