Irã quer explicações sobre nota de apoio aos EUA pelo Brasil

O Itamaraty não divulgou o teor da conversa a ser mantido com a Chancelaria do Irã.

Jornal GGN – A encarregada de negócios da embaixada brasileira no Irã, Maria Cristina Lopes, que substitui as férias do embaixador Rodrigo Azeredo, representou o Brasil em reunião com o Ministério das Relações Exteriores iraniano. O Irã quer o posicionamento do Brasil diante dos acontecimentos no Iraque e entender a carta de apoio do governo brasileiro aos EUA. Tais fatos referem-se ao assassinato do general Qassem Soleimani, da Guarda Revolucionário do Irã pelos Estados Unidos.

O Itamaraty não divulgou o teor da conversa a ser mantido com a Chancelaria do Irã. Mas é bom lembrar que, logo após o atentado, o órgão divulgou nota em que praticamente respalda o assassinato do militar pelos EUA, condenando várias vezes o terrorismo e insinuando que o general assassinado e a própria Guarda Revolucionária poderiam ser classificados como terroristas.

Na nota do Itamaraty, um apoio inconteste aos EUA está implícito: ‘o Brasil está igualmente pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento’. Diz ainda que o terrorismo não pode ser um problema e que ‘o Brasil não pode permanecer indiferente a essa ameaça que afeta inclusive a América do Sul’.

Em consonância com os interesses dos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro também deu declarações parecidas, dizendo que o Brasil ‘é aliado de qualquer país no combate ao terrorismo’.

Diplomatas brasileiros na ativa e aposentados criticaram muito esta posição, pois que avaliza o assassinato de um funcionário de governo estrangeiro, o que é considerado ato de guerra, e rompe uma tradição brasileira que considera como terroristas as organizações listadas no Conselho de Segurança da ONU, ou seja, os grupos al-Qaeda e o Estado Islâmico.

Com informações dos jornais O Globo e Folha

Redação

5 Comentários

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  1. Nassif: eu acho que esse Messias (escolhido por CaifásDoBras) deve orientar a encarregada de negocios da Embaixada que dê uma banana a qualquer coisa do Irão que não seja apóio incondicional às declarações do dono do Quintal onde moramos. Segundo a visão do Planalto, essa é uma briga dos Anjos do Bem contra os Anjos do Mal. O general (que foi rebaixado de posto pelo Twitter) era perigoso. E nos perigosos, como aquela vereadora, se passa o cerol. Os VerdeSauvas endossarão a atitude do seu ilustre representante. Afinal, é o que sabem fazer. E se os caras não gostarem, que se entendam com Bibi…

  2. Será engraçado ver o vagabundo Jair Bolsonaro sendo obrigado a fazer arminha para os ruralistas que o levaram ao poder e que ele faz questão de levar a falência provocando uma retaliação comercial iraniana. Lamber tanto as botas dos manos da Embaixada dos EUA custará caro ao mito.

  3. O agronegócio brasileiro perderá 2 bilhões de dólares em exportações para o Irã. Bem feito, quem mandou apoiar essa coisa que está na presidência do país.

  4. Mais uma demonstração de que Bolsonaro não é Presidente do Brasil…
    é apenas o principal representante de um território conquistado pelos EUA

    cada vez mais claro que os seus interesses particulares, dele e dos seus escolhidos para ministérios, estão quase que perfeitamente alinhados com os interesses comerciais dos EUA

  5. em tempo…
    se Trump sugerir, mesmo que de brincadeira, uma atuação ou combate mais “firme” do governo brasileiro contra movimentos de oposição no Brasil, ele deve aceitar ou obedecer na hora

    os interesses particulares são idênticos aos dos milicos que o rodeiam

    os mesmo de outrora

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