Psicólogo de Guantanamo defende métodos de tortura

Sugerido por alfeu

Do Esquerda.net

Psicólogo de Guantanamo sai em defesa dos métodos de tortura

O relatório do Senado norte-americano sobre a tortura dos detidos em Guanatanamo é contestado pelo homem que arquitetou as técnicas de interrogatório sob investigação.
 
James Mitchell, o psicólogo a quem é atribuída a autoria dos métodos de interrogatório e tortura dos presos de Guantanamo, quebrou um silêncio de sete anos para sair em defesa das técnicas visadas pelo relatório da comissão do Senado.
 
Em entrevista ao Guardian, Mitchell defende o programa de interogatórios e contesta as conclusões da comissão, que acusa a CIA de ter escondido durante anos as técnicas brutais utilizadas em Guantanamo, mas também a sua inutilidade em produzir informação relevante para os norte-americanos.
 
O psicólogo reformado da força aérea dos EUA foi apontado como o homem que usou a técnica de afogamento (waterboarding) para interrogar Khalid Sheik Mohammed, considerado o cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001. Mitchell defende que “as pessoas no terreno fizeram o melhor que podiam de acordo com a sua leitura da lei vigente a altura”. Contestando as conclusões do relatório, que cita o seu nome, o psicólogo diz não aceitar que se peça a alguém para arriscar a vida e tomar uma decisão, correndo o risco de dez anos depois ver as suas ações dissecadas pela imprensa.

 
Para James Mitchell, o programa de interrogatórios em Guantanamo foi um sucesso, independentemente das conclusões do Senado que expuseram a brutalidade do tratamento aos detidos. Respondendo aos que defendem que outros métodos de interrogatório até acabaram por fornecer mais informações úteis, Mitchell diz que trabalhou para muitas organizações que se preocupavam sobretudo com os resultados, ou seja, que não seria por maldade que optaram por estes métodos.
 
Para Steven Kleinman, outro militar reformado da força aérea que participou e depois denunciou técnicas semelhantes nos interrogatórios no Iraque, a defesa dessas técnicas por parte de Mitchel é “incompreensível”. Também citado pelo Guardian, questiona como é possível acreditar que as mesmas técnicas que resultaram em confissões falsas podem também produzir informações confiáveis, precisas e em tempo útil.
Redação

5 Comentários

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  1. Himmler também defenderia

     

    1. Himmler também sairia em defesa do extermínio dos detidos em campos de concentração, não é?

    2. Os delegados de Stálin defenderiam diligentemente os trabalhos forçados na Sibéria para os discordantes do “grande timoneiro”.

    3. Há quem não tenha a menor dúvida de que meia dúzia de árabes famélicos e fanáticos, com brevês bisonhamente obtidos em escolinhas de teco-tecos ou simplesmente com treinamento em softwares comerciais de simuladores aéreos para diversão em computadores, seriam capazes de pilotar complexos boeings wide-body em voo, localizar os alvos, direcionar a rota dos jatos de grande porte e arremessá-los perfeitamente, nas torres gêmeas e no pentágono, e isso tudo ainda sem que a maior, mais treinada e melhor equipada força aérea do mundo, com caças e radares de última geração, ambos em prontidão permanente, com apoio do melhor sistema de vigilância de espaço aéreo do planeta, fosse capaz de interceptar qualquer deles.

    4. Há quem acredite que Bush, similar imoral norte-americano ao fuehrer, embora com QI visivelmente inferior, não tenha planejado antecipadamente a desestabilização e/ou invasão de vários países com o fim e consequências que todos sabem e as justificativas de sempre.

    5. Há quem concorde que a base de Guantánamo não é um território de um país pobre, dominado e mantido a força pela potência mundial, doação de algum canalha corrupto preposto da potência lá colocado na ocasião para isso mesmo, sendo a base atualmente utilizada para aplicação de penas e métodos que seriam considerados  inaceitáveis pela própria justiça norte-americana em seu território, coisa que aparentemente o chamado mundo “livre”, eurocolônias, etc., considera absolutamente normal, sem proposição da aplicação de “sanções” econômicas na ONU, aliás quem as sofre é o restante da ilha que ousou um dia querer deixar de ser uma colônia.

    6. Existem até pessoas que consideram psicólogos seres de maior discernimento e conhecimento que outros, assim tipo não é por maldade (ah, bom!) mas vou te torturar e te matar aos poucos, por uma boa (a dele) causa, entende?  A dos homens “livres”!!!!

  2. Nas ultimas décadas, arabes e

    Nas ultimas décadas, arabes e muçulmanos vêm sofrendo um processo de demonização dos veiculos de comunicação, não só grupos jornalisticos mas também de produção cinematográfica e literária. Prova disso é passividade com que sociedade recebeu, recebe e receberá as denúncias de tortura, assassinatos, terrorismo de estado e crimes contra a humanidade praticados pelos Estados Unidos e Aliados.

    As sociedades ditas civilizadas não se indignam com esses crimes, dando a impressão que são cometidos contra seres inferiores;  seres não verdadeiramente humanos. Um cidadão americano ou inglês ou de qualquer outra nação “civilizada” que passe por algum tipo de tortura ( fisica ou psicológica) é motivo de indignação, manchetes, chamadas ao vivo e consulta aos “especialistas”, isso quando não preparam uma situação de guerra contra o pais ou pessoas que cometeram o ato.

    Nesse processo de indignação seletiva, preconceito, racisco e repressão por parte das sociedades “civilizadas” e da midia cooporativa, quem perde é verdade. Quem perde é a humanidade.

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