Secretário argentino defende acordo entre Mercosul e União Europeia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

O secretário de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina, Carlos Bianco, disse hoje (16) que a Argentina tem interesse em avançar no acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, desde que o bloco europeu respeite as condições de tratamento diferenciado para os países sul-americanos.

Bianco, que participa da 48ª cúpula do bloco, hoje (16) e amanhã (17), em Brasília, explicou que a Argentina defende o avanço do acordo com a União Europeia, desde que respeitadas as condições de tratamento especial diferenciado para os países do Mercosul, que são de menor desenvolvimento relativo em relação aos membros do bloco europeu.

Segundo ele, o tratamento diferenciado determina premissas e condições que o Mercosul já apresentou. “Somente se essas condições forem cumpridas é que as negociações avançarão no acordo. Como disse o chanceler [Héctor] Timmerman, se o acordo colocar em perigo um posto de trabalho, a Argentina não está disposta a avançar”, afirmou Bianco.

O secretário descartou a negociação do acordo comercial com o bloco europeu fora do âmbito do Mercosul. “Todos queremos paticipar com uma oferta única e, em conjunto, negociar com a União Europeia. Ninguém, em nenhum momento, falou em flexibilizar o Mercosul ou em ter posturas individuais.”

Para Bianco, a negociação entre os dois lados só começará quando houver troca de ofertas comerciais com a lista de produtos que poderão ter tarifa zerada. A apresentação das ofertas deverá ocorrer no último trimestre deste ano. “Já informamos à União Europeia que estamos com nossa oferta pronta. A negociação vai começar quando a União Europeia tiver condições de mostrar sua oferta. Há um ano estamos esperando avançar nessa negociação”, explicou Bianco.

Na 2ª Cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, em junho, na Bélgica, a presidenta Dilma Rousseff defendeu a relação do Brasil com a Argentina, que era considerada a principal opositora do acordo com a UE dentro do Mercosul, e negou que o governo brasileiro tivesse “perdido a paciência” com o país vizinho.

Ao discursar após a reunião da manhã entre chanceleres dos Estados-Partes do Mercosul, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a proximidade e o diálogo franco entre os países que integram o Mercosul são conquistas que devem ser protegidas e valorizadas. “Essa proximidade e esse diálogo franco são conquistas históricas ainda recentes, mas que devemos valorizar e proteger.”

Segundo Vieira, a integração regional fortalece a capacidade dos países do Mercosul, de modo que eles alcancem resultados favoráveis. O ministro esclareceu que os integrantes do bloco estão dispostos a caminhar juntos. Vieira também destacou o reconhecimento da região como livre de conflitos e aberta ao diálogo. As informações são da Agência Brasil.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Defendeu o que ?

     Muitas vezes a “agencia brasil” o “GGN”, que reclaman tanto do PIG, cometem “manchetes” iguaizinhas a eles, como esta, pois no caso, a Argentina não alterou um milimetro em suas posições de mais de 10 anos atrás, eles defendem o nada, o de sempre, e empacam NÓS, todo mundo que anda por Brasilia, na CNI, no MinAgricultura, MCTI, sabe do prejuizo que as insistências argentinas em relação a qualquer acordo comercial Mercosul, são um obice para NÓS.

      Enquanto somos bonzinhos com nossos caros platinos, a industria que ainda resta na Argentina, seus serviços, suas possibilidades de exportação não agricolas, estão indo celeremente, para as mãos de capitais chineses e coreanos, ou os manés da “agencia brasil”, não conheceram a dureza que foi convencer os argentinos a não substituir nossas autopeças por fornecimentos chineses e coreanos, ou argentinos da FdaAE vendendo helicopteros Esquilo, no Brasil, fabricados na Argentina com capital chinês, e ainda querendo que o sistema de tarifas do Mercosul, aceita-se estas aeronaves em preferencias tarifárias, só faltou pedir financiamento do BNDES.

       Agora que a Bolivia entrou como “membro pleno ” do Mercosul, o circulo de descisão esta completo, para que fazer reuniões em Brasilia, Buenos Aires, Caracas……, fica mais barato realizar estas reuniões entre somente os dois paises que importam, Brasil e China.

        P.S.: Depois de anos, quais são os UNICOS acordos plenos do Mercosul: Israel, Palestina e Egito.

        Infelizmente o Mercosul, tornou-se um fim em si mesmo, engessou.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador