Fernando Horta
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O maior poder do Diabo, por Fernando Horta

O maior poder do Diabo

por Fernando Horta

“O maior poder do Diabo é convencer o Homem de que ele (Diabo) não existe.”. Atribuem esta frase a Charles Baudelaire, mas se alguém tiver indicação mais sólida da autoria, favor comunicar.

Quem estuda os EUA nas décadas de 40, 50 e 60 fica impressionado com o tamanho do investimento público – feito pelo governo diretamente ou por “fundações” que tinham isenção de impostos – para a criação de todo um arcabouço científico voltado para a “engenharia social”. Sociologia, Antropologia, Psicologia, Marketing, Ciência Política, Economia e etc. eram patrocinadas desde que os projetos fossem de uso imediato na “Guerra contra o Comunismo” que se iniciava. Tal qual o investimento nas armas nucleares, nos mísseis, aviões e comunicações, as “humanas” recebiam vultuosos recursos – que terminaram por construir um campo de ponta em pesquisa e publicação – na medida em que ofereciam ferramentas de controle e modificação das realidades históricas ao governo norte-americano.

Antes que comecem os argumentos conspiracionais, é preciso que se diga que TODAS as teorias foram colocadas em prática primeiro sobre sua própria população. A inserção pelo consumo como forma de diminuição do interesse popular na política é característica dos EUA pós-guerra. O “lawfare” foi insistentemente usado contra as minorias nos EUA (Malcolm X, Luther King, Rosa Parks, Betty Friedan, César Chavez, …). O controle da mídia como forma de criar pautas que dividiam a opinião pública é a gênese do Macarthismo. O financiamento para “think tanks” conservadores, em suas ações de cooptação da juventude, é marca norte-americana desde os anos 60, assim como a militarização e o patriotismo foram (e ainda são) usados como argumentos para interditar debates sobre políticas públicas e possibilidades de mudanças na sociedade e economia yankee.

O receituário empregado dentro de casa é, portanto, exatamente o mesmo usado “overseas”. Nos EUA, há muito impera o voto facultativo e ninguém que realmente conheça a história e política dos EUA pode deixar de perceber que democracia como um “direito” redunda em altos níveis de abstenção e uma baixíssima participação social na política. A atuação de controle do Estado sobre o cidadão não começou com as leis antiterrorismo depois do 11/09. São marca de criação da CIA e do FBI desde os tempos de Allen Dulles e John Hoover.

Agora, a maior máquina de ilusionismo do mundo ganhou novas ferramentas para trabalhar, mas as teorias e os objetivos continuam os mesmos. Enquanto Trump ameaça com o “botão nuclear” o mundo, “protestos espontâneos” no Irã surgem. Espontâneos, sem lideranças, “apolíticos”, com pautas inicialmente ligadas aos interesses econômicos das populações urbanas (“não é por 20 centavos”), e que são coordenadas pelas redes …

Lembra algo?

Lá, no Irã, também os partidos nanicos de esquerda estão se lançando como partícipes dos movimentos “populares” e empunhando bandeiras revolucionárias. O Partido Comunista Iraniano já informou que o protesto é das “massas e dos trabalhadores” e que visam uma “mudança no regime” para melhoria da população.

A receita dispensa a internet. Tanto no Brasil em 64, quanto no Chile em 73 o modus operandi é semelhante. Primeiro induz-se uma crise econômica. No Brasil os níveis de investimento internacional caem dramaticamente entre 62 e 64, e mesmo acordos de cooperação já assinados são abruptamente interrompidos para forçar o problema econômico. No Chile houve a indução de crise de desabastecimento com as greves de “caminhoneiros”, além das rupturas de tratados com organismos internacionais. No Brasil, em 2013-2014, o empresariado decidiu parar com o investimento no país, de forma Kaleckiana. No que foi bastante ajudado pela desastrosa política de desoneração sem contrapartida de Dilma e, depois, pela insólita guinada neoliberal de Levy. Na Venezuela, na Argentina, no Equador e etc. é sempre o mesmo receituário. Crise econômica induzida, desabastecimento, financiamento das oposições, crítica internacional ao “regime” (qualquer que seja) e a “felicitação” pela busca do povo pela “democracia”. Depois da queda dos governos, os valores investidos são retornados com lucros. Pedro Parente (já condenado por desvios em gestões suas na Petrobrás) acaba de indenizar em alguns bilhões de dólares os EUA.

Não se tem notícias de pagamento de indenização a países estrangeiros pela quebradeira de 2008. O Lehamn and Brothers, a seguradora AIG, o JP Morgan, o Citigroup, a Goldman Sachs, o Bank of America, Merrill Lynch, a Moody’s ou a Standard & Poor não tiveram que pagar “indenizações” ao mundo todo pelo que fizeram. Mas Parente já faz a Petrobrás pagar uma parte do prejuízo que os EUA tiveram com 2008. E com os aplausos de parte dos eleitores brasileiros, felizes com a luta contra o “comunismo”.

A manipulação internacional do preço do petróleo, com a ajuda do sempre parceiro regime da Arábia Saudita (note-se que não há uma crítica americana sobre a falta de democracia lá ou sobre os direitos humanos), atingiu em cheio Rússia, Irã, Venezuela e Brasil, de forma direta. Permitiu a queda de lucratividade das empresas estatais de energia e a diminuição de entrada de impostos de forma a atingir o nível de vida das populações. A partir daí, não é mais necessário o pagamento de políticos dentro dos países (como foi em 64 ou 73 na América Latina) os “bots” da internet se encarregam de criar os “revoltados” on line. É barato, efetivo e mais fácil. Destrói-se regimes sem fortalecer NENHUMA nova liderança política já que o movimento parece ser “horizontal”, “apolítico” e “popular”. Cria-se um clima de desesperança na política, de terra-arrasada que inflige, além dos danos imediatos dos golpes políticos, ainda de cinco a dez anos de desarrumação interna.

As armas nucleares não podem ser usadas. O custo político e social é proibitivo. Há mais de 70 anos os EUA usaram em uma guerra contra os fascistas japoneses, e mesmo com todas estas razões nunca se livraram das acusações de selvageria. É um estratagema ilusionista ficar discutindo que tem o maior “botão” nuclear em sua mesa, portanto. Mas, enquanto o ilusionista acena com a mão direita ao público, as verdadeiras armas de destruição em massa estão sendo secretamente postas em prática. Usando as mesmas teorias sociais e políticas desenvolvidas nos anos 50 e 60. Lutando pelo “coração e as mentes” das pessoas no mundo. Insuflando medos irreais, criando “corruptos” por todos os lados, gerando fraturas sociais e, com apoio das elites internas, destruindo projetos de desenvolvimento e emancipação nacional.

Agora com a internet e as mídias sociais, tudo ficou mais barato. Não há mais a necessidade de “Cabos Anselmos”. Youtubers, digital influencers, e qualquer bunda, foto ou clipe fazem os problemas reais desaparecerem. Enquanto uns sentem medo do comunismo, outros da guerra nuclear, os grupos “críticos e conscientes” lutam por qualquer argumento que não seja de crítica econômica. O Marxismo é “velho e ultrapassado”, a “mais-valia” uma bandeira do século passado e a “luta de classes” “não mais me representa”.

“Quem não sabe brincar, não desce pro play”, dizem os novos empoderados. E, pensando bem, eles têm toda a razão. O mundo não é uma brincadeira e não estamos em nenhum playground.

Fernando Horta

Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.

24 Comentários

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  1. bom post

    Bom post como sempre.

    Tenho um cunhado ( cada um tem o cunhado que merece) que toda as vezes que nos encontramos solta aquelas barbaridades que muito coxinha acredita.

    Ele certamente acreditaria que :

    -a petrobras deve sim pagar pelos “prejuizos” causados aos “investidores”

    – que no Irã há uma revolta “espontanea”.

    -que os EUA são uma democracia exemplar.

    Já me disse que assina canal fechado só para ver a Globonews, que o Lula á ladrão mas FHC não, que votou no Serra para Senador pois não tinha opção ( Suplicy está concorrendo!!!), que a previdencia social está falida e tem que aprertar mesmo, que a reforma trabalhista vai criar emprego…

    E assim vai…

     

  2. “Quem estuda os EUA nas

    “Quem estuda os EUA nas décadas de 40, 50 e 60 fica impressionado com o tamanho do investimento público – feito pelo governo diretamente ou por ‘fundações’ que tinham isenção de impostos – para a criação de todo um arcabouço científico voltado para a ‘engenharia social'”.

    Anos 40, 50, 60? E as bibliotecas públicas criadas no final do século 19 e início do 20? Não foram os Robber Barons que investiram nelas? Não foram eles que investiram nas universidades durante esse período? Com que dinheiro se construiu os departamentos de economia que hoje repetem diagnósticos que não funcionam (a não ser para os bancos e seus acionistas)?

    Será que eles não vencem o jogo porque a maior parte da oposição joga de acordo com as “regras” que eles permitiram (e incentivaram) prosperar?

    É necessário ter uma disciplina de marketing e propaganda (incluindo operações psicológicas) no ensino fundamental e médio e essa disciplina tem que ter tanto peso na carga horária quanto as disciplinas de ciências e história. Não há como exercer cidadania se nós não temos a menor noção de como somos manipulados para ficarmos uns contra os outros enquanto nossas riquezas são levadas embora a preços vis pelas multinacionais estrangeiras.     

    1. “Anos 40, 50, 60? E as

      “Anos 40, 50, 60? E as bibliotecas públicas criadas no final do século 19 e início do 20? Não foram os Robber Barons que investiram nelas? Não foram eles que investiram nas universidades durante esse período? Com que dinheiro se construiu os departamentos de economia que hoje repetem diagnósticos que não funcionam (a não ser para os bancos e seus acionistas)?”

      Mas não era uma política de Estado, né? Eram Robber Barons limpando a barra deles fazendo filantropia.

  3. O mal dos acadêmicos brasileiros

    Há cerca de um ano, o autor deste artigo escreveu um texto imbecil, no qual negava a participação dos EEUU na trama golpista e na instalação da ORCRIM lavjateira. Na época o articulista (professor e historiador, como se sabe) chegou a discutir com leitores que o criticaram. Fernando Horta desdenhou dos leitores que mostraram haver uma conspiração e trama urdida pelos EUA, não só pra derrubar a Presidenta Dilma Rousseff, mas para se apossar dos setores e riquezas estratégicas brasileiras, com destaque para o setor de petróleo e energético em geral. 

    Sabendo que o autor é historiador, na crítica que fiz levantei a hipótese de que ele estava testando, por meio de um experimento, qual seria a reação dos leitores deste GGN. Lendo artigos posteriores, percebo que esse minha tese ganhou solidez, pois um cientista social, político ou historiador pode se valer dessas experimentaçãoes, para testar e validar algumas hipóteses. Este texto prova que Fernando Horta se valeu desse expediente, de testar hipóteses, com o leitorado  do GGN. O resultado desse experimento deve ter sido tabulado, estratificado, colocado em gráficos e analisdo estatìsticamente. 

    É bom ficarmos de olho em artigos científicos e trabalhos acadêmicos que FH venha a publicar sobre essa estratégia estadunidense de dominar o mundo, sem uso direto da guerra aberta e armas convencionais.

  4. As ideias ecoam na realidade

    As ideias ecoam na realidade e motivam a ação, que, no entanto, nem sempre se desdobra conforme o sentido delas. Por meio dos fatos, das circunstâncias e pressões da realidade é que o projeto real, até então difuso nas entrelinhas, se revela. Tudo se passa como se existissem dois projetos: um conceitual e outro real. O primeiro brota da visão da coerencia e da lógica; o segundo, da cegueira dos homens.”

    Não é segredo para ninguém – são muitos os exemplos na História – que o resultado final de uma idéia quase nunca corresponde exatamente àquele para o qual ela fora concebida. Esse desvio pode ter várias causas. Pode ter origem em uma idéia baseada no conhecimento parcial ou impreciso da situação; alicerçada, talvez, em pressupostos pouco realistas, derivados de apreciações subjetivas, de um voluntarismo indiferente ao peso muitas vezes irredutível das pressões, do antagonismo e das resistências. Pode também ser provocado por eventos geradores de mudanças inesperadas, na situação para a qual a idéiaq havia sido inicialmente imaginada. Tais elementos de incerteza tendem a projetar-se e a refletir-se nas próprias formas de ação que, em conjunto, dão sentido aos acontecimentos efetivamente.

    De acordo com o andar da carruagem aqui no Brasil, tudo leva a crer que mudanças se eventualmente ocorrerem, virão de forma lenta e de longo prazo.

    [video:https://photos.google.com/photo/AF1QipOrUmRqi5Q2j440M5dUv2Glo8ffnwSCV3THOJ4I%5D

  5. Pouco se cria, muito se copia…

    No réveillon, casa de amigos, conheci um iraniano casado com uma francesa, que deixou o Irã onde era advogado e hoje da aulas de pilates na França. Perguntei a ele o que ele estava achando dessas manifestações, Stéphane respondeu (ele é franco-iraniano de nascimento) que ele acha bom e que isso ja meio que estava fomentando nas profundezas da juventude progressista iraniana. Mas, como eu, ele também pensa que “alguém” andou dando um empurrãozão para que o descontentamento eclodisse mais rapidamente. 

    Quanto a frase que abre o texto tem uma atribuida a Cocteau, que diz mais ou menos isso “Deus deveria agradecer ao Diabo por ele (Deus) assim existir”.

    1. a infiltração é ardilosa e difícil de detectar

      Notícia de uns dois meses talvez. Com 30 anos, filho de uma ativista do movimento de libertação animal processa o pai, o departamento de polícia estadual, que tem uma resposta: o sr. é filho literalmente de uma operação encoberta. Fazia parte da operação seduzir uma ativista do núcleo radical do movimento, estabelecer com ela uma relação duradoura, constituir família na medida da conveniência para a missão… Como o amor da vida, passa o começo do relacionamento a questionar tudo o que ela defende, para que ela o convença. Finalmente, desperto para a causa, aceita participar de uma reunião. Numa intervenção, será convidado e a descoberta: o líder nato bem ali ao alcance do movimento. Ele se destaca pelo tirocínio e pela coragem, parece até treinado –imaginam. Quando idealizou, redigiu o panfleto e conduziu a intervenção que levou ativistas amigxs dela de uma vida inteira às dezenas para a prisão, o filho tinha 3 anos. Daquele dia em diante nunca mais o veria. Enfrentando as sequelas psicológicas (she feels “raped by the state”) quando procurou se situar viu que era apenas mais uma na fila. O estado já tinha resposta institucional para a situação. O departamento argüiu em defesa que segundo estudos 3 anos é a idade ideal para o abandono nessas operações.

    1. Quem estuda política e

      Quem estuda política e defende que conspiração não existe não merece ser chamado de intelectual – não passa de um pseudo a serviço do sistema. 

       

      Pena que tem uma multidão desses na esquerda aqui nesse país – a “esquerda” que a direita gosta. 

  6. Quanto ao comentário do João

    Quanto ao comentário do João de Paiva, hoje as 14:15, gostaria imensamente que o Nassif fizesse chegar ao Fernando Horta esse questionamento.

    Seria interessante o Fernando Horta esclarecer o porque de duas visões tão diferentes, no espaço de um ano.

    Lembro-me que ele chegou até mesmo a ridicularizar, levemente, aqueles que acreditavam na participação americana no processo de desestabilização da política brasileira.

  7. Excelente texto !!  Palmas e

    Excelente texto !!  Palmas e o Tocantins inteiro para você… ! 

    Agora, seria ótimo explicar a mudança de posição sua, conforme comentário abaixo, em um texto publicado por você ha 1 ano atras questionando a hipótese levantada pelos leitores do GGN de um golpe americano no Brasil. 

  8. Vou repetir aqui comentårio q
    Vou repetir aqui comentårio q fiz noutro post…q triste este pais com esta bizaestaelite do atraso…
    Sejumoro planejou o golpe da Farsa Jato em 2004: de lá pra cá veio se preparando pra isso com treinamento nos EUA e, nesse interim, pos em pratica o lawfere atuando como assessor de Rosa Weber, tendo sido o juizeco a serviço dos EUA o autor do famoso voto para condenar Dirceu: nāo tenho provas mas a literatura me mandar condenar entao eu condeno: repetiu a farsa para condenar Lula.

    Quem seria a tal “literatura” a comandar o lawfere
    ????

    Em 2004 o juizeco ja sabia como usar a Globo no lawfere, bem como entregar o patrimonio nacional aos gringos e mais: como usar a Farsa a Jato para dar golpe de Estado: teve ajuda dos EUA no caso dos grampos contra Dilma..nāo por outro motivo o Departamento de Justiça americano elogiou a absurda condenacao de Lula pelo juizeco…afinal de contas os EUA gastaram muitos misseis e trilhoes de reais para dominar o Iraque: gastaram quanto por aqui
    ?????

    Pelo que se vê, apenas algumas malas de dinheiro para cooptar treinar gestores publicos, juizecos, grupos de midia e coxinhas mercenarios para levar patos para as ruas.

    https://www.cartacapital.com.br/politica/como-a-lava-jato-foi-pensada-como-uma-operacao-de-guerra-5219.html

  9. eu ainda não entendi bem 

    eu ainda não entendi bem  ..desenha pra mim

    Você ainda acha que os EUA não tem nada a ver com o golpe dado em DILMA ?

  10. Um Texto da Geopolítica

    Trago as imagens que seguem na esperança de que o professor possa alinhavar e sistematizar com sua competência os acontecimentos. Como uma medida do ritmo, senão da urgência, das situações que se vão acumulando, uma Conversa Franca com Alexander Zakharchenko (Head of the Donetsk People’s Republic), semana passada:

    [video:https://youtu.be/Cspio_WKc9k%5D

  11. Sobre um outro diabo que não

    Sobre um outro diabo que não quer que agente reconheça sua existência:  

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/bloco-de-carnaval-em-sao-paulo-celebra-torturador-da-ditadura-militar/

     

    Daria um possível estudo esse caso; até que ponto é possível absorver certos valores ideológicos (ser a favor de tortura e opressão) sem ter que desenvolver certos traços de personalidade (crueldade/prazer em abusar ou assistir abuso)? 

    https://link.springer.com/article/10…152-011-9140-6

     

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