A responsabilidade do PGR e do STF na morte de Gushiken

É engraçado, a patuleia mata por dinheiro, traição, “banho”… Os tribunais do tráfico matam mas não esculacham ( isso é regra )… E a elite sábia e cheirosa, mata por cinco minutos de TV e esculhacha a “vítima” sem qq constrangimento. Valores estranhos, são esses passados a nossa elite, não?

De qq forma, em um novo tempo, onde, de acordo com o STF, “apelidos” não são tolerados e as coisas devem ser chamadas por seu nome próprio, “Caixa 2 de Campanha”, passou a ser desvio de $$$ público (??? ) corrupção ativa, passiva, peculato, formação de quadrilha… “Julgamento Político”, passa a ser o quê? O que é um julgamento político senão um julgamento baseado em critérios não legais, dentro de uma instituição, presumidamente, isenta? O abandono do critério legal nos obriga a reconhecer um entendimento forçado, fora dos padrões técnicos, visando um objetivo, no caso uma decisão ( acórdão ou sentença ). Em português, venda de sentenças. Isso nós já sabemos, mas se além de venda de sentenças o STF começar a entregar corpos, aí or é mais seguro entregar o MPF p/ Cachoeira que conhece BEM as regras. O problema é no MPF pq no STF, passa qq coisa, os caras não tem a menor noção. Se a TV disser aos ministros do STF que um bebê de seis meses estuprou o Anderson Silva, eles vão dizer, pô que bebê esperto… nunca poderia imaginar.., a gente pensa que criança é boba, né? ë, ministros, é isso mesmo, deixa quieto, abafa…

A família do companheiro do Gushiken,  minha solidariedade e desculpas. Tá um pouco difícil, eu sinto muito, mesmo.

Luis Nassif

53 Comentários

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  1. Solidarizo com a dor da

    Solidarizo com a dor da Familia de Gushiken e com a analise de Cristiana – a indignacao nos leva a prever como estao matando-torturando ao Genoíno. E de modo lateral , abalando a saúde do Dr. Lewandowiski.  Triste Momento

  2. A morte do companheiro Gushiken, e o voto do Min. Celso de Melo.

    Tomara, que durante esta semana, um certo constrangimento e sentimento de culpa, pela morte do Luis Gushiken, parte dela provocada pelo STF, apodere-se do coração do Min. Celso de Melo, e que ele mantenha sua fé inicial, de que ” in dubio, pro reo” e vote pensando na reabilitação do juizado do Supremo.

    1. Pode-se esperar tudo nesse

      Pode-se esperar tudo nesse “julgamento”, caro.

      Menos constrangimento e sentimento de culpa.

      Uma vez que o sentido de justiça já foi devidamente estuprado, daqui pra frente vale o roteiro que o show da mídia determina.

      E tamos conversados, vossa excelência.

    1. Pois é… sua dificuldade em

      Pois é… sua dificuldade em ler até o final chama-se sentimento de culpa.

      Se vc foi um dos que esculachou réus inocentes chamando-os de “mensaleiros”, vc também é culpado pela morte do Gushiken.
       

        1. É ta lendo coisa diferente da

          É ta lendo coisa diferente da Veja, Estadão e Folha dá nisso mesmo… O cérebro teve um curto circuito, mas será que tem cérebro?

          1. “O cérebro teve um curto

            “O cérebro teve um curto circuito, mas será que tem cérebro?” Está descrevendo a si mesmo?

      1. Gushiken foi um homem

        Gushiken foi um homem público…portanto o artigo era para nós sim! Democracia não é aquilo que vc vê em Cuba caro….democracia permite o contraditório…acostume-se com isso.

    2. Quantos Heróis teremos de

      Quantos Heróis teremos de sacrificar em nome da Democracia?Já estou me sentindo bem cansado de tanta Maldade e Ignomínia.Agora  vou voltar pra Max:Revolução?Só dos Trabalhadores,Revolução ssssssssssó armada!

  3. Não é por aí meu chefe

    Corpo por corpo poderiamos pedir que Zé dirceu e Genoino cometessem suicidio! 

    Gushiken foi covardemente colocado como réu para cumprir um papel definido. Era do PT, ajudou a eleger o ‘nove dedos’ e fazia parte do staff, portando, por definição, é (ou era) culpado!”

    A justiça tem que ser justa. Condenar os culpados e absolver os inocentes!

    Com o que estamos vendo nos últimos dias fica claro como as regras podem ser manipuladas para inocentar ou condenar quem quer que seja! Este é o pavor que sempre tive (e agora tenho mais) do nosso sistema judiciário!

    “A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos” (Barão de Montesquieu)

    “Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros” (Che Guevara)

     

    1. resposta

      Concordo que devem ser condenados os que comprovadamente tem culpa. Agora no STF o palco é formado por figuras ilustres de sapiência inigualável, mas não lhes dá o direito de farem circo como o estão. Julguem de acordo com a culpa de cada e não com teatro com esta. Parece mais um Tribunal de Juri.

       

  4. Solidariedade

    Cristina, você expressou muito bem o que também sinto. Quantos corpos eles vão querer?

    Quantos? Pela vaidade, por interesses escusos, por se sentirem a flor da nata social, o suprasumo da justiça!

    Sepulcros caiados! Expliquem para nós: A casa em Miami Ministro JB, o Instituto Educacional Ministro GM, a festinha de milhões que o Ministro Fux ia dar, os habeas corpus para Cacciola, Dantas, Roger Abdelmassih.

    Há uma coisa que é uma jóia rara, ele se chama dignidade, Gushiken, Genoíno, Dirceu, esses possuem essa jóia, já alguns dos Ministros do STF nem sabem o que é isso, vivem do deslumbre da hight society brasileira, se alimentam de uma Mídia perniciosa.

    1. Penso que além dos motivos

      Penso que além dos motivos mesquinhos que você mencionou, devem existir outros mais “práticos”, vamos dizer assim: tipo não daremos eco aos malfeitos de vocês, se nos obedecerem bem direitinho. Se não fosse pela blogosfera, quem estaria sabendo de empresas, apartamentos, ligações com bicheiros e tal? 

  5. Lucidez didática

    Como sempre, Cristiana Castro consegue relatar e expressar tão bem os fatos e sentimentos, que merece mais uma vez parabéns pela lucidez didática de seus textos. Agradeço em nome de muitos.  E parabéns também pelo seu aniversário! Abraços e beijos de uma galera que te lê e te adora!

  6. Lamento a morte do Gushiken

    Lamento a morte do Gushiken mas a PGR e o STF não tem nenhuma responsabilidade nisso. Cumpriram o seu papel de investigar e julgar…ninguém está acima da lei assim como ninguém está acima da morte.

     

  7. Achei inoportuno esse

    Achei inoportuno esse post…assim como acho lamentável as pessoas que desejam a morte ao Lula e ao Dirceu. Não sabia que o STF era cancerígeno….

    1. Um pouco de leitura ajuda

        Que muitas doenças – o câncer entre elas – surgem ou evoluem por somatização de preocupações extremas, é uma fato cientificamente comprovado.

      Um pouco de boa leitura ajuda a entender isso.

       

    2. Um pouco de leitura ajuda

        Que muitas doenças – o câncer entre elas – surgem ou evoluem por somatização de preocupações extremas, é uma fato cientificamente comprovado.

      Um pouco de boa leitura ajuda a entender isso.

       

      1. Sou médico tb colega…não

        Sou médico tb colega…não sou leigo. Lamentar a morte de um líder político é uma coisa….culpar uma instituição da república por isso é falta de discernimento.

  8. Nós brasileiros somos um povo

    Nós brasileiros somos um povo estranho…cobramos respeito das instituições mas somos os primeiros a achincalha-las. Não ganhamos nada como país “responsabilizando” uma instituição de um governo democrático pela morte de alguém. Meus respeitos ao Gushiken….mas respeitemos o STF e a PGR também.

    1. O respeito dos inocentes

      Quem conhece um pouco de Direito, um pouco de Política e tem “mais de 30”, sabe que quem jogou o respeito na lata do lixo foram o PGR e a ala oportunista-oposicionista do STF. Todas as instituições devem, sim, serem respeitadas. Menos aquelas que não se dão ao respeito e cometem arbitrariedades. O casuísmo desse julgamento de exceção é flagrante para quem não tem torcida política no caso. 

      Dizer que alguns abutres contribuíram para agravar a saúde do Gushiken é expressar uma realidade. Todos aqueles que promoveram ou aplaudiram esse teatro que ainda está em andamento no STF são cúmplices dessa maldade. 

      1. Esse é o problema ! Quando um

        Esse é o problema ! Quando um político amigo é cobrado a dar esclarecimentos é uma “maldade”, “teatro”, “abitrariedade ou “casuísmo”. Faz parte da vida do político ser cobrado e criticado afinal eles recebem muito bem para isso.

  9. Obrigado, Cris

    Mais um texto de Cris, ágil e na buxa, sem a enrolação do juridiquês, grande abraço amiga Cris, me desculpe o apelido de Cris, sei lá, dei vontade de usar, uma relação entre a imolação dos réus e o “Queremos Barrabás” que mandou Cris para a cruz.,,,fazendo uma busca achei isso, tão antigo mas os mesmos personagens, tão atual: Os inocentes indo para o pelourinho e geralmente sob o apoio da pessoas desinformados pq manipuladas pelo escribas de ontem:

     

    Daumier. Queremos Barrabás (Ecce homo?)

    HONORÉ DAUMIER E UMA ESTÉTICA DA CARICATURA SOCIAL COMO DENUNCIA MORAL

    Para Argan, o belo na mordenidade é a sensibilidade e não o belo da natureza, visto que a natureza culturalmente falando-se não é moderna, então o belo passa a ser uma qualidade de natureza moral à buscar-se na sociedade, aquela que distingue a média, acima da vulgaridade. Assim, o belo para esse autor é sempre um estranho, porque um ideal e o artista um idealista.

    O belo pode não encaixar-se numa categoria formal em si, mas, pode-se discerni-lo de tudo o que é habitual, do dito normal, da média. Daí o cômico e o feio extremados tornarem-se belos, daí o interesse de Baudelaire, o maior crítico e poeta do século XIX para Argan, pelos desenhistas, caricaturistas, pelas sátiras que extraem-se das poses do quotidiano , pelas crônicas e paletas que cortam-se das horas, na correnteza do tempo inexorável da ampulheta da consciência humana.

    Daí o mistério dos literatos como Nicolai Gogol, considerado por Carpeaux como o pai da literatura de acusação na Rússia, no século XIX, introdutor do realismo nesse país, embora sendo ucraniano, figura complicada, mixto de satírico e profeta, de humorista e místico que segundo esse mesmo autor não foi paradoxalmente realista, mas fez caricaturas monstruosas e burlescas da vida russa, como as que caracterizou particularmente na sua maior e inacabada obra denominada Almas Mortas, que como Daumier também expressa a nova tendencia realista, pós romantismo, que cunhou a arte e literatura em meados do século XIX. Mas, Honoré Daumier, também, foi amigo de Honoré de Balzac e como ele escreveu dia após dia sua Comédie Humaine.

    Desenhista, pintor, escultor, cariacturista, melhor do que Balzac, segundo Argan soube ver o povo como vítima do poder. O Expressionismo encontra seu precursor atávico em Daumier, mas, a caricatura social, política não foi inventada por ele, porém já tem uma expressão dramática e moralista dentro da história contemporânea nas gravuras do espanhol Goya. Mas, Daumier enxuga e intensifica como diz Argan o signo visual. Procura despertar com sua arte no expectador o estímulo moral. A imagem deixa de ser representação de um fato ou narração, mas, a expressão moral enxugada do fato, quando não do drama do burlesco, do sátiro.

    Daumier segundo Argan via nas relações politizadas da sociedade uma forma moderna de moral. Foi o primeiro a valer-se da imprensa como meio de comunicação de massa, fez extremadas críticas sociais contra o poder na França e pelo desenho da caricatura chamada ” Gargantua ,” obra contundente que mostra o rei Felipe II engolindo sacos de dinheiro do povo teve que cumprir seis meses de prisão. Notáveis os seus excertos litográficos com as paródias sobre os tribunais, gente de Justiça, julgamentos. Nada lhe escapava da burlesca ribalta, na atemporalidade das idéias e da arte, ontem, como hoje,a flama no lusco-fusco sob a escura caverna!…

    Bibliografia:
    ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Cia das Letras.SP:1988
    JANSON, H.W e JANSON . História da Arte.A. Martins Fontes. SP: 1987

    http://www.lilianreinhardt.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=835704

     

    1. Ainda sobre a soneca de Barbosa e Gilmar Dantas
      Onde está escrito ‘buxa’ leia-se “bucha”. E ainda sobre esse julgamento foi totalmente fora de propósito, partidarizado do começo ao fim, não podemos nos esquecer que inventaram uma novela, inclusive o nome de Gushiken foi incluido pq a PGR tinha que chegar ao número de 40 personagens, isso por causa da fábula “Ali Babá e os 40 Ladrões”(já no mensalão tucano foram excluidos 79 réus da ação e os demais, exceto Azeredo, tiveram seus casos enviados para a 1a. instância), o teatro tinha que ser montado, enfim, tiveram que inventar um crime que não existiu e por isso só mesmo um julgamento de exceção para dar conta do recado e, mais, com direito a deboche e desrespeito aos réus e ministros que discordavam do Merval Pereira(sic, Joaquim Barbosa), só para lembrar dessa cena,..para quem não sabe, dormir numa audiência enquanto a defesa do réu fala, é de um desrespeito sem tamanho à Justiça, tanto que na Rúsisa um juiz que fez isso teve que cair fora, já por aqui….https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/juiz-russo-flagrado-dormindo-durante-audiencia-renuncia 

  10.  
    “O apelido que a gente tá

     

    “O apelido que a gente tá dando prá isso é julgamento político.” Cristina Castro.

    Existe O Julgamento Do Supremo! 

    Nem tão bom para historia quanto o melhor das Políticas do Brasil.

    É difícil explicar esse caso. Transmitir a sua verdadeira essencial em um julgamento politico do partido dos trabalhadores é definitivamente impossível! Ficamos conhecendo o STF pouco a pouco e no tempo, quando conversávamos, trazem informações e dados é que nos revela que este julgamento é um afronta a Lei e ao direito. Decidi então ver se era boa assim na politicagem, aquela mais baixa que é angariar votos com promessas e santinhos, finalizando O golpe do supremo.  Não se tornou o debate favorito de todos os três poderes, mas com certeza surpreendeu congresso e o executivo com essa história fantasiosamente envolvente da cassação.

    O ponto que gostaria de abordar não é na questão da venda. Não existe julgamento. Diferente do que já li o relator e o pgr conseguiu tornar uma história que de tão surreal é a conspiração do direito e do poder em uma verdadeira obra-prima de Maquiavel. É algo muito ativo e ao mesmo tempo de baixo nível com palavras abstrusas, com críticas veladas aos egos próprios e ao mesmo tempo sutis. Um STF totalmente sentado no velho colonial Brasil, não mais tão embasada nos direitos, justiças e dos justos e, mas nos supérfluos do autoritarismo sobre a dignidade e respeito humano quando busca o judiciário desequilibrar os poderes dentro da democracia. O supremo este se jugando, este é o Brasil que não queremos ver e lambuzada a nossa realidade. Negamos e vamos mudar.

    Réus abandonado da justiça, que iriam deixá-los sem recursos de apelação depois de passar a existir igualmente já condenado antecipadamente, cresceu no STF completamente rejeitado e margeado. Não existe ninguém além do próprio juízo nesta corte e a avaliação dos méritos e dos réus ultrapassa as simplicidades para arquitetar-se na razão e consciência que não se espelha na pessoa e vaidade dos ministros, tão pouco no corporativismo do poder.

    E assim ele vive, em seu mundo dos autoritarismos barato, indiferente às vendas e a todos mais, sem ligar para a lei, o imparcial ou sua aparência, mas a ninguém importa! GM, JB, Brito e outros coadjuvantes se transformaram em todo poder, quase que no próprio supremo. O próprio supremo não emitia seriedade e silencio algum nobre, o que veio a causar-lhe perturbações com luzes e a ribalta em sua fase transformadora e seria. Ministros da suprema casa da justiça guardião do país e do povo se transformou no palanque politico e ideológico acima da lei e do direito.

  11. Abutres e Abutres e Pessoas e Abutres

    Parabéns pelo texto! Concordo em GÊNERO, NÚMERO e GRAU. Hoje o STF é composto de ABUTRES vestidos de ABUTRES, mas ainda há MAGISTRADO vestidos de ABUTRES,! É a minha manifestação e exercício livre da opinião!

     

  12. A vergonha da calunia e
    A vergonha da calunia e difamação que o pig e o psdb fazem contra o PT matou nosso QUERIDO COMPANHEIRO, isso jamais acontecerá com um deles, por mais que se diga a verdade,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, DESCANSE EM PAZ QUERIDO COMPANHEIRO, NÓS AINDA ESTAMOS AQUI PARA DEFENDER SEU LEGADO………

  13. Horas antes da morte, despediu-me com um sorriso

    GUSHIKEN SE DESPEDE DE SEUS COMPANHEIROS

    :

     

    Internado no Hospital Sírio Libanês, onde enfrenta difícil tratamento contra um câncer, Luiz Gushiken recebe amigos e companheiros do PT, como José Dirceu, o ministro Aloizio Mercadante e o senador Eduardo Suplicy (foto); para o jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, “a força na doença demonstrada por Gushiken é a maior demonstração de grandeza moral segundo a lógica de Montaigne, que compartilho”

     

    11 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 18:45

     

    247 – O ex-ministro do governo Lula e um dos fundadores do PT, Luiz Gushiken, está nos últimos dias de uma árdua luta contra um câncer. Mas faz isso de maneira corajosa. No Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde está internado, ele recebe amigos, conversa sobre o passado e o presente. De acordo com o relato do jornalista Paulo Nogueira, ex-diretor da Abril, “serenamente”.

    Leia abaixo reportagem sobre ele no site Diário do Poder, do colunista Claudio Humberto:

    EX-MINISTRO GUSHIKEN ENFRENTA TRATAMENTO DIFÍCIL CONTRA O CÂNCER
    EX-MINISTRO DO GOVERNO LULA TOMA MORFINA PARA SUPORTAR AS DORES

    O ex-ministro Luiz Gushiken segue internado no hospital Sirio Libanês, em São Paulo, enfrentando tratamento difícil contra o câncer. Nos últimos tempos, ele toma doses frequentes de morfina para suportar as dores lancinantes.

    Apesar das dificuldades, Gushiken segue recebendo visitas de amigos e velhos companheiros do PT, partido que ajudou a fundar e consolidar, como se quisessem se despedir desse militante que começou a vida política atuando no Sindicato dos Bancários de São Paulo.

    No sábado (7), recebeu dirigentes sindicais, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, como ele réu no processo do mensalão – no entanto, Gushiken foi excluído do processo por decisão do relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, que não encontrou elementos que o ligassem à corrupção no governo Lula. Nesses encontros, tem dito que o julgamento do mensalão é uma “fase heroica” do partido. Ele recebeu também a visita do senador Eduardo Suplicy (SP).

    É longa a luta de Gushiken: a doença já havia sido diagnosticada quando ele ocupou os cargos de ministro e Comunicação Social e também chefiou a área de Assuntos Estratégicos do primeiro governo Lula.

    E abaixo, leia o artigo do jornalista Paulo Nogueira no Diário do Centro do Mundo sobre Gushiken:

    Gushiken, a mídia e a justiça: uma parábola do país que temos
    O que os anos recentes de um dos grandes líderes sindicais das décadas de 1970 e 1980 contam sobre o Brasil de hoje.

    A quem apelar?

    Montaigne escreveu que o tamanho do homem se mede na atitude diante da morte, e citava como exemplos Sócrates e Sêneca.

    Os dois morreram serenamente consolando os que os amavam. Sócrates foi obrigado a tomar cicuta por um tribunal de Atenas e Sêneca a cortar os pulsos por ordem de Nero.

    Meu pai jamais se queixou em sua agonia, e penso sempre em Montaigne quando me lembro de sua coragem diante da morte, confortando-nos a todos.

    Me veio isso ontem à mente ao ler no twitter a notícia de Luís Gushiken morrera aos 63 anos. Depois desmentiram, mas ficou claro que ele vive seus dias finais num quarto do Sírio Libanês, com um câncer inexpugnável.

    Soube que ele mesmo se ministra a morfina para enfrentar a dor nos momentos em que ela é insuportável, e para evitar assim a sedação.

    Li também que ele recebe, serenamente, amigos com os quais fala do passado e discute o presente.

    A força na doença demonstrada por Gushiken é a maior demonstração de grandeza moral segundo a lógica de Montaigne, que compartilho.

    Não o conheci pessoalmente, mas é um nome forte em minha memória jornalística. Nos anos 1980, bancário do Banespa, ele foi um dos sindicalistas que fizeram história no Brasil ao lado de personagens como Lula, no ABC.

    Eu trabalhava na Veja, então, e como jovem repórter acompanhei a luta épica dos trabalhadores para recuperar parte do muito que lhes havia sido subtraído na ditadura militar.

    Os militares haviam simplesmente proibido e reprimido brutalmente greves, a maior arma dos trabalhadores na defesa de seus salários e de sua dignidade. Dessa proibição resultou um Brasil abjetamente iníquo, o paraíso do 1%.

    Fui, da Veja, para o jornalismo de negócios, na Exame, e me afastei do mundo político em que habitava Gushiken.

    Ele acabaria fundando o PT, e teria papel proeminente no primeiro governo Lula, depois de coordenar sua campanha vitoriosa.

    Acabaria se afastando do governo no fragor das denúncias do Mensalão. E é exatamente esta parte da vida de Gushiken que me parece particularmente instrutiva para entender o Brasil moderno.

    Gushiken foi arrolado entre os 40 incriminados do Mensalão. O número, sabe-se hoje, foi cuidadosamente montado para que se pudesse fazer alusões a Ali Babá e os 40 ladrões.

    Gushiken foi submetido a todas as acusações possíveis, e os que o conhecem dizem o quanto isso contribuiu para o câncer que o está matando.

    Mas logo se comprovou que não havia nada que pudesse comprometê-lo, por mais que desejassem. Ainda assim, Gushiken só foi declarado inocente formalmente pelo STF depois de muito tempo, bem mais que o justo e o necessário, segundo especialistas.

    Num site da comunidade japonesa, li um artigo de um jornalista que dizia, como um samurai, que Gushiken enfim tivera sua “dignidade devolvida”.

    Acho bonito, e isso evoca a alma japonesa e sua relação peculiar com a decência, mas discordo em que alguém possa roubar a dignidade de um homem digno com qualquer tipo de patifaria, como ocorreu. A indignidade estava em quem o acusou falsamente e em quem prolongou o sofrimento jurídico e pessoal de Gushiken.

    O episódio conta muito sobre a justiça brasileira, e sobre, especificamente, o processo do Mensalão. A história há de permitir um julgamento mais calmo, e tenho para mim que o papel do Supremo será visto como uma página de ignomínia.

    Gushiken não foi atropelado apenas pela justiça. Veio, com ela, a mídia e, com a mídia, o massacre que conhecemos.

    Um caso é exemplar.

    Uma nota da seção Radar, da Veja, acusou Gushiken de ter pagado com dinheiro público um jantar com um interlocutor que saiu por mais de 3 000 reais. A nota descia a detalhes nos vinhos e nos charutos “cubanos”.

    Gushiken processou a revista. Ele forneceu evidências – a começar pela nota e por testemunho de um garçom – de que a conta era na verdade um décimo da alegada, que o vinho fora levado de casa, e os charutos eram brasileiros.

    Mais uma vez, uma demora enorme na justiça, graças a chicanas jurídicas da Abril.

    Em junho passado, Gushiken enfim venceu a causa. A justiça condenou a Veja a pagar uma indenização de 20 mil reais.

    O tamanho miserável da indenização se vê pelo seguinte: é uma fração de uma página de publicidade da Veja. Multas dessa dimensão não coíbem, antes estimulam, leviandades de empresas jornalísticas que faturam na casa dos bilhões.

    Não vou entrar no mérito dos leitores enganado, que construíram um perfil imaginário de Gushiken com base em informações como aquela do Radar. Também eles deveriam ser indenizados, a rigor.

    Gushiken enfrentou, na vida, a ditadura, as lutas sindicais por seus pares modestos, a justiça e a mídia predadora.

    Combateu — ainda combate — o bom combate.

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/114658/Gushiken-se-despede-de-seus-companheiros.htm

  14. Pode parecer exagero da

    Pode parecer exagero da Cristiana. E alguns podem até achar que é apenas figura de retórica. Mas na verdade, esta sua afirmação pode ser levada ao pé da letra sim.

    Quem não sabe hoje da viceral ligação entre o estado de saúde e o espiritual numa pessoa? E que o cancer tem muito se somático?

    Alguém que contrai um cancer pode ser fatalmente atingido em sua capacidade de resistir à doença, se seu ânimo é constantemente bombardeado por abutres justiceiros. Ser vítima de injustiça é uma das maiores dores que um ser humano pode sentir.

    Lembro que na morte de Joaquim Pedro, acho que foi o Caca Diegues que disse que ele havia sido vítima de assassinato cultural. Pois um dos mais criativos cineastas de sua geração se via impossibiltado de, pelas dificuldades financeiras, fazer o que era a razão de sua vida, o cinema.

    Mando daqui energias positivas para o Pizolatto, Genoino e Dirceu.

  15. COM  o caso do dito

    COM  o caso do dito “mensalão”, fico mais indignado com a justiça brasileira: agem de acordo com interesses do poder econõmico/mídia golpista… enfim, é o STFT = Supremo Tribunal Federal Tucano.

  16. Cristiana, perfeito.
    Que Deus

    Cristiana, perfeito.

    Que Deus dê em dobro aos inquisidores, todo o mal que estão fazendo.

    Mataram o Gushiken, e estão matando o Genoíno. O tempo é senhor da razão, os algozes são protegidos pela toga, mas receberam o desprezo até dos próprios familiares quando não tiverem mais serventia pra casa grande.

  17. Quanta bobagem!!! Daqui a

    Quanta bobagem!!! Daqui a pouco vão dizer que o câncer não teve nada com isso… Aliás, mais um se tratando no SUS.. irio Libanês…

  18. Descanse em paz Gushiken!

    O lado bom da internet é que, ela mostra hoje o ódio contido por tanto tempo na pose da “direita”. Sem qualquer constrangimento ou preocupação destilam seus venenos com ou sem etiqueta (afinal, classe acima de tudo). Ódio e mesquinhez  está no fator RH dessa gente. Lastimável e deplorável a atitude de desrespeito com a morte de um homem público ou um homem simples, não importa, se não comungar com o pensamento da “direita” deve ser execrado.

    Não é novidade, respeito com alguém que deixa essa vida, não é algo que vossas mentes tem capacidade de processar, isso já sabemos!

    Mas, vocês (direita) não são imortais, um dia perecerão e terão o mesmo destino comum a todos, ricos ou pobres, pretos ou brancos, arrogantes ou humildes.

    Mas as pessoas de “direita” são as pessoas de “direita”, e é claro, seus caixões terão um diferencial: um buraco para os vermes vomitarem.

     

  19. Descanse em paz Gushiken!
    O lado bom da internet é que, ela mostra hoje o ódio contido por tanto tempo na pose da “direita”. Sem qualquer constrangimento ou preocupação destilam seus venenos com ou sem etiqueta (afinal, classe acima de tudo). Ódio e mesquinhez  está no fator RH dessa gente. Lastimável e deplorável a atitude de desrespeito com a morte de um homem público ou um homem simples, não importa, se não comungar com o pensamento da “direita” deve ser execrado.Não é novidade, respeito com alguém que deixa essa vida, não é algo que vossas mentes tem capacidade de processar, isso já sabemos!Mas, vocês (direita) não são imortais, um dia perecerão e terão o mesmo destino comum a todos, ricos ou pobres, pretos ou brancos, arrogantes ou humildes. Mas as pessoas de “direita” são as pessoas de “direita”, e é claro, seus caixões terão um diferencial: um buraco para os vermes vomitarem. 

    1. Nenhum político seja de

      Nenhum político seja de direita ou de esquerda está acima da lei, das instituições ou da morte…espero que essa lição esteja cada vez mais incucada na cabeça dos nossos políticos. Espero que o senso de legado cada vez mais chegue ao nosso políticos que muito se importam com dinheiro e pouco com o seu bom nome.

  20. Mais uma vez desejo os meus

    Mais uma vez desejo os meus pêsames á família do Gushiken mas deixemos o STF e a PGR fora disso. É um exercício de retórica barato querer culpa-los por um câncer….tenhamos bom-senso! Que o Gushiken esteja com Deus, que a PGR continue a investigar e que o STF continue a julgar com independência.

  21.  
    Assino embaixo esse

     

    Assino embaixo esse manifesto de Cristina Castro.É fato que Gushiken já enfrentava uma longa luta de mais de uma década contra um câncer. Mas a covardia do MPF em incriminá-lo e do mídia em repercutir essas denúncias (que sabia inverídicas e injustas) contribuíram muito para a piora do seu já frágil estado de saúde, dado o estresse que a situação lhe expôs (face a execração pública a que foi submetida.O STF tampouco pode posar de bonzinho nessa história. Embora tenha inocentado o “japonês” o fez apenas para não ter um cadáver a rondar a AP-470. Atitude que não teve com relação aos outros réus, ao estuprar a controvertida tese do “domínio dos fatos” para condenar sem provas José Dirceu e José Genoíno.Gushiken morreu como viveu. Digno. Abdicando de uma vida de confortos para lutar pela humanidade.Mas José Dirceu e José Genoíno continuam a ser injustiçados. E independentemente do resultado final desse julgamento, já foram condenados para os resto de suas vidas.Condenados a execração pública. A não poderem caminhar pelas ruas, frequentar ambientes públicos, onde poderiam ser fortemente hostilizados, etc.E tudo isso para que? Para saciar uma sanha de vingança de uma mídia direitista, reacionária e serviçal do poder econômico? Para saciar o sentimento de revanche de uma mídia que apoiou a ditadura, as torturas e os assassinatos políticos que Dirceu e Genoíno combateram?Será que isso vale e é decente? Destroçar famílias? Criminalizar inocentes para aplacar ódios e rancores? Seria isso passível de ser qualificado como justiça?

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    Assino embaixo esse

     

    Assino embaixo esse manifesto de Cristina Castro.É fato que Gushiken já enfrentava uma longa luta de mais de uma década contra um câncer. Mas a covardia do MPF em incriminá-lo e do mídia em repercutir essas denúncias (que sabia inverídicas e injustas) contribuíram muito para a piora do seu já frágil estado de saúde, dado o estresse que a situação lhe expôs (face a execração pública a que foi submetida.O STF tampouco pode posar de bonzinho nessa história. Embora tenha inocentado o “japonês” o fez apenas para não ter um cadáver a rondar a AP-470. Atitude que não teve com relação aos outros réus, ao estuprar a controvertida tese do “domínio dos fatos” para condenar sem provas José Dirceu e José Genoíno.Gushiken morreu como viveu. Digno. Abdicando de uma vida de confortos para lutar pela humanidade.Mas José Dirceu e José Genoíno continuam a ser injustiçados. E independentemente do resultado final desse julgamento, já foram condenados para os resto de suas vidas.Condenados a execração pública. A não poderem caminhar pelas ruas, frequentar ambientes públicos, onde poderiam ser fortemente hostilizados, etc.E tudo isso para que? Para saciar uma sanha de vingança de uma mídia direitista, reacionária e serviçal do poder econômico? Para saciar o sentimento de revanche de uma mídia que apoiou a ditadura, as torturas e os assassinatos políticos que Dirceu e Genoíno combateram?Será que isso vale e é decente? Destroçar famílias? Criminalizar inocentes para aplacar ódios e rancores? Seria isso passível de ser qualificado como justiça?

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