Ignorância global na avaliação da vitória eleitoral de Trump, por J. Carlos de Assis

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por J. Carlos de Assis

Movimento Brasil Agora

Ignorância global na avaliação da vitória eleitoral de Trump

Tive o privilégio de ser um dos poucos economistas políticos brasileiros que, bem antes da subida de Donald Trump nas pesquisas de opinião, saudei com dois artigos a possibilidade de sua vitória na corrida eleitoral norte-americana. Agora me delicio com a quantidade de comentários idiotas que muitos articulistas, comandados pelo inefável sistema Globo, despejam no pobre eleitor e telespectador brasileiro a respeito de todas as maldades que Trump fará contra o mundo e, principalmente, contra os imigrantes mexicanos.

A estrutura psicológica da esmagadora maioria dos jornalistas brasileiros está intimamente vinculada ao pensamento neoconservador e neoliberal norte-americano. E isso é o que há de pior no mundo em matéria de economia e de geopolítica. Trump, com seu jeito de arrombador de banco, não apenas representa o pensamento pragmático da contra-elite tradicional do país como bate de frente com Wall Street, o centro da acumulação financeira improdutiva dos Estados Unidos e, através deles, do planeta.

Salve Trump. Você veio ao mundo para abalar estruturas seculares de uma nação que havia se desviado da produção para a especulação, provocando, nas últimas quatro décadas, um processo inacreditável de acumulação financeira virtual que resultou numa concentração de renda de proporções escatológicas. Mais do que isso, você se desafiou na campanha para conciliar economia com geopolítica, tirando esta última, espero, das mãos dos geopolíticos sanguinários e promovendo a regeneração do sistema produtivo.

Nossos comentaristas, na sua vulgaridade, não percebem que a política externa norte-americana se desdobra em duas vertentes, uma, a geopolítica, e outra, a economia. Os geopolíticos cuidam do poder americano e, a partir da Segunda Guerra, se tornaram hegemônicos. A vertente econômica tem por base abrir espaço para a empresa americana no mundo. A hegemonia do pensamento geopolítico é extremamente ameaçadora para o mundo. Os chamados neoconservadores são genocidas em potencial com pele de cordeiro.

Sim, porque os neoconservadores, a fim de abrir passagem para suas propostas belicistas, buscam alianças com o estamento militar-industrial e com os setores sociais que defendem interesses dos pobres. Sua arte é matar no atacado fora dos Estados Unidos, não dentro.

Exatamente como aconteceu no Iraque, no Afeganistão, na Primavera Árabe (veja o assassinato bárbaro de Kadafi), na Ucrânia. Não fora a brilhante reação de Vladmir Putin e a Síria também iria bombas abaixo. O objetivo último: reafirmar a prepotência americana.

Dos neoliberais sabemos todos nós no Brasil o que significam, porque conhecemos as consequências de suas imposições de política econômica especulativa ao governo brasileiro, desde Collor a Dilma, passado por FHC e Lula. Mas poucos se deram conta da articulação neoconservadores-neoliberais, eixo da proposta de Hillary Clinton, na campanha americana. De fato, o casal dividia o pódio: ela atendia às expectativas belicistas dos neoconservadores, ele as expectativas econômicas do estamento neoliberal de Wall Street.

A derrubada espetacular dessa dupla pelas razões mais desencontradas é prova de que a história, assim como presumivelmente a Justiça, marcha às cegas. O povo norte-americano não elegeu Trump exclusivamente em razão de suas posições externas ou industrialistas. Mas o elegeu sabiamente. Estamos, hoje, um pouco mais distantes de um guerra global com a Rússia, comandada pelos Estados Unidos, e mais próximos de soluções pragmáticas para os inevitáveis conflitos econômicos e comerciais entre a maior economia do mundo e a Ásia.

Do nosso lado não deixa de ser divertido ver a tevê Globo, que havia feito contra Trump uma “campanha” tão ou mais facciosa que fez contra Dilma em 2014, continuar atacando o candidato eleito, talvez com a ambição de criar argumentos, também lá, para um processo de impeachment mesmo antes da posse. É patética a exibição de manifestações, algumas delas ridículas pelas dimensões, contra o novo presidente americano. Só se explica isso pelo jeito Globo de ser: alguma verba perdida da dupla Clinton. Apesar dela, que viva Trump! 
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

19 Comentários

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  1. Não é só na GLOBO, mas em

    Não é só na GLOBO, mas em todo o mundo e aqui também.

    Trump pode dar uma de Dilma e desdizer tudo o que pregou, e colocar Warren Bufeet como ministro da economia como a Dilma colocou o Brasdesco como ministro no Brasil.

    A China foi inflada de maneira desproporcional na última década.

    É chegada a hora de desinflar essa bolha gigante e obrigar o seu governo a colocar a sua colossal reserva de dólares para salvar a sua economia e não para seus planos expansionistas hegemonicos militaristas no mundo.

    Uma aproximação Russia-EUA seriam um belo contra-ponto ao poderio chines, que mantem a Coreia do Norte viva só para se divertir com o ocidente.

    Uma pena apenas a visão de Trump com respeito ao aquecimento global.

    Mas tenho certeza que as diversas secretarias estgratégicas dos EUA o informarão melhor a respeito do tema.

     

    1. Prezado RogerioNo dia da

      Prezado Rogerio

      No dia da posse, colocará sua mão sobre um livrinho e irá responder que respeitará as instituições e a constituição, ademais, é discurso!

      Abração

  2. Prezado Carlos
    Bom dia
    Até

    Prezado Carlos

    Bom dia

    Até que enfim alguém que enxerga fora do quadrado midiatico que nos trata como mentecaptos!

    Parabéns pela lucidez!

  3. Vc pode ate estar correto em

    Vc pode ate estar correto em alguns pontos, mas é pragmatismo demais para o meu gosto. E com risco de dar errado.

    Não tenho simpatia nenhuma pela Hilary e os democratas, são todos coxinha cheirosos. Mas, pragmatismo ou não, o discurso de ódio ao diferente não se diferencia em nada do que se vê no resto do mundo. Ódio aos imigrantes na Europa, o´dio por todos os lados no Oriente Médio, ódio a tudo que não for preto de pescoço vermelho nos EUA, ódio aos petralhas no Brasil, ódio aos nordestinos e pobres no Brasil.

    A vitória é como um carimbo escrito: Odeie à vontade.

    Menos meu caro, menos.

     

     

  4.              Nao foi a

                 Nao foi a primeira vez, na eleiçao de Obama aconteceu a mesma coisa nao só na Globo, que possue o maior contingente de correspondentes no pais como em publicaçoes impressas como a Veja, cujo colunista pistoleiro chegou a escrever muita bobagem sobre ele,  ninguem  o conhecia  , esses correpondentes internacionais parecem que se apegam apenas a clans politicos familiares (Kenendys, Clintons, Bushes , etc ) enquanto Trump , passava como um trator em cima de politicos como os Bush nossa midia insistia em ignora lo, alguns até  trataram sua candidatura como a do Silvio Santos . 

            A campanha de Hilary foi recheada de escandalos  arrecadaçao monstruosa (cerca de 1 bi), dissimulaçao , vitimismo , sexismo e muito cinismo e nada disso foi publicado na nossa midia , mas nao escapou  na tomada de decisao ao eleitorado norte americano

  5. Proposta para a (pesudo)esquerda em 2018:

    Como a peseudo esquerda brasileira foi abandona por seu antigos aliados de direita com o Sarney e o Maluf e seus novos idolos são Donald Trump, Marine Le Pan, Neil Farage, Viktor Órban,  eu proponho que a esquerda que adora Trump tenha o seguinte programa de goveno para concorrer em 2018:

    1) expulsão dos haitianos e todos os imigrantes do Brasil, 2)construçao de um muro na fronteira do Brasil com a Bolivia e o Paraguai para que os ‘latinos’ parem de vir ao Brasil para traficar drogas; 3) como não somos do NAFTA, o fim do Mercosul; 3)’congelamento de novas contratações no governo federal (com excessão dos militares e da saúde) – isso consta no programa de governo de Trump, está no site de campanha dele; 4) “para cada nova regulamentação do governo, duas regulamentações sejam extintas – também consta no programa de governo de Trump; 5) legalização da tortura – Trump deu a seguinte declaração sobre tortura na sua campanha: “Tortura, metade desses caras diz que não funciona. Tortura funciona, acredite em mim funciona” (matéria no Washington Post).

    Proponho também as seguintes alianças e apoios para a ‘esquerda’ em 2018: grupos neonazistas (todos dos EUA apoiaram Trump), Rodrigo Constantino e O MBL que atacou a cobertura da Globo na campanha americana e celebrou a vitória do Trump no seu Facebook.

    E como candidato da (pseudo) esquerda em 2018, Jair Bolsonaro – afinal ele tem a mesma visão de Trump sobre mulheres e Gays

     

    1. Ainda tem mais.

      Me esqueci de acrescentar mais um ponto para o programa da pseudoesquerda brasiliera que adora Trump: Diminuição dos impostos para os ricos – que também consta do programa do ‘antiliberal’ e ‘antielite’ Trump.

      E nos apoios esqueci de acrescentrar: os coxinhas da paulista que se manifestaram a favor de Trump – com certeza eles não são ignorantes, são muuuuito ‘inteligentes’.

  6. Não sei o que é pior…

    A direita brasileira não se identificar com Trump ou a esquerda vê-lo como um camarada.

    Dito isso, o artigo abaixo pode ser lido com os sinais trocados. Dá na mesma.

    ***

    O estranho caso da direita brasileira que não vê Trump como um igual. Por Kiko Nogueira

    Doria tem um quadro com Trump na parede, mas nega qualquer semelhança

    Um fenômeno curioso aconteceu com milhares de coxas, de diferentes matizes e graus de falta de noção, com relação à vitória de Donald Trump.

    Muitos lamentaram profundamente o sucedido nos Estados Unidos. “Esse cara representa uma direita quase mongol”, disse uma amiga de minha mulher que marcou presença em todos os protestos na Paulista.

    Trump, segundo ela e amigos que desfilaram ao lado de cavalheiros como Marcello Reis, dos Revoltados Online, é xenófobo, reacionário, extremista, machista, fascista e antidemocrático.

    A mídia segue a mesma batuta. Os comentaristas da GloboNews estavam chocados na noite da eleição americana. Renata Lo Prete chegou a apontar que Hillary Clinton foi atrapalhada, veja só, pelo machismo. Sim, o mesmo argumento utilizado por Dilma e devidamente ridicularizado, mas o que é ruim para Hillary não é ruim para o Brasil.

    O Globo publicou um editorial acusando “retrocesso”. Quem elegeu o empresário foi “o americano branco, de média ou baixa qualificação”. Esse sujeito foi “convencido por Trump de que o inimigo são os outros: países, estrangeiros etc”.

    Segundo o Estadão, “quanto mais Trump era atacado por suas diatribes racistas, misóginas e contra os imigrantes, mais seus eleitores pareciam convencidos de que o magnata era mesmo quem dizia ser”.

    Ora, as milícias que tomaram as ruas pedindo o impeachment eram feitas do quê? De intelectuais gentis? Aquelas senhoras segurando cartazes perguntando “por que não mataram todos em 64” eram o quê?

    E os milhares de mentecaptos gritando que “a nossa bandeira jamais será vermelha” junto a torturadores homenageados em carros de som?

    Trump é acusado, por esse seres superiores, de se vender como apolítico. Ele é um milionário, ex-apresentador de reality show movido a um marketing poderoso. Ok. E João Doria?

    As “diatribes” trumpistas são deploráveis, de acordo com o mesmo jornal que chama petistas de “matilha” e “tigrada”.

    Ele “despreza profundamente a democracia”. E Aécio Neves, Gilmar Mendes, José Serra, entre outros que, minutos depois de derrotados no pleito presidencial de 2014, estavam pregando o impeachment? E o vice Michel que conspirava abertamente? Estes são amantes da democracia?

    Esse caldo vai dar no quê? No Churchill?

    No bojo dessa esquizofrenia patética está embutida uma sensação de que nossa régua é diferente, nossos padrões são próprios e ninguém tasca. São nossas jabuticabas. Nosso excepcionalismo brasileiro moleque.

    No nível doméstico, é o casal que ama pegar o metrô em Nova York, toma ônibus de dois andares em Londres, se acaba de andar de bicicleta em Amsterdã, invade os outlets de Orlando fazendo algazarra — e, por aqui, xinga ciclistas de maconheiros comunistas, reclama das faixas que “roubam espaço” do carro e odeia os pretos que entram no shopping.

    Depois de toda a pilantragem institucional e do lixo que foi destampado, é espantoso que a família tradicional brasileira não reconheça em Trump e seus eleitores o parentesco de primeiro grau.

     

    1. Vale destacar:

      ”No bojo dessa esquizofrenia patética está embutida uma sensação de que nossa régua é diferente, nossos padrões são próprios e ninguém tasca. São nossas jabuticabas. Nosso excepcionalismo brasileiro moleque.”

    2. Com Trump, os Coxinhas não vão mais para os EUA

      Com Trump na Presidência dos EUA, os Coxinhas não vão mais para os Estados Unidos e os Coxinhas que lá estão vão ser deportados. Por isso os Coxinhas não bateram panelas para o Trump.

       

  7. O que é isso?! Onde o

    O que é isso?! Onde o “agorista” J.C. de Assis vai parar?! Com este artigo ele se superou em desvairios. Saudar a eleição de um Trump apenas porque, segundo o “papa do agorismo”, ele confrontaria o financismo internacional e, aqui no Brasil, poria em cheque a hegemonia da opinião em torno da Globo é de fruto de uma absouta incapacidade de formar um raciocínio analítico minimamente plausível, É a prova inconteste do ponto de irracionalidade, ou inversão da racionalidade, a que chegamos.

    Mas este artigo é apenas mais um passo que o “agorista” vem dando em direção ao desvairio lógico.

    Antes disso, foi o apoio à candidatura obscurantista à prefeitura do Rio de Janeiro do senador Crivella. Este senhor foi um dos mais entusiasmados apoiadores de candidato vencedor, em que figuravam acadêmicos de escritório e esquerdistas arrependidos.

    Portanto, na verdade nada há de se estranhar com a louca cavalgada deste senhor rumo ao abismo do irracionalismo, agora montado nas barbaridades proferidas por Trump para convencer o eleitorado e vencer as eleições.

    Cuidemo-nos, sim, de rechaçar radicalmente “pensamentos” como os do “agorista”.

  8. Trump cria CAOS dentro do CAOS que permite organizar novo panora

    O autor do artigo escreveu sobre a excitaçao anti-Imperio caindo na extrema-direita-antiglobalista (corrente mundial bem enraizada em USA, aliada agora com a extrema-direita europeia emergente nestes ultimos 20 anos).

    Eu sou anti-Imperio antes de todo mas nao vou fomentar a confusao ideologica na ESQUERDA  nem me trasformar em

    aliado objetivo das correntes neo-fascistas. Eu posso ser anti-sistema do globalismo, do monopolio politico-midiatico norteamericano mas nao  poderia estar com as milicias do Klu Klux Klan e outras anti-federalistas . 

    Compartou as reflexoes do autor em geopolitica, sobre o poder do monopolio politico-mediatico e do complexo industrial da guerra imperial. O caos esta em USA,na Europa, no nosso continente moreno, mas o caos dentro do caos pode neutralizar

    as guerras( Siria,Yemen,Mar de China,Ukrania, as intervençoes (em Brasil,Venezuela).

    Trump poderia ser um personagem-casting que o “governo invisivel” do Imperio deixo crecer para canalizar  o povo frustrado, (metade da naçao norteamericana ) e para “cair fora honorablemente “das multiples guerras das corporaçoes das armas. 

    Posso suspeitar de manipulaçao eleitoral ( sistema eleitoral muito fragil) para fazer esta “mudança”. Poderia suspeitar

    que  o Governo Invisivel USA possa mesmo tirar ou assessinar o famoso empresario Trump.

    Com um personagem como Trump, acreditar o que ele diz, é muita inocencia da parte alguns “intelectuais da

    Esquerda “tao ridiculas como  “os esquerdistas ridiculos ” para apoiar a Crivella.

     

  9. Com a Presidencia Trump uma esquerda USA poderia nascer.

    A partir dos extremos verbais do Trump movimentos de jovens progressistas e de esquerda poderia dar nascimento.

    Dos protestos anti-Trump mesmo depois da sua victoria, milhares de jovens foram na rua em atitude politizada e forte.

    E um ponto possitivo  do Presidente Numero 45 do USA ( o 45 numero bizarro, esta ligado?)

  10. 3ª guerra mundia adiada

    Acho que o autor do texto deveria ter sido mais claro. Não é bem que a vitória de Trump tenha sido boa e sim a DERROTA DE KILLARY. A patroa do ex-presidente Bill Clinton desencadearia uma guerra de proporções imprevisíveis já que ela é uma das maiores lideranças do Partido da Guerra por ter no complexo industrial-militar (junto com Wall Street) seu maior patrocinador e a indústria bélica quer é guerras e mais guerras para vender armas, não importa pra que lado. Na guerra Irã-Iraque, provavelmente provocada por eles, vendiam armas para os dois países. E Killary se vangloriava do crime cometido contra a Líbia destruindo o país e entregando-o para partilha entre grupos terroristas; há um vídeo mostrando ela rindo dos “bombardeios humanitários” que promoveu na Líbia quando era Secretária de Estado de Obama (o rei dos drones sobre populações civis). Então, nesse aspecto, independentemente de quem venceu, o importante foi a derrota de uma representante da indústria armamentista que certamente promoveria uma conflagração mundial. O partido democrata agiu burramente ao impedir a candidatura de Bernie Sanders que em todas as projeções venceria Trump facilmente, preferindo perder com Clinton. Com o adiamento da 3ª guerra mundial a humanidade agradece.

    Vejam aqui um dos analistas mais respeitados do mundo, o espanhol Ignácio Ramonet, analisando as “eleições” norte-americanas:

    https://www.nocaute.blog.br/mundo/sete-propostas-explicam-vitoria-de-trump.html

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