A multa-bomba de R$ 7 bilhões contra a Odebrecht, por Mauro Santayana

Enviado por Webster Franklin

Do blog de Mauro Santayana

A “multa-bomba” de R$ 7 bilhões

Por Mauro Santayana

Finalmente, depois de meses de pressão desumana, gestapiana, sobre o empresário Marcelo Odebrecht, o juiz Sérgio Moro levou-o a julgamento, condenando-o – baseado não em provas de sua participação direta, mas na suposição condicional de que um empresário que comanda uma holding com mais de 180 mil funcionários e que opera em mais de 20 países tem a obrigação de saber de tudo que ocorre nas dezenas de empresas que a compõem – a 19 anos e quatro meses de prisão.

Não satisfeito com a pena, e com a chantagem, que prossegue – já que o objetivo é quebrar o exemplo do réu –, um dos poucos que não se dobraram à prepotência e ao arbítrio – com o aceno ao preso da possibilidade de “fazer delação premiada a qualquer momento”, o juiz Moro, na impossibilidade de provar propinas e desvios, ou a existência de superfaturamento da ordem dos bilhões de reais alardeados aos quatro ventos desde o princípio dessa operação, pretende impor ao grupo Odebrecht uma estratosférica multa “civil” que pode chegar a R$ 7 bilhões – mais de 12 vezes o lucro da empresa em 2014 – que, pela sua magnitude, se cobrada for, deverá levá-lo à falência, ou à paralisação destrutiva, leia-se sucateamento, de dezenas de obras e de projetos, a maior parte deles essenciais, estratégicos, para o futuro do Brasil nos próximos anos.

Com a imposição dessa multa, absolutamente desproporcional, da ordem de 30 vezes as quantias que a sentença afirma terem sido pagas em propina pela Odebrecht, por meio de subsidiárias situadas no exterior, a corruptos da Petrobras que já estão, paradoxalmente, soltos, o juiz Sérgio Moro – e seus colegas do Ministério Público de uma operação que deveria se chamar “Destrói a Jato” – prova que não lhe importam, em nefasto efeito cascata, nem as dezenas de milhares de empregos que ainda serão eliminados pelo grupo Odebrecht, no Brasil e no exterior, nem a quebra de milhares de acionistas e fornecedores do grupo, nem a paralisação das obras com que a empresa se encontra envolvida neste momento, nem o futuro, por exemplo, de projetos de extrema importância para a defesa nacional, como os submarinos convencionais e o submarino nuclear brasileiro que estão sendo fabricados pela Odebrecht em parceria com a DCNS francesa, ou o míssil ar-ar A-Darter, que está sendo construído por sua controlada Mectron, em conjunto com a Denel sul-africana, além de outros produtos como softwares seguros de comunicação estratégica, radares aéreos para os caças AMX e produtos espaciais.

Considerando-se que se trata de uma decisão meramente punitiva, ao fazer isso o juiz Moro age, no comando da Operação Lava Jato, como agiria o líder de uma tropa de sabotadores estrangeiros que colocasse, diretamente, com essa sanção – e uma tremenda carga de irresponsabilidade estratégica e social – centenas de quilos de explosivos plásticos no casco desses submarinos, ou nos laboratórios onde ficam os protótipos desse míssil, sem o qual ficarão inermes os 36 aviões caça Gripen NG-BR que estão sendo desenvolvidos pelo Brasil com a Saab sueca.

Que não tenha ele a ilusão de que essa sua sanha destrutiva esteja agradando às centenas de técnicos envolvidos com esses projetos, ou aos almirantes da Marinha e brigadeiros da Aeronáutica que, depois de esperar décadas pela aprovação desses programas, estão vendo-os sofrer a ameaça de serem destruídos técnica e financeiramente de um dia para o outro.

Como um inútil, estúpido, sacrifício, um absurdo e estéril tributo da Nação – chantageada e manipulada por uma parte antinacional da mídia, que não tem o menor compromisso com o futuro do país – a ser realizado no altar da vaidade de quem parece pretender colocar toda a República de joelhos, até que alguém assuma a responsabilidade de impor, com determinação, bom senso e respeito à Lei e à Constituição Federal, limites à sua atuação e à implacável, imparável, destruição, de alguns dos principais projetos e empresas nacionais.

Enquanto isso, para ridículo do país e divertimento de nossos concorrentes externos, nos congressos, nos governos, na área de inteligência, nas forças armadas de outros países, milhares de tupiniquins vibram, nos bares, na conversinha fiada do escritório, nos comentários que agridem e insultam a inteligência nas redes sociais, com a destruição de um dos principais grupos empresariais do Brasil, deleitando-se com a perda de negócios e empregos, e com a sabotagem e incompreensível inviabilização de algumas de nossas maiores obras de engenharia e de defesa, mergulhados em uma orgia de desinformação, hipocrisia, manipulação e mediocridade.

Mesmo que Marcelo Odebrecht venha a aceitar, eventualmente, fazer um acordo de delação premiada, nenhum jurista do mundo reconheceria, moralmente, a sua legitimidade.

Não se pode pressionar ninguém, a fazer acordos com a Justiça, para fazer afirmações que dependerão da produção de provas futuras. Assim como não se pode confundir o combate à corrupção – se houver corruptos que sejam julgados com amplo direito de defesa e encaminhados exemplarmente à cadeia, estamos cheios de gente com contas na Suíça solta e sem contas na Suíça atrás das grades – com a onipotente destruição do país e de milhares de empregos e bilhões de reais em investimentos.

A pergunta que não quer calar é a seguinte: se a situação fosse contrária, e um juiz norte-americano formado no Brasil e “treinado” por autoridades brasileiras, a quem propôs, por mais de uma vez, sua “cooperação”, estivesse processando um almirante envolvido com o programa nuclear norte-americano, e influindo no destino de todo um programa de submarinos, da construção de um novo submarino atômico, e do desenvolvimento de um míssil ar-ar para a US Air Force, a ponto de a empresa norte-americana responsável por ele ter de ser provavelmente vendida a estrangeiros, ele teria chegado, à posição em que chegou, em nosso país, o juiz Sérgio Moro?

Ou já não teria sido denunciado por pelo menos parte da imprensa dos Estados Unidos, e chamado à razão, em nome da segurança e dos interesses nacionais, por autoridades – especialmente as judiciais – dos Estados Unidos? O único consolo que resta, nesta nação tomada pela loucura – lembramos por meio destas palavras, que quem sabe venham a ser transportadas, em bits, para o amanhã – é que, sob o olhar do tempo, que para todos passará, inexorável, a História, magistrada definitiva e atenciosa, criteriosa e implacável, vigia, registra e julga.

E cobrará caro no futuro.

Redação

33 Comentários

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  1. Comentário

    A letra pode não ser esta, mas acho que dá pra compartilhar o espírito. Lembrando que o autor do artigo não é responsável por aquilo que interpreto.

     

    Livro A Justiça a Serviço do Crime faz 50 anos

    21 de março de 2009, 17h08

    Fonte: http://www.conjur.com.br/2009-mar-21/livro-justica-servico-crime-faz-50-anos-mantem-atual

    Por Almir Pazzianotto Pinto

    Dácio Aranha de Arruda Campos foi um dos juízes paulistas cassados pelo Alto Comando Revolucionário, em abril de 1964. Acompanharam-no, como vítimas do arbítrio, o juiz José Francisco Ferreira, titular da Comarca de Pacaembu, e o desembargador Edgard de Moura Bittencourt — anos depois homenageados pelo Tribunal de Justiça.

    Escritor e jornalista, Arruda Campos integrava o corpo editorial do jornal O Estado de S. Paulo e escrevia crônicas sob o pseudônimo de Matias Arrudão.

    A ele devemos o magistral livro A Justiça a Serviço do Crime, cuja primeira edição foi tirada em 1959. Ao completar meio século, a obra continua forte, ousada e polêmica, como veículo de ataque ao direito criminal, ao formalismo processual, à perversão do sistema carcerário.

    Já na página de abertura Arruda Campos faz profissão de fé democrática, ao escrever que “fora da democracia não há salvação. Essa verdade precisa ser dita e redita, sobretudo nos momentos de crise política, para que ninguém se iluda diante dos que pregam a confusão”.

    É notável que tal declaração tenha partido de quem era considerado comunista e admirador de regime cuja essência consiste na negação do indivíduo e no estrangulamento das liberdades democráticas. O saudoso magistrado reafirmou a ilimitada crença na democracia ao sustentar, em nota de rodapé da quarta edição, que “no curso dos últimos 20 anos, desde a primeira edição, as ideias expostas neste estudo desenvolveram em mim, mais do que nunca, a convicção de que o maior e o mais urgente dos males consiste no alheamento do eleitorado em relação ao Judiciário”.

    Adversário da ritualística cujo apostolado venera as filigranas do processo e abomina o direito material, Arruda Campos não vacilou ao denunciar que “ridículos são certos juristas, quando comparados aos que se dedicam às ciências positivas. Porque aludem à lei da sucessão hereditária e às invenções de Carnelutti e Chiovenda com a mesma convicção com que o físico se reporta à lei da gravidade e às teorias de Newton”.

    Arruda Campos referiu-se à Carta política de 1946 como “a grande e ingênua ficção brasileira”. Para justificar tal pensamento, escreveu: “Nas épocas que precedem os pleitos percebem-se com inteira nitidez as manobras das cúpulas dos grupos dominantes. Não são os partidos que agem, mas os representantes das correntes financeiras que se movimentam. O povo assiste ao desenvolvimento da partida, sem ser chamado a interferir. Sabe que seu destino está sendo jogado, mas não tem o direito de fazer qualquer lance. Os próceres políticos — acreditados por tudo, menos pelo eleitorado — fazem ajustes, combinações e barganhas. Aliam-se e traem-se mutuamente. Fórmulas são imaginadas, chapas são estudadas, planos são estabelecidos. Por fim, aceitam os partidos as imposições que lhes são feitas, fazem as convenções e homologam as escolhas. Sagradas as candidaturas pelo registro na Justiça Eleitoral, o povo é convidado, não a decidir, senão a optar.”

    Mais adiante, indagou Arruda Campos: “Como impedir o negocismo, a negociata, se aos altos postos de comando são guindados criminosos de colarinho branco”.

    O capítulo 2 traz intrigante subtítulo: A lei gera o crime. Com sobras de argumentos ataca a fórmula de Cesare Bonesana, Marquês de Beccaria, segundo a qual inexiste crime sem lei anterior que o defina. Para Arruda Campos, “é evidente, em certos casos, que o crime antecede a lei (…). Na generalidade dos casos, porém, é a lei que gera o crime, porque ela segue o direito posto ao serviço da definição dos delitos (…) Tudo depende do ponto de vista predominante do grupo que empolga a superestrutura da sociedade”.

    O valoroso magistrado não poupou sequer os ilustres pares. Ao descrever como a Justiça aplica a lei, explicou que o interesse social é um só e consiste na esperança de que, após o cumprimento da pena, “o delinquente retorne curado, para que cuide corretamente das suas obrigações, como a generalidade dos cidadãos”. Não era, todavia, o que se registrava e, diante do malogro do regime prisional, aponta: “À Justiça brasileira não interessa o homem, já ficou dito. À Justiça não interessa a justiça, já ficou assinalado. Então – pode-se perguntar – que afinal, lhe interessa? À Justiça, do modo por que funciona, interessa tão somente o aspecto formal dos casos que lhe são submetidos a julgamento. Cultiva a exterioridade, não a essência. Assim, sendo o réu um nome, não uma pessoa que vive, palpita, anseia e chora, pouco se lhe importa que seu procedimento seja justo.” E continua: “Justiça tarda não é justiça. Justiça que passa da pessoa do delinquente é injustiça. A Justiça, para que mereça esse nome, malgrado a necessária redundância, deve ser uma justiça justa.”

    Teria o célebre livro incorrido em exageros nas acusações que faz ao Judiciário? Talvez. Não devemos ignorar, todavia, que muito do que nele assinalou enodoa até hoje a imagem daquele que deveria ser, entre os Poderes da União, padrão de equilíbrio, isenção e austeridade.

    Transcorridos 50 anos são atuais as palavras de Ruy Barbosa, que em dezembro de 1914 pregou: “A falta de Justiça é o grande mal de nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo o nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.”

    Arruda Campos pagou com a perda dos direitos políticos a publicação da obra. Cabe, agora, ao mundo do Direito, evitar que passe em branco o 50.º aniversário da primeira edição, fonte de inspiração para aqueles que acreditam na Justiça.

    Artigo publicado originalmente neste sábado, 21 de março, no jornal O Estado de S.Paulo.

    Almir Pazzianotto Pinto é advogado e ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

    Revista Consultor Jurídico, 21 de março de 2009, 17h08

  2. As multas geralmente diminuem bastante na 2a e 3a instancia

    O mais importante é não ter se curvado. Os desmandos poderão ser contestados no TJ, que normalmente é menos arbitrário.

    Lembrar que execução de sentença é outra ação e a empreiteira não precisa depositar nada para recorrer.

  3. Há registros de que durante a

    Há registros de que durante a ditadura ocorreram vários episódios em que o preso, após um “inocente bate-papo” com a rapaziada do doi-codi, confessava algumas “verdades”, inclusive “aquela” que eles tanto queriam ouvir.

  4. odebrech

    fico desesperada quando leio repostagens assim pois apesar de saber e concordar n~´ao sei o que eu possofazer. Simplesmente vou às manifestações no Rio contra o golpe, ajudo a Une, escolas sitiadas mas com 69 anos, de verdade não sei o que eu posso fazer. Naão sei como pressionar e a quem.. Se tiver sugestões;..

    1. Ivete, voce ja’ esta’

      Ivete, voce ja’ esta’ contribuindo.

      Se informar, refletir e vibrar pelo bem, pelo justo e pela verdade ja’ e’ uma grande contribuicao no nivel individual. Nem todo mundo vai poder ocupar um lugar mais ativista do que isto; mas se 10 por cento da populacao conseguisse entrar nesta sintonia, o mundo seria totalmente diferente, o nosso Brasil seria totalmente diferente.

      Forte abraco, estamos na luta, e voce e’ uma grande “guerreira da luz,” so’ pela sustentacao de sua integridade e indignacao diante do descalabro etico/moral que estamos testemunhando.

  5. Impensavel na maioria dos outros paises

    O pequeno Sergio Moro faz pagar caro todos aqueles que não lhe abaixam a cabeça e não contribuem para sua missão. Eh assim com José Dirceu, esta sendo assim com Marcelo Odebrechet. A minha questão é: como é possivel um juiz com varias disturbios psicossociais continuar se valendo de um cargo tão importante e sério quanto o de Juiz ?

    1. Freud explica.

      Vantagem secundária da neurose: se o o ambiente for propício e der algum tipo de compensação subjetiva (prêmio da globo também conta), o caráter prospera.

  6. Até quando?

    Sergio Moro não está somente chantageando e torturando – nunca é demais repetir – seus réus.

    Sérgio Moro está chantageando a nós todos.

    Até quando vamos suportar passivamente este sujeitinho renitentemente prevaricador e arbitrário.

    Até quando vamos deixá-lo estuprar a Lei em plena luz do dia?

  7. Quantas provas a mais vocês

    Quantas provas a mais vocês precisam para entender que o juiz Moro é um criminoso sob o comando dos meus concorrentes (infelizmente alguns aqui vêem o Brasil como uma colônia de “macaquitos” para ser explorada) e que o objetivo dele é sabotar o seu país? Ou vocês estão mesmo contentes em se tornar uma plantation para a turma do General Lee?

  8. Soberania Nacional

    Diante de tal insensatez do judiciário brasileiro, de sua miopia em relação à soberania nacional, à formação do PIB e ao fortalecimento de nossa indústria tecnológica, somente espero reação dos empresários da indústria pesada, dos engenheiros brasileiros, para que o Brasil possa ser no futuro um país soberano em todas as áreas da atividade humana.

    Que retrocesso!

    Os países desenvolvidos devem estar rindo e abrindo espumantes para comemorarem tal insansatez brasileira; comemorando a abertura de possibilidades de invadirem o espaço, no Brasil, que deveria ser destinado ao fortalecimento de nossas grandes empresas; comemorando a possibilidade de se apropriarem de segredos industriais brasileiros.

  9. Ainda estou na dúvida se os

    Ainda estou na dúvida se os revoltantes abusos dos cabeças da lava-jato se resolveriam trancafiando-os numa penitenciária ou num hospício, ambos de segurança máxima.

  10. Top Secret: Projeto Paraguai

    Caros internautas, não cansem seus deligados neurônios procurando respostas onde não estão. O objetivo é acabar com o Brasil, com suas indústrias, universidades, saúde pública, estradas de ferro, pesquisas de ponta, ciência e tecnologia e etc, deixar o Brasil igual ao Paraguai, isolado do mundo e onde seu “povo” pasta bovinamente enquanto que os gringos fazem turismos e tirando fotos para seus álbuns depois de visitar um lindo país cheio de gente “tranquila”, pacata e feliz, segundo os parâmetros deles. Depois eles, os gringos, vão querer instalar umas bases militares com mísseis apontados para a Rússia só para a Rússia também mirar seus foguetes para esses lados. E o Temer não está nomeando ministros, mas sinistros, iguais aos vilões das séries de TVs. Daí que nomear “sinistros” que não entendem de nada e sem orientação (cérebro) para as mais diversas áreas, é deixar bagunçar geral para depois taxar de “ineficiência do estado” e entregar para a banca privada.

  11. Quando vamos conseguir restaurar nossos direitos?

    Como este senhor estipula multas sem critérios, estipula sentenças sem provas. usando um pseudo dominio do fato. Estamos passando por um momento de total descrença, pois as instituições não respondem, se acovardam se submetem a pequenos títeres ansiosos por holofotes que seguem fielmente as ordens de outros e de forma monstruosa usam   poderes pessoais de forma abusiva na tentativa simplesmente de forçar a submissão daqueles que estão em suas mãos. E diga-se de passagem os que estão em suas mãos encontram-se amordaçados e algemados. As instâncias superiores  da justiça, o Conselho da Justiça fornecem a mordaça e as algemas. O mesmo juiz que ousou gravar uma presidente da República, e ousou escrever que sim, iria violar direitos de cidadãos, continua em seu cargo gerando um clima fascista e ou gestapista em todo o país. A cada violação de direitos , justificada pela estgridência da  imprensa e pelo silencio dos  orgãos de justiça, mais  autoridades se sentirão a vontade para promover torturas em manifestantes, desocupação sem pedido legal, emboscada em sem-terras, ou pedidos de prisão perpetua a partir de prisões coercitivas ilegais e mandados de prisão preventiva. Isto tudo é conhecido pela imprensa e por boa parte dos grupos que se dizem elite. Tudo isto é sabido pelos políticos e por uma grande parte dos cidadãos. Tudo isto começou com a prisão de Pizolatto e de outros num famigerado julgamento político. Temos vários presos políticos neste país.  Existe sim um pelotão de linchamento espalhado pelas cidades e pelos rincões do poder e pela mídia. E este juiz sem dúvida está entre aqueles que abriram a caixa de pandora, soltando nas ruas toda uma violência. Este é o mesmo  juiz que foi a pouco   aos Estados Unidos e quando volta dá uma sentença de morte no projeto Grippen, aumenta o  comprometimento do programa nuclear brasileiro, prende um cidadão para fins políticos, e outro para fins economicos. E ainda lança uma sentença de morte a uma companhia brasileira. Com isto ele  retira de  cada um de  nós  os  direitos mais fundamentais. Quando agindo sobre alguns,retira a liberdade   o direito de expressão o direito de defesa de cada um que está em suas mãos, ele nos retira direitos .  Quando ao amarrá-los se diverte em surrá-los usando os poderes que tem e nos obriga através da mídia a testemunhar calados, ele nos quer tornar cúmplices. Isto é uma vergonha. Enquanto tudo nesta operação é vazado, contra alguns como Dirceu e Vaccari e até mesmo Marcelo Oderbrecht, só se tem  as frases acusatórias  do Juiz. O mesmo juiz que coloca em dúvida as consultorias, se recusa a mostrar a documentação apresentada por Dirceu e por quem pagou. E Vaccari temos apenas que é o unico tesoureiro de campanha que captou legalmente dinheiro ilegal. Todos os outros captaram dinheiro legal.  O mesmo juiz que  trata a Oderbrecht, como uma fabriqueta de fundo de quintal onde o dono  tem  efetivamente dominio do fato.  E agora mesmo depois de condenado, retira de Dirceu , Vaccari e Marcelo  o direito de recorrer em liberdade. 

    Para mostrar seu poder, a todos que se submeteram foi dada a liberdade e muito dinheiro. Aos que não se submeteram todo o ódio e execração pública.  Não vimos este juiz avançar sobre nenhuma companhia estrangeira, como se a Petrobrás só tratasse com as nacionais.  Quanto mais explícito se torna mais claro fica que defende interesses   de alguns, mas  em suas ações satisfaz desejos delirantes pessoais, desejos  de poder  e onipotência.

    E enquanto isto a célebre operação Zelotes do CARF, esquece momentaneamente a família Lula e abate mais um grupo multinacional brasileiro.a Gerdau.   Não se enganem pois aqui não quero defender a corrupção, mas sim a justiça. Se Oderbrecht e Gerdau cometeram crimes  eles devem ser alcançados pela Justiça mas  não se enganem, pois estes atos do  juiz Moro não estão destruindo a corrupção mas sim a Justiça. 

  12. Este sujeito faz o que quer

    Abusa porque quem foi alçado ao poder através deste golpe está nas mãos dele. Por sua vez, o STF, se revela apenas um grupo de senhores submissos e assustados onde um deles deita e rola naquele que deveria ser o arcabouço da justiça.

    Cara, apenas em seus mais loucos delírios este desprovido do senso de justiça consegue justificar para si tamanha ignomínia contra o presidente de uma empresa geradora de tantos empregos e tão representativa da Engenharia Brasileira. Há o povo de  começar a se movimentar contra déspotas desta natureza.

  13. Don Corleone? só que não?

    Marcelo vai ter o direito de recorrer. No post em nenhum momento o autor duvida da inocência do empresário de 180.000 empregados. MBO pode até ser inocentado, mas considero-o, até prova em contrário, culpado. Empreiteiros não corruptos é difícil de acreditar. Há um fato interessante que mostra o nível do relacionamento dele com Lula.Foi publicado no PIG:  Por ocasião de uma visita às obras do itaquerão o chefão da empreiteira se dirigiu ao ex-presidente como “meu chefe”.Me arrepiei de emoção.

    1. Dá uma relida no texto,

      Dá uma relida no texto, Adaílton. Filtre qual é realmente o seu fulcro. Antes, se dispa desse viço moralista pequeno-burguês. 

      O articulista, assim como este escriba, não defende crimes nem criminosos. Tampouco tem simpatias com empreiteiros que se valem de meios escusos para ganhar licitações, o mais abjeto pagar propinas para agentes públicos. 

      Ponto. 

      Há, sim, uma hierarquia de valores numa sociedade. Colocar todos os fenômenos no mesmo plano é um erro. O post, em suma, trata disso: em nome do combate à corrupção não se pode atropelar o bom senso e, principalmente, a ordem social. De que valerá a destruição de uma empresa que emprega 180.000 pessoas e que integra o patrimônio empresarial do país?

      Pense nisso. 

      1. Culpado?

        A justiça supostamente está apenas querendo recuperar o que a empreiteira supostamente surrupiou, No mais, a  empresa continua navegando  , apenas defenestra seu comandante , como  acusado de delitos graves contra o patrimônio do povo. E, na suposição de que houve realmente desvios bilionários, quantos empregos foram perdidos? 

        1. Procurei pelas datas das primeiras

          leis sobre delação premiada, são mais antigas do que a gente pensa. E há muitos anos livros lançados sobre o tema por Juizes, Promotores pedem que sejam tomadas todas as providências para que empresas não sejam destruídas. Li somente uns artigos, mas é o suficiente para ver as besteiras que estão sendo feitas.

            E há os exemplos do que ocorre no mundo quanto aos acordos com empresas envolvidas em corrupção.

  14. Fiquem tranquilos.

    Do jeito que vai, o Serra ainda vai arrumar uma guerra com os EUA e todos os nossos problemas estarão resolvidos.

    Bando de aloprados e entreguistas.

  15. Mas o objetivo da lava rato

    Mas o objetivo da lava rato era este mesmo. Se fosse combater a corrupção o Aécio, o Temer e muitos dos ministros do governo golpista, a metada da câmara baixíssima e metade da câmara baixa estariam presos.

    O negócio era destruir o PT e as empresas que se relacionaram com o governo petista. Não deixar pedra sobre pedra.

    Ele também condenou o Josè Dirceu a 23 anos. Acusação. Fazer lobby para beneficiar empresas brasileiras no exterior e receber as comissões que teria direito. E foram declaradas.

    E o Moro? o que este ignóbil construiu para o país até hoje?

    Hã, ajudou a livrar a cara dos tucanos no caso Banestado? sim, esta foi uma grande obra de apoio a corrupção.

  16. existe uma incoerencia na tese

    O governo interino está num momento delicado de mostraR serviço e “estabilizar” a economia. Um tranco deste na exonomia iria contra os interesses imediatos. Então não entendo essa jogada politica em contraponto com a jogada economica.

  17. Mectron & Submarinos

        O articulista deveria informar-se melhor, pois a Mectron , assim como a ODT ( Odebrecht Defesa & Tecnologia ), encontram-se a venda, as propostas de aquisição que existem, encontram-se travadas por negociações relativas a lei 12598, em disputa com empresas israelenses e européias, a saber : Rafel, IAI e MBDA/Airbus.

         No caso A-Darter , um projeto multinacional, os interesses são muito diversos, todos pensam, a midia diz, que é Brasil e Africa do Sul, mas não é , ele é tambem sueco ( SAAB Dynamics South Africa ) e BAE Systems ( que fornece a parte principal do missil, o controle de vetor e o inercial, os mesmo do missil IRIS – T ), o A- Darter no mercado internacional é fornecido como um “plus”, mais barato, que o IRIS – T, tanto que a FAB adquiriu esta combinação de misseis no “pacote” de armas do Gripen, alem é claro, da opção de aquisição do MBDA Meteor , visando “matar” a proposta americana da Raytheon AIM-120 C-7 de 60 misseis já pré-aprovada pela DSCA.

          Quanto aos submarinos convencionais, o Acordo é Brasil – França, o que no mercado de defesa significa Estado – Estado, a Odebrecht , NÃO a ODT , constituiu junto com a DCNS a empresa PPE ” Itaguai Construções Navais “, e toda a operação brasileira é gerenciada por uma empresa publica, a “AMAZUL”, portanto, por contrato governo – governo, caso a Odebrecht Holding “quebre”, o contrato exige, tanto por ele, como por nossa legislação – que pode ser alterada – a continuidade da construção, claro que neste caso um delay de entrega deverá ser negociado.

           O “Nuclear” : Começou em 2020, foi para 2025, na realista estamos com outro horizonte de aprestamento : 2030.

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