Primeiro-ministro da Ucrânia pede demissão

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, pediu demissão hoje (28) do cargo, em uma tentativa de aliviar a crise enfrentada há dois meses pelo país, onde as autoridades não conseguem parar as manifestações contra o governo.

“Tomei uma decisão pessoal de pedir ao presidente que aceite a minha demissão do cargo de primeiro-ministro, com o objetivo de criar uma possibilidade adicional para um compromisso político de resolução dos conflitos de forma pacífica”, disse Azarov em comunicado.

Ele acrescentou que o governo “tem feito o possível, durante o impasse, para a resolução dos conflitos”, e que seu gabinete foi forçado a trabalhar em condições extremas.

“Hoje, a coisa mais importante é preservar a unidade e a integridade da Ucrânia. Isso é muito mais importante do que qualquer plano ou ambições pessoais. Foi por isso que tomei esta decisão”, considerou.

Na sessão especial do Parlamento, hoje em Kiev, devem ser debatidas formas de acabar com a crise, incluindo o fim das leis severas contra as manifestações e que inflamaram a oposição.

Azqrov assumiu o cargo no governo ucraniano em março de 2010 e, em 13 de dezembro de 2012, foi confirmado pelo novo Parlamento eleito.

As manifestações, iniciadas há mais de dois meses pela recusa do governo de assinar acordo de parceria com a União Europeia, se transformaram, há dez dias, em violentos confrontos que causaram três mortos, segundo as autoridades, e seis segundo a oposição, além de centenas de feridos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. UMA CORREÇÃO

    Quem exerce cargo eletivo RENUNCIA. Pede demissão é quem tem VÍNCULO EMPREGATÍCIO.

    Esse equívoco foi cometido pela TV Globo, mas quando foi passada a palavra para uma repórter em Londres, ela foi bem discreta em corrigir o locutor global, ao afirmar: “a RENÚNCIA do primeiro ministro….”.

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