Apontado como interlocutor junto à Petrobras, presidente da Firjan pede direito de resposta

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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“A simples menção a meu nome em meio ao contexto de toda a lama trazida à tona pela Lava Jato é ultrajante”, criticou Eduardo Eugenio Gouvea
 
 
Jornal GGN – Citado em mensagem do diretor da Odebrecht, Rogério Araújo, interceptada pela Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato, o presidente do Sistema FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Eugenio Gouvea Vieira, solicitou o direito de resposta ao GGN.
 
Na mensagem, Araújo afirma que o então diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, iria conversar com o governador Sérgio Cabral sobre a participação da Odebrecht no consórcio que conquistou o contrato do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), e que o governador iria ratificar o pedido, além de “definir o seu interlocutor junto à Petrobras e Mitigue”, que atualmente seria Eduardo Eugenio Gouvea. 
 
Em resposta, o presidente da FIRJAN afirmou que é evidente que ele mantém uma “interlocução permanente com as principais lideranças políticas do estado e do país”, sendo o governador Cabral um desses interlocutores. “Uma coisa, porém, é certa: jamais tratei de interesse desta ou daquela empresa no Comperj com o ex-governador. Meu nome foi citado numa troca de e-mails de terceiros e sou agora indagado a respeito”, manifestou.
“Tenho horror a bandalheira. Estou entre os que apoiam as investigações em curso no país desde a primeira hora. Elas estão em linha com meu desejo de um Brasil ético e transparente. A simples menção a meu nome em meio ao contexto de toda a lama trazida à tona pela Lava Jato é ultrajante”, criticou Eduardo Eugenio Gouvea. 
 
Leia a reportagem completa: A criminalização da diplomacia comercial brasileira
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Que coisa

    Mesmo sabendo, como sabem, que de certa maneira todos estão envolvidos no lava jato (quem não tranzou com o governo pt?) o psdb e empresários, como o aí em cima, deixam a andrade gutierrez e a oderbrecht se estreparem e fazem conta que não é com eles. Abandomam os companheiros com medo da mídia. Preferem por alguma gasolina no fogo. Ontem mesmo, o senador aluisio, psdb, disse que já prenderam a quadrilha e agora só falta o chefe. Quer dizer que a andrade e a oderbrecht são a quadrilha? Vergonhoso.

  2. Acredito no ínclíto

    Acredito no ínclíto empresário. Entendo sua revolta. E até acho louvável externar seu apoio as investigações em curso no país “desde a primeira hora”. Mas seria também simpático que ele, se sentindo ultrajado, externasse seu apoio a todos aqueles que devem ter sofrido, ou sofrem, ultrajes iguais nesse autêntico roldão que é essa Operação Lava Jato. 

    Por que só ele pode ser uma vítima? 

     

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