Ainda presa, esposa de João Santana adere à delação

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O novo advogado contratado por Monica Moura é especialista em delação, e esteve à frente do caso de Milton Pascowitch, que incriminou Dirceu
 
Jornal GGN – A publicitaria Monica Moura, esposa e sócia do marqueteiro de campanhas petistas João Santana, decidiu fechar acordo de delação premiada. Ainda não formalizado, o acordo foi anunciado pelo Estadão, que publica que os termos estão sendo definidos com os procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
 
Era Monica Moura quem cuidava da parte financeira da Polis Propaganda e Marketing, empresa que fez as campanhas da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e em 2014. O casal virou alvo da Operação Lava Jato por suspeita de recebimento de US$ 7,5 milhões da Odebrecht no exterior, por meio de uma offshore dos publicitários.
 
Monica trocou de advogado na última semana. De modo geral, as defesas de réus da Lava Jato não concordam com o acordo de delação, do qual apontam ser um sistema de coerção usado pelos investigadores para que os investigados sejam automaticamente culpados e para que incriminem outros nomes, ao passo que, em recompensa, são soltos de prisões preventivas ou temporárias e, se condenados, têm a redução de suas penas.
 
A esposa de João Santana contratou Juliano Campelo Prestes, que atua em Curitiba, na base da Operação Lava Jato, onde Monica está detida. O advogado já fez a delação premiada do lobista Milton Pascowitch, que incriminou o ex-ministro José Dirceu na Operação. Já João Santana ainda matém o advogado Fabio Tofic.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

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  1. Absurdo! Essa mulher

    Absurdo! Essa mulher corajosa, que enfrentou o Torquemada de Curitiba jamais faria uma traição dessas. Como vai fazer delação se nem cometeu crime? Essa notícia tem toda pinta de ser plantada pelos golpistas para desacreditar quem resiste aos seus ataques contra a democracia.

  2. Se eu tivesse o poder do MPF…

    De prender para averiguações e por tempo intederminado qualquer pessoa com base em ilações e “delações premiadas”, duvido que a pessoa aguentasse muito tempo sem cantar a música que eu quisesse e dançar a valsa que eu mandasse. Agora, se as confissões obtidas dessa forma têm algum valor jurídico, fica para os tribunais superiores decidirem… Dependemos da imparcialidade de um poder notadamente conservador e reacionário. O que fazer?

  3. LJ : Escola de Alcaguetes.
    LJ : Escola de Alcaguetes. Para garantir a liberdade suprimida… Nem todos resistem.

    E há quem defenda para “pegar os corruptos”. Vamos agradecer por esta ferramenta afiada de Instabilidade Institucional.

  4. Meu Deus! Não é possível! Até

    Meu Deus! Não é possível! Até qdo essas pessoas vão continuar presas? Nosso judiciário é composto de pessoas, se, não doentes, muito mal resolvidas sexualmente Essa necessidade de humilhar, subjugar, a troco de nada, não é saudável pq o cara tá sozinho. Não é um jogo; é uma masturbação. E o que excita o cara é a plateia.  A turma do Midiciário já está bem grandinha para fugir de incursões nas mais diversas variações do BDSM.  Já tá pegando mal essa fixação. Vão se resolver e deixem o país em paz!

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