‘O ataque do Irã não é uma resposta definitiva para a agressão dos EUA’, diz analista

‘Trump, com este ato de loucura, demonstrou a inexistência da União Europeia, a inexistência das Nações Unidas e a inexistência do Partido Democrata dos Estados Unidos’, sinalizou Calvo.

Reuters

Jornal GGN – O ataque do Irã às bases dos Estados Unidos não foi uma resposta definitiva pelo assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, entende um analista. O ataque iraniano com os mísseis atingiu a base aérea Ain Al-Asad, na província ocidental iraquiana de Al-Anbar, ocupada pelas tropas norte-americanas desde a invasão do Iraque em 2003, e a base em Erbil, capital da região do Curdistão iraquiano, também em poder dos norte-americanos.

O ataque foi em represália ao assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, por ordem direta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo o analista internacional Guadi Calvo, em entrevista à Hispan TV, a operação iraniana carrega uma mensagem geral para qualquer agressão norte-americana na região, mas ‘não é a resposta definitiva do Irã’ ao assassinato de Soleimani.

Ao ordenar a morte de Soleimani, Trump entrou em um labirinto do qual não vai sair facilmente, entende o especialista, e lembra que, de fato, há um consenso contra Washington em todo o mundo.

‘Trump, com este ato de loucura, demonstrou a inexistência da União Europeia, a inexistência das Nações Unidas e a inexistência do Partido Democrata dos Estados Unidos’, sinalizou Calvo.

Depois do ataque do Irã às bases norte-americanas, Trump clamou às potências mundiais a abandonar o acordo nuclear – com o nome oficial de Plano Integral de Ação Conjunta (PIAC, ou JCPOA em sua sigla em inglês) – selado em 2015 com Irã, com a intenção de pressionar o país persa a firmar um novo pacto nuclear.

Trump retirou seu país do acordo nuclear em maio de 2018. Desde então têm imposto várias sanções ao país persa e endurecido sua retórica a fim de obrigar ao Irã a renegociar o pacto, que ele considera o pior na história dos EUA.

O presidente norte-americano não tem nenhum respeito por acordos internacionais, e isso demonstrou retirando os EUA de muitos deles. Por seu turno, Trump aplica políticas de coerção e impõe sanções e tarifas arbitrárias e unilaterais contra vários países do mundo, inclusive seus aliados, que ficam no caminho de seus interesses imperialistas.

Com informações da Hispan TV.

Redação

1 Comentário

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  1. 2020 pode ser o ano em que esses tirantes serão excluídos do mapa político. Se não o forem, o ódio vai envenenar as relações sociais e políticas internacionais. Minha esperança com 2020 são as crises econômica e ambiental

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