O caso Marc Rich e o interesse nacional

Por André Araújo

Marcel David Reich, nascido em Antuérpia em 1934, emigrou para os EUA ainda jovem com os pais e não terminou a educação básica que é padrão nos EUA. Empregou-se na trading de commodities Philip Brothers, a famosa PHIBRO que, por décadas, dominou a importação e exportação de metais em muitos países, inclusive no Brasil, lá tornou-se um dos maiores traders e onde adquiriu conhecimento e o network.

Vou mais adiante escrever um post sobre a PHIBRO, lendária empresa com muitas ligações no Brasil.

Em 1974, Rich fundou sua própria trading Marc Rich & Co. A firma praticamente criou o mercado spot de petróleo, até então o petróleo se vendia em contratos de longo prazo, mas havia um espaço para venda para pronta entrega e Rich o desenvolveu, tornando sua empresa próspera e crescente. Não tinha qualquer escrúpulo em transações, negociava com qualquer um, ditadores, golpistas, se aproveitava especialmente de situações de embargo e de sanções, quando o produtor ficava estrangulado, ele comprava furando regras de bloqueio, aí é que ganhava mais. Seus clientes foram o ditador da Romênia, Ceaucescu, Fidel Castro, o líder da Nicarágua Daniel Ortega, os líderes da Revolução Iraniana, especialmente Khomeini, Pinochet, Hugo Chávez, que escoava quase toda exportação da PDVSA através da Glencore, nome corporativo da outrora Marc Rich & Co., com sede em Zug, na Suíça.

O pano de fundo do mercado spot foi a mudança na geopolítica do petróleo que se deu nessa época. Antes, toda exploração e produção eram das Sete Irmãs, as majors do petróleo. A partir dos anos 70 as produtores do Oriente Médio, África e América Latina foram estatizadas e os novos donos precisavam de tradings, algo que as majors não necessitavam, pois elas mesmo faziam a distribuição. Todo petróleo do Oriente Médio, Venezuela, Equador, Colômbia e Peru viraram estatal, Brasil e México sempre foram estatais, esse o campo das tradings.

O maior instrumento de Marc Rich era a corrupção. Os ditadores vendiam óleo através da Glencore e em cada barril Marc pagava o “por fora”, 5 ou 10 dólares por barril, por isso os novos donos do petróleo preferiam vender para a Glencore e não para a Shell, que não pava comissão.  A PDVSA vendia para sua própria subsidiária CITGO nos EUA usando a Glencore e assim quase todas as estatais.

Hoje a Glencore transaciona 800 bilhões de dólares por ano, contando a Xstrata, sua subsidiária de metais não ferrosos, que também explora minas próprias. A Glencore não ficou sozinha no mercado, é seguida paela Trafigura, de Lucerne, na Suíça, formada por ex-operadores da Glencore, com 380 bilhões de dólares e pela Vitol da Holanda e Texas, com 400 bilhões de dólares anuais de transações.

Em 1983 Marc Rich foi condenado por 65 acusações de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e desrespeito a embargos contra o Irã e Rodésia, sendo condenado a 300 anos de prisão. Fugiu dos EUA onde nunca mais voltou e se escondeu na Suíça. Não voltou nem para o enterro da filha  em 1996. O promotor de seu caso foi Rudolph Giuliani e Rich foi considerado o maior sonegador de impostos da história dos EUA. Como fugitivo foi considerado um dos dez mais procurados do mundo. Seu passaporte americano foi cancelado mas Rich tinha passaportes da Suíça, Espanha, Bolívia, Bélgica (onde nasceu) e Israel (por ser judeu).

Seu mandado de captura internacional ficou circulando até 20 de janeiro de 2001, último dia do mandato do Presidente Bill Clinton, que lhe deu completo perdão criminal e fiscal, mandou encerrar todos seus 65 processos. A decisão de Clinton foi legal mas ele sofreu uma bateria de críticas violentas, especialmente porque Rich e sua esposa Denise foram grandes doadores de campanha para Bill Clinton. O elo era Denise Rich, amiga do casal Clinton e que morava nos EUA, mesmo depois de sua separação de Marc, que se casou e separou novamente.

Clinton se defendeu alegando que Rich era um empresário de grande importância para os Estados Unidos e para a economia americana. Na realidade, através da Glencore, os EUA tinham laços com todo mercado mundial de petróleo, onclusive de paises inimigos, provavelmente msmo condenado Rich passava informações desses movimentos para o governo dos EUA, é impossivel operar nessa escala sem algum tipo de cooperação com os EUA.

Marc Rich morreu em 26 de junho de 2013, de infarto, na Suíça, deixou uma fortuna de cerca de 10 bilhões de dólares e uma das maiores coleções de arte privadas do mundo, com abundância de Renoirs, Monets e Picassos.

Foi enterrado em Israel.

Lição da Historia: Governos de grandes países operam por razões de interesse nacional, moral, ética, raiva, justiça,  ressentimentos, ficam em um plano inferior, o interesse nacional sempre está em primeiro lugar.

Como disse uma vez Delfim Neto em uma frase lapidar “O Estado é um ente aético”.

 
Redação

20 Comentários

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  1. No nosso caso o interesse

    No nosso caso o interesse nacional já foi para o brejo. O Governo não tem como reagir, já perdi as esperanças.

    Uma de nossa maiores empresas está prestes a sofrer uma devassa nacional e internacional (obviamente que há empresas de outros países, concorrentes dela, com este interesse também).

    O ex Presidente mais famoso que temos, que fez um grande Governo e saiu com popularidade altíssima está sofrendo uma campanha duríssima, tanto da mídia quanto do MP – quem indica o chefe do MP é o Governo, do mesmo partido do ex presidente, mas que não se move, nem um milímetro em sua defesa, nem as claras e nem nos bastidores.

    E ex homem forte do Governo do PT, um dos principais responsáveis pelo exíto petista até a presidência é também caçado pela mídia, pelo MP e pela justiça. Mais uma vez, o Governo lava as mãos, nada faz.

    O Governo Dilma, de fato,  acabou. A única esperança é dar sorte na economia e torcermos para aparecer algum Estadista pelo menos razoável que possa vir a assumir o País em 2018 e botar as coisas em ordem.

  2. Eu não tenho a retórica e nem

    Eu não tenho a retórica e nem o conhecimento histório do Andre Araújo pra falar sobre esse personagem. Mas existem algumas inconsistencia aí.

    Apesar da Glencore ter sido orginada da RichCo, antiga Marc Rich Co, ele, especificamente, não tinha absolutamente nada a ver com ela, a não ser o espirito dele ali impregnado. A Glencore, desde o começo, foi comandada e controlada por Ivan Glasenberg, seu principal trader, e outros grandes traders que tb tem participação.

    Tive certo relacionamento com a Glencore no começo da minha vida profissional e sempre me intriguei com a figura de Marc Rich. No final dos anos 90 era, de certa forma, intrigante essa figura dentro da Glencore. Os executivos e traders se arrepiavam a qualquer referencia ou menção a Rich mas, por outro lado, se vangloriavam de seus feitos e de seu estilo.

     

     

     

    1. Meu caro, a Glencore foi
      Meu caro, a Glencore foi criada por Rich, , Gleisenberg é CEO desde 2002, Rich morreu em 2003, as grandes corporações, especialmente do tipo Glencore, tem controle complexo, holdings e subholdings em paraisos fiscais, é dificil saber onde termina o fio. Mas como vc mesmo diz, se todos na Glencore temiam Rich era por alguma razão
      e embora ele pudesse estar afastado da empresa, sua sombra estava lá.

      1. Estou te dizendo pois fazia

        Estou te dizendo pois fazia negócios com eles no final dos anos 90 e, independente se o Glasenberg só fora designado CEO em 2002, ele já era o boss há muito antes disso.

        Foram 3 ou 4 anos de convivência próxima com essa empresa onde a hierarquização era mínima. TODOS queriam comprar ou vender! Um simples trader local podia arrebentar a boca e ganhar muito mais dinehiro que o chefão na Suíça ou Honk Kong. Não existiam escrúpulos e todos os traders locais tinham licença pra atuar. No Brasil, onde o carvão é insignificante, eles ganharam horrores com as carvoeiras de SC e com as siderurgicas integradas. 

        Rich, ao menos no final dos anos 90, já não fazia há muito tempo parte dessa estrutura. Inclusive se falava que a turma operadora havia corrido com ele da empresa….assim como a turma de Andre esteves fez no Pactual com Luiz Cesar Fernandes.

  3. Meu caro Daniel, a mensagem

    Meu caro Daniel, a mensagem do post sobre o Marc Rich é que o Estado deve sempre proteger suas empresas porque elas são um capital do Pais. É uma AUTO MUTILAÇÃO o que estão fazendo contra nossas grandes construtoras, estamos destruindo um capital corporativo que começou a ser gormado logo após a Segunda Guerra e com isso vamos ter dificuldade em construir a INFRA ESTRUTURA que é o unico caminho para sair da recessão e fazer o Pais crescer.

    É uma ilusão de ignorantes achar que médias empreiteiras ou firmas estrangeiras vão substiruir as grandes nacionais.

    O conhecimento do Pais , dos projetos, da mão de obra e sua capacidade de integração de fatores não são dominados pelas médias e pelas estrangeiras. Estamos destruindo CAPITAL NACIONAl de que muito iriamos precisar.

    Porque Clinton perdou Marc Rich? Porque a prisão dele acabaria com a Glencore e a Glencore é no final uma empresa

    americana, que opera sob a cobertura dos EUA, mesmo com todas suas irregularidades.

     

    1. Concordo plenamente

      Concordo plenamente André.

      Até porque uma obra de engenharia, principalmente as grandes obras são serviços extremamente complexos. Não são simplesmente um produto que se compra de um, monta, e vende para outro, como faz uma fábrica de sapato, por ex.

      Meu comentário é no sentido de que o Governo Dilma parece não ter a mínima força – talvez também não tenha o interesse  – de fazer algo minimamente nesse sentido. Nem o ex presidente Lula o Governo defende. Imagine empresas.

       

  4. Glencore e Xstrata
    Essas empresas sempre foram braços econômicos/financeiro das operações sujas da CIA, no mundo afora. A xstrata foi pródiga em lavar os chamados diamantes de sangue, com seus parceiros israelenses/libaneses no oeste africano financiando todas as guerras sujas na africa e orinte próximo, colocando a culpa na suspeita usual. Isso explica porque o fundador deixou um herança mixuruca de só 10 bi, o que mostrou sua honestidade com o dinheiro de seus controladores(não é ironia).

  5. Como sintetizar

    Como sintetizar o complexo interesse nacional. Por que não há consenso de que a o interresse seja a diminuição da desigualdade de renda das familias?

    Se vivemos em um mundo no qual predomina a “competição” – um principio do mercado – é devido ela avançar alem da igualdade de meios de competir que seriam a educação tecnologica (Prouni e Pronatec) e a informação que não é dada pela nossa midia a incentivar o complexo de viralatas. Assim

    Competicão E igualdade e combate ao complexo de viralatas

  6. Suiça, a trading da URSS – para além da Arcos
    A União Soviética vendia fisicamente parte majoritária de suas commodities por meio de trading companies instaladas nos cantões suíços (Zug, Basel, Genebra) . Desde petróleo a metais, fertilizantes, soft commodities, etc.

    Fortunas de “intermediários” (europeus ocidentais) foram construídas com base nessa estrutura: paga-se AV de “estoque físico” em porto soviético (o “index” de preços flutuados de acordo com os níveis de estoque colocados nos portos X, Y, Z de commodity a,b,c”) e faturamento/documentação-chartering-trading via Suiça. Bancos suiços operavam o “trade finance”, fornecendo o capital de giro necessário para lubrificar a roda. Os rebates dos compradores correndo out-of-the-book. Era o modus operandi do mercado físico spot, muito originado da engenhosidade de operadores como Rich. Quiçá, a única forma de alavancar as exportações dos soviéticos. A posteriori, nascem outros instrumentos muito mais sofisticados.

    Impressiona-se que, até hoje, os russos ainda continuam a operar da mesma forma, e não diretamente via Moscou. Só que hoje já existem também outros centros como Monaco (quem é essa Fedcom que patrocinava o time de futebol do Mônaco?), Lichtenstein, Luxemburgo, Londres.

    1. Me intriga tambem

        É até mesmo bastante estranho, que mais de 20 anos já passados, as empresas russas, não importando seu controlador ( Estado, mista ou privada ), ainda operem da mesma forma que na época soviética, até já recebi uma sondagem russa, na qual o funding era de um banco cipriota.

         Por puro palpite, mas com certa base, creio que este sistema, que anteriormente ( época soviética ), era ótimo para carrear caixa 2 , ou mesmo para “desviar” verbas – comissões, para membros do Estado soviético, continuou e continua rolando, só alterou quem recebe os frutos da intermediação.

          Nota: Este banco cipriota é do mesmo fofo do Monaco FC, um médico que ficou bilionário sabe-se lá como, um destes oligarcas formados pela perstroika, Dmitry Ryboloviev, já a Fedcom ( sediada em na Ilha de Man ), dizem que é dele e de Alexey Fedorichev, um cara que não tem biografia, mas uma “capivara” ( http://www.runmafia.com/person.php?id=1861 ).

  7. Moral da história: leis só se

    Moral da história: leis só se deveria aplicar a pequenos empreendedores, por exemplo o cara que abre uma lanchonete num bairro, um outro, dono de uma pequena indústria para fabricar escorredores de arroz e prendedores de roupa no varal, ou ainda ao psicólogo, advogado ou dentista. E só deveriam servir para que fiscais achacando essa empresas, ganhassem propina, nunca para que o estado regulasse a atividade privada. Todo perdão aos especuladores que deram o golpe… ops! causaram a “crise” em que o mundo está imerso desde 2008.

    “Não tinha qualquer escrúpulo em transações, negociava com qualquer um, ditadores, golpistas, se aproveitava especialmente de situações de embargo e de sanções, quando o produtor ficava estrangulado, ele comprava furando regras de bloqueio, aí é que ganhava mais.”

    Viva Pablo Escobar! Viva Marcola! Viva Perrela!

    1. Em tempo: Ainda não vi o

      Em tempo: Ainda não vi o estado tomando nenhuma iniciativa para derrubar as empresas de engenharia e menos ainda a Petrobrás. Pelo contrário, o estado federal está tentando vializar o novo PAC. Quem está tentando derrubar a indústria nacional é a imprensa brasileira alinhada com a do us dolar based. Não consta – mas posso estar enganado – que nenhuma sanção ou multa tenha sido imposta às empresas e sim a alguns de seus diretores. Rich morto suas empresas continuam funcionando.

      1. A prisão dos dirigentes de

        A prisão dos dirigentes de uma grande empresa abala completamente a reputação da companhia, suas linhas de credito, sua capacidade de ganhar contratos e as estruturas internas de comando. Tudo isto está acontecendo na elite das construtoras brasileiras.

        1. Pois é, “reputação”.

          Pois é, “reputação”. Reputação é atributo de quem senão da mídia?

          Por melhor que a empresa cujos administradores estão sendo investigados trabalhe – e ninguém é insubstituível -, sempre haverá um urubú para tentar desvalorizá-la, que fica ali, de butuca, aguardando para que algo sirva de pretexto para atingir a reputação de concorrentes. Quem são os urubús nessa história? Estão a serviço do que? De quem? A quem interessa difamar e sucatear a empresa nacional? Considerando que as bolsas trabalham em cima de reputações, será que uma Chevron, por exemplo, teria perspectiva de alguma vantagem caso as ações da Petrobras despencassem, não por incapacidade operacional mas por pura urubuzada?

          É fogo, André, eu realmente lamento que estejamos passando por momentos como esse, de tentativas de destruição de reputação do que é nacional brasileiro. E creio que a humilde contribuição que podemos dar é evitar ajudar a destruir essas reputações, deixando tão claro quanto possível, com informação correta e honesta de que as ações do Judiciário brasileiro não visam as empresas e sim alguns de seus administradores, que mesmo o governo brasileiro através do Executivo está fazendo o possível para não interromper PACs e que-tais. De resto, cabe à mídia brasileira e internacional, que não tem sido lá grande amiga do Brasil.

  8. Embargos, bloqueios, Irã ………

      Embargos e bloqueios somente são papagaiadas que intituições internacionais, governos e diplomatas, oferecem para seu publico interno, só é possivel embargar/ bloquear pobres, e desde que estes pobres não possuem amigos ricos e neles interessados geopoliticamente, pois de resto o que estes instrumentos fazem, é proporcionar mais negócios para quem se dispuser a arriscar, e tenha costas quentes em governos.

       Glencore e Revolução Islamica – Ilhas de Kharg e de Lavan.

       Estas ilhas, principalmente a de Kharg, a epoca da Guerra Irã x Iraque ( 80 – 88 ), era o principal ponto de exportação de petroleo iraniano, que se encontrava “embargado” para varios paises, Lavan ainda era pequeno, e o que ocorria:

        Navios VLCC/ULCC ( big tankers ), com bandeira iraniana, carregavam em Kharg, e dirigiam-se a pontos especificos no Golfo Pérsico, alem do Qatar , ( onde “abrem-se as rotas de acesso – 3 – aos terminais de carregamento “)e lá transbordavam sua carga, para outras embarcações, todas com “bandeiras de conveniência”, em sua maioria navios gregos, contratados pelos operadores do mercado “spot” , saindo do Golfo, estes navios recebiam seus portos de destino, as vezes tal operação “spot” demorava, eles ou ficavam “ao largo”, ou demandavam portos paquistaneses.

         Com o recrudescimento da “Guerra dos Petroleiros” ( Sadam resolveu afunda-los, não importando a “bandeira” ), e a parcial desativação do Terminal de Kharg ( bombardeado varias vezes ), ocorreu uma das coisas que em guerras poucos comentam, pois pode “pegar mal ” para governos envolvidos, pois o governo americano decidiu “escoltar ” estas embarcações, incluindo as iranianas, até ficar pronto o Terminal de Lavan ( Irã em frente ao Qatar ), afinal o dinheiro que gerava o “spot” iraniano, suas relações com varias tradings ( incluindo a Glencore ) americanas, européias e japonesas, não podia ser desperdiçado.

  9. Desculpe mas tenho que perguntar:

    É mesmo impossível trabalhar observando a legislação? Se for, para que serve a nação e seu o estado? Apenas para recolher impostos e repassar à iniciativa privada, um tipo de Robin Wood às avessas? É isso o “interesse nacional”, fomentar mas apenas os que conseguem se inserir no sistema? E o que dizer do fato de que a grande maioria dos que estão no sistema hoje herdaram, de alguma forma, essa inserção? (Aécio Neves, famílias como as que detém as grandes construtoras, a mídia, os grandes grupos empresariais e seus restritos clubes e networks são exemplos.)

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