Ajuste contábil derruba presidente global da Siemens

Jornal GGN – A Siemens deve confirmar a saída de seu presidente, o austríaco Peter Löscher, na reunião do Conselho de Administração prevista para esta quarta-feira (31). O gatilho para a saída do executivo foi um alerta cortando a meta de margem de lucro para 2014, o que derrubou o preço das ações da companhia.

O executivo errou na interpretação da demanda dos principais mercados em que o grupo atua. Löscher foi o principal incentivador da meta de 100 bilhões de euros de faturamento em meados desta década, o que acabou levando a empresa a assinar mais contratos dos que sua capacidade permitiria, levando-a a assumir multas milionárias.

No Brasil, após delatar um esquema de cartel da qual fazia parte, a subsidiária da gigante alemã vai devolver ao erário público o dinheiro das licitações de compra de equipamento e manutenção de linhas de trens e do metrô de São Paulo.

Brasil

A empresa denunciou em São Paulo um esquema de corrupção durante sucessivos governos, em São Paulo, em cumplicidade com outras empresas internacionais. Segundo a alemã, houve formação de cartel para se apoderar de licitações públicas no Metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitano).

A Siemens, que fazia parte do esquema, revelou que as empresas superfaturavam os preços para a manutenção e a aquisição de trens e para a realização das obras de expansão de linhas. Segundo o site Brasil de Fato, de acordo com investigações concluídas na Europa, o esquema criminoso, que envolve cerca de 11 transnacionais, teria onerado, até o momento, no mínimo, US$ 50 milhões dos cofres públicos paulistas.

Segundo o site, um inquérito realizado na França indicou que parte da verba movimentada nas fraudes serviria para manter o esquema e envolve autoridades, funcionários de alto escalão do governo e pessoas ligadas ao PSBD, que governa o estado de São Paulo há 20 anos.

Com informações do Brasil de Fato