Investigação contra Assange ficaria em sigilo até que ele fosse preso, pediam autoridades

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Aos fazer duas coisas ao mesmo tempo, promotora sem querer copiou trecho do caso contra Assange em outro processo não relacionado, o que tornou pública a acusação. A promotoria pedia ao juiz que a investigação contra o fundador do Wikileaks deve “permanecer confidencial até que Assange seja preso”
 

Foto: Getty Images
 
Jornal GGN – “Furo: o Departamento de Justiça ‘acidentalmente’ revelou a existência de acusações confidenciais (ou um rascunho para elas) contra o editor do WikiLeaks Julian Assange”, divulgou o WikiLeaks, nesta sexta-feira (16).
 
 
O fundador da instituição, que ficou conhecida por revelar centenas de documentos confidenciais da CIA e do governo dos Estados Unidos em 2010, está sendo investigado por promotores norte-americanos, que sem querer revelaram a existência da acusação, que até então tramitava em segredo de Justiça.
 
Não se sabe, contudo, o conteúdo das acusações, porque o caso permanece em sigilo. A revelação foi feita após as autoridades dos Estados Unidos “acidentalmente” copiarem e colarem a referência ao indiciamento – ou a um “rascunho” de denúncia, informou o Wikileaks – em outro processo que não tem relação com Assange. 
 
A promotora adjunta Kellen Dwyer arquivava um caso separado, ao mesmo tempo que solicitava a um juiz que mantivesse o arquivo da acusação como confidencial. Sem querer, a promotora colou o parágrafo do arquivo confidencial neste outro caso.
 
A única informação que se sabe sobre o indiciamento é o seguinte parágrafo: “sevido à sofisticação do acusado e da publicidade ao redor do caso,é improvável que outro procedimento possa manter confidencial o fato de que Assange foi acusado”.
 
 
Este trecho foi divulgado pelo jornal The Washington Post, que informou, ainda, que Dwyer escreveu ao juiz que a acusação deve “permanecer confidencial até que Assange seja preso”.
 
 
A íntegra do documento anexo pela promotora, acidentalmente, pode ser conferido abaixo. A menção a Assange está no primeiro parágrafo da segunda página:
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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