O confronto entre Rússia e Ucrânia mostra a necessidade do jornalismo profissional contextualizar os fatos que levaram dois povos de identidade tão próxima não conseguirem chegar a um acordo diplomático.
Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, o fotógrafo André Liohn diz que a invasão dos russos à Ucrânia abriu para os jornalistas que estão em campo a possibilidade de darem voz a quem não tem.
Contudo, o que tem sido divulgado na imprensa explica menos o que está ocorrendo de verdade, e acaba por dar apoio ao lado apontado como mais fraco.
Enquanto isso, jornalistas ucranianos têm sido atacados por agentes do presidente Volodimir Zelensky, como milicianos, policiais e soldados em especial na região de Kiev.
Na visão de Liohn, o trabalho de jornalistas especializados nas zonas de guerra é fundamental, principalmente pelo fato de tais profissionais aceitarem trabalhar em regiões desse tipo para informar a situação dos mais vulneráveis.
Porém, se os governos da Ucrânia e da Rússia impedem o trabalho de profissionais, é sinal de que estão escondendo crimes de guerra – e a imprensa não pode sustentar a estratégia de vitimizar para esconder.
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