As “desculpas” que significam o fim da maior negociação da Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Desde que as negociações de delação premiada com os executivos da Odebrecht se tornaram mais concretas, circulava a informação de que a empreiteira publicaria um pedido de desculpas à sociedade. Mas somente após de efetivada e sem restar dúvidas do teor dos depoimentos e informações que entregaria, logo em seguida, com o acordo de leniência.
 
Por isso, o “Desculpe, a Odebrecht errou”, apesar de planejado há meses, só pode ser divulgado nesta sexta-feira (02). E com a notícia, o alerta verde que todos esperavam: nos dias que virão a pauta dos jornais será os depoimentos.
 
E o comunicado ocupa duas páginas de publicidade dos jornais desta manhã. Foi um tipo de protocolo obrigatório a ser seguido pela empreiteira, depois que a Andrade Gutierrez foi condenada por Sérgio Moro e usou pela primeira vez o mecanismo para se desculpar com a população brasileira, em maio deste ano. A reação do grupo econômico chamou a atenção do magistrado do Paraná, que se viu satisfeito, chegando a comentar a situação como “case de sucesso” da Lava Jato nas palestras que participava desde então.
 
Mas, apesar de ter trazido a frase “reconhecemos que erros graves foram cometidos nos últimos anos e, ao contrário de negá-los, estamos assumindo-os publicamente”, a posição não foi tão natural como o fez parecer o grupo. Isso porque soube-se depois que a publicação foi uma das exigências do juiz do Paraná para homologar o acordo de leniência com a Andrade Gutierrez.
 
Em despacho revelado no dia 3 de maio, Sérgio Moro determinava que “a homologação do acordo de leniência exige o reconhecimento público da empresa nas mesmas circunstâncias”. Mas o pagamento feito pela empreiteira do espaço publicitário para se desculpar superou as expectativas do magistrado, que se mostrou muito satisfeito.
 
A partir dali, sabia-se que o pedido de desculpas da Odebrecht só viria, definitivamente, após o fechamento da negociação com os investigadores. E justamente um dia após a empreiteira ter assinado um dos acordos mais esperados, até agora, da Lava Jato, que os jornais estampam o comunicado.

               

“Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética. Não admitiremos que isso se repita”, publica o grupo, “reconhecendo” que “participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial”, soando contraditoriamente artificial após as duras negociatas dos investigadores junto aos executivos, estipulando restrições, exigências e regras para os depoimentos que poderão afetar 279 políticos ligados a 24 partidos diferentes.
 
A longa e difícil negociação da delação premiada entre cerca de 80 executivos e ex-funcionários da Odebrecht com a equipe da Lava Jato teve, ao menos, um ponto final. Notícias que não faltarão para alimentar as manchetes até o fim deste e indefinitivamente até o próximo ano.
 
A seguir, a íntegra do pedido de desculpas:
 
COMUNICADO ODEBRECHT
DESCULPE, A ODEBRECHT ERROU

A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial.

Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público.

O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas e não as combatemos como deveríamos.

Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética.

Não admitiremos que isso se repita.

Por isso, a Odebrecht pede desculpas, inclusive por não ter tomado antes esta iniciativa.

Com a capacidade de gestão e entrega da Odebrecht, reconhecida pelos clientes, a competência e comprometimento dos nossos profissionais e a qualidade dos nossos produtos e serviços, definitivamente, não precisávamos ter cometido esses desvios.

A Odebrecht aprendeu várias lições com os seus erros. E está evoluindo.

Estamos comprometidos, por convicção, a virar essa página.

COMPROMISSO COM O FUTURO
O Compromisso Odebrecht para uma atuação Ética, Íntegra e Transparente já está em vigor e será praticado de forma natural, convicta, responsável e irrestrita em todas as empresas da Odebrecht, sem exceções nem flexibilizações.

Não seremos complacentes.
Este Compromisso é uma demonstração da nossa determinação de mudança: 

1.      Combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas, inclusive extorsão e suborno.
2.      Dizer não, com firmeza e determinação, a oportunidades de negócio que conflitem com este Compromisso.
3.      Adotar princípios éticos, íntegros e transparentes no relacionamento com agentes públicos e privados.
4.      Jamais invocar condições culturais ou usuais do mercado como justificativa para ações indevidas.
5.      Assegurar transparência nas informações sobre a Odebrecht, que devem ser precisas, abrangentes e acessíveis, e divulgadas de forma regular.
6.      Ter consciência de que desvios de conduta, sejam por ação, omissão ou complacência, agridem a sociedade, ferem as leis e destroem a imagem e a reputação de toda a Odebrecht.
7.      Garantir na Odebrecht e em toda a cadeia de valor dos Negócios a prática do Sistema de Conformidade, sempre atualizado com as melhores referências.
8.      Contribuir individual e coletivamente para mudanças necessárias nos mercados e nos ambientes onde possa haver indução a desvios de conduta.
9.      Incorporar nos Programas de Ação dos Integrantes avaliação de desempenho no cumprimento do Sistema de Conformidade.
10.  Ter convicção de que este Compromisso nos manterá no rumo da Sobrevivência, do Crescimento e da Perpetuidade.

A sociedade quer elevar a qualidade das relações entre o poder público e as empresas privadas.

Nós queremos participar dessa ação, junto com outros setores, e mudar as práticas até então vigentes na relação público-privada, que são de conhecimento generalizado.

Apoiamos os que defendem mudanças estruturantes que levem governos e empresas a seguir, rigorosamente, padrões éticos e democráticos.

É o nosso Compromisso com o futuro. É o caminho que escolhemos para voltar a merecer a sua confiança.

Odebrecht S.A.

26 Comentários

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  1. Novela da Vaza a Jato.

    O Marcelo poderia ter resolvido esse problema todo em seis meses, preservando a soberania sobre know how de tecnologias de ponta, patrimônio intelectual incalculavel perdido, posição competitiva no mercado internacional conquistada com muito suor e lágrimas, e empregos de milhões de brasileiros, se não tivesse que sustentar e carregar nas costas durante o processo de investigação e apuração de desvios a novela Vaza a Jato da Globo/Mossack-Fonseca, os atores vaidosos e corruptos do MP, PF e judiciário em geral. Ou seja, se houvesse gente honesta nessa camarilha de servidores corruptos da alta burocracia improdutiva e parasitária do Estado, do judiciário, MP e PF, os problemas pontuais (e inerentes ao sistema constituído) de desvios e propinas seria facilmente resolvido de forma discreta sem causar danos a ninguém. Mais aí não seriam gerados os extraordinários ganhos para projeção do poder político das gangues do Moro e da Globo/Mossack-Fonseca e não haveria o Golpe, nem Power Point e, enfim, estariam todos recolhidos às suas insignificantes mediocridades, tão saudaveis.

    1. O que seria um enorme fortalecimento da democracia

      Nem precisaríamos conhecer os nomes dos juízes.

      Não teríamos essas pessoas promovidas a celebridades midiáticas, e sequer visto alguns ovacionados em shows de rock e em praça pública.

  2. A delação foi assinada ontem à tarde

    Hoje pela manhã já estava vazada. Óbvio que vazaram algo pra atacar a Dilma, sem nem falar dos Tucanos delatados ou do Temer.

    Essa Vaza-Jato não decepciona mesmo! Sempre que possível ela vai lá e confirma seu caráter seletivo partidário!

    1. A distinção entre o ‘pequeno juiz’ e o grande Sr. Emílio, são os ilícitos produzidos por um e o combate ensejado pelo outro. Qual dos papeis você, de acordo com seu caráter, optaria por desempenhar? 

      1. O pequeno juiz…

        O dia em que o pequeno juiz crescer e agir com imparcialidade, pode se conversar. O dia em que explicar-nos o que significa Aécio Furnas e Serra 23mi pode crescer um pouquinho. Mas a credibilidade esvaiu-se quando os grampos da honrada Presidenta foram ofertados à mídia para divulgação. Complicado… 

         

        Marly

        1. Os dois políticos que vc mencionou não estão com Moro por causa da prerrogativa da função. O STF deve cuidar deles, e não juízo de piso. Se há outras questões que sejam consideradas a imparcialidade, tudo bem. Cada um tem uma percepção. Eu não vejo dessa forma. Gostaria de ver cada um desses corruptos respondendo por seus crimes. Por todo o enredo, inclino-me a acreditar nas delações, pelo jogo de quebra-cabeça. Inclusive na delação de Sergio Machado quando diz que Temer lhe pediu 5 mi. 

      2. Grandes diferenças.

        De acordo como caráter e a inteligência (acima de 3 neurônios) de quem não engole sem refletir a fantasia servida pela parceria das bandas podres do judiciário com as empresas corruptas de comunicação, lideradas pela Globo/Mossack-Fonseca, a diferença entre os crimes atribuídos ao Sr. Emilio e aqueles praticados pelas gangues dominantes do judiciário é grande. Para começar, e economizar espaço e paciencia dos leitores afeitos às interpretações simplificadoras das realidades, focando apenas o caso presente encenado no âmbito da Vaza a Jato, o Sr. Emilio é um cidadão comum sujeito às instabilidades e inseguranças inerentes à sua condição, que tem a seu favor, a atenuar a culpa pela prática dos delitos de corrupção de que é acusado, o fato de que ele jogou o jogo das propinas obedecendo às regras estabelecidas por meio de pactos empresariais e judiciais já vigentes no mercado selvagem das grandes obras quando ele entrou e cresceu no ramo da construção pesada. Tais crimes são efeitos colaterais secundários de um sistema muito mais amplo que trouxe desenvolvimento ao país e grandes benefícios à sua população. Já os delitos (combate??) das gangues do judiciário são praticados por agentes dotados de todas as garantias e salvaguardas constitucionas e funcionais que lhes conferem absoluta imunidade frente às incertezas e instabilidades do mundo capitalista, justamente para que tenha condição de exercer a função judicante em respeito aos princípios da transparência, impessoalidade e imparcialidade, seguindo rigorosamente os ditames da LEI, em estrita afinação com o interesse público. Essas condições são severos agravantes para os delitos praticados de forma recorrente e continuada por essas gangues, ainda mais agravadas pelas consequências deletérias avassaladoras que tais crimes ao desenvolvimento do país e aos benefícios à população que as grandes empreiteiras nacionais proporcionavam ao país, antes de serem destruídas pela parceria criminosa e abjeta Moro X Globo/Mossack-Fonseca.

  3. Autoridade

    Nas entrelinhas  da vida claramente há mais coisas do que supõe a vã filosofia. A empreiteira teria sido coagida, forçada, ameaçada , humilhada, estorquida moralmente para relatar  que supostamente é uma grande corporação corrupta que surrupiou bilhões dos cofres públicos. Onde está a verdade?

  4. Só leio críticas a lava jato,

    Só leio críticas a lava jato, ao juiz Sérgio Moro, e a rede globo. Mas até agora não li nenhuma crítica a Odebrechet e aos empresários. Me parece uma conivência com o crime.  Não vamos deixar que nossa ideologia tapem os nossos olhos diante tantos crimes cometidos pelas empreiteiras.

    1. Onde está a ideologia?

      Quem falou em ideologia. Para haver ideologia é preciso haver ideias que, por sua vez, dependem de cérebros. Aqui se trata de analisar o aproveitamento político partidário de uma instituição criada por um pacto social das elites vigente há décadas. O pacto da PROPINA, elegantemente chamado de comissão sobre contratos, embora informal, deliberado em ambientes sombrios de ma$$onaria$$ vige desde os tempos da ditadura sob o olhar complacente ou cúmplice das cúpulas do judiciário. Quem institucionalizou a PROPINA, o caixa 2, que vinha sendo praticado informalmente havia décadas, por meio da aprovação da lei do financiamento plutocrático privado de campanhas eleitorais, em 1997, não foram os idealistas, ou pessoas movidas pelas ideologias a que vc se refere. Foram os mesmos que cometeram os crimes descritos e documentados no livro best seller A PRIVATARIA TUCANA que nunca gerou sequer uma diligência de investigação. Os mesmos que criaram as contas CC5 que movimentaram bilhões de dólares de dinheiro ilegalmente remetido ao exterior, investigado, mas nunca apurado, no escândalo Banestado. Lá estavam as digitais do ínclito Sergio Moro e de seu doleiro de estimação Alberto Youssef. Tudo abafado e nada resolvido e todos viveram ricos e felizes para sempre com os 30 bilhões de dólares remetidos por “criminosos de estimação” para o exterior que parecem nuca ter incomodado a ninguém. Os executivos das grandes empreiteiras jogaram o jogo segundo as regras que lhes foram impostas pela plutocracia, enquanto os preclaros varões de Plutarco do judiciário se deliciavam com banquetes em Resorts luxuosos bancados por eles e outros empresários, então, amigos. Mas, não fizeram só isso. Nos últimos anos engajaram-se num projeto maior de geração e desenvolvimento de tecnologias que alcançaram projeção importante nos mercados internacionais, gerando milhões de empregos no Brasil e lucros estratosféricos para os banqueiros agiotas que financiavam seus grandes projetos. Em 2014 foram eleitos como boi de piranha, oferecidos em sacrifício, para abalar o ambiente de estabilidade e econômica em que se movimentavam com grande desenvoltura os inimigos da plutocracia rentista e agiota. Esse movimento travestido de “combate à corrupção” foi montado sobre estratégia política para ganhar a eleiçao presidencial que lhes escaparia das mãos pela quarta vez cosecutiva. No timão do plano golpista, o judiciário agindo à margem da LEI, jogando em parceria com um pool empresários corruptos controladores de empresas de comunicação, liderado pela Globo/Mossack-Fonseca. Daí, eu lhe pergunto: Quem é que está defendendo o CRIME ORGANIZADO nesse caso?

    2. Felipe Madureira

      Minha ideologia não permite jamais que um juiz de 5a. e uma TV que não quer o bem do país, escolham quem deve e quem não deve ser investigado e condenado.

      Isto se chama por acaso justiça ? Ou ideologia, que eles não possuem. Aliás, tem sim, o famoso dim-dim

  5. Super serginho

    “Meninos maus! tungaram o dinheiro da Petrobrás e agora vão, além de apanhar no bumbum, ter que pedir desculpas. Entenderam?”

    ” sim, super serginho, nós entendemos.” Desculpem-nos senhores coxinhas”

     leiam, se interessar, como se fossem aquelas vozes ridículas de dublagem de séries de super heróis para educação de crianças: Sérginho em voz grave e os meninos maus em vozes de adultos imitando crianças.

  6.  
     
    Ainda prefiro a pantomima

     

     

    Ainda prefiro a pantomima como se conhece atualmente.  Como por exemplo, a do clown inglês Mr. Bean. Diria até, que a merda domingueira do Faustão,  seria mais palatável  que o espetáculo fraudulento  levado a cabo pelo bando de paspalhões  da operação “lava-bunda.” Esta versão provinciana de segunda mão, da opereta, digo, da Operação Mani pulite, que, na verdade, foi um monumental  fracasso, mesmo como espetáculo de combate à corrupção na Itália.

    A mania dos vira-latas de copiar o que feito lá fora, mentindo e deformando. Redunda nesta merda que assistimos.  Como é o caso da tal Mão limpas italiana, que não acabou com corrupção de porra alguma, apenas, criou uma corrupção mais resistente e robusta. Como os vírus e bactérias que desenvolvem resistência à medicação administrada por incompetentes e farsantes salvadores da pátria.

    Os sinais da fraude desse  juizeco Moro do Paraná e seus gogoboys do pgr estão postos, à vista dos que tem olhos livres de antolhos para enxergar. Depois, os abestados vão espancar panelas pelas pessoas erradas. Nem a historia registrada nas escrituras que os merdas que se dizem cristãos juram crer, lhes sevem de exemplo. Seriam os primeiros a escolher o palestino para pregar na cruz, em vez dos ladrões. Caso o homem retornasse como prometera.

    Orlando  

     

  7. Quando o magistrado da

    Quando o magistrado da  araucárias e seus cúmplices do MPF, irão  subscrever um pedido de perdão à Nação,a Lula, a Dilma, à Petrobras,e ao povo que sofreu e sofre  as consequências das suas ações  devastadoras?

     

     

  8. Ontem, no programa Diálogos/

    Ontem, no programa Diálogos/ Mario Conti, FHC foi o entrevistado.

    A certa altura o entrevistador disse que FHC havia comentado, em seu livro que havia um zum zum zum sobre a odebrecht.

    Em seu livro, em 2004.

    Como não falaram sobre a obra, estou tentando localizar o nome. Alguém conhece? 

    O único lançamento que consegui localizar foi este:

    22/06/2004 – 19p1
    Clinton elogia Fernando Henrique Cardoso em suas memórias

    WASHINGTON, 22 Jun (AFP) – O ex-presidente americano Bill Clinton reservou palavras elogiosas para seu colega brasileiro Fernando Henrique Cardoso, ao falar das personalidades da política latino-americana em seu livro de memórias lançado esta terça-feira nos Estados Unidos.

    Entre outras coisas, Clinton revela, por exemplo, que usou o escritor colombiano Gabriel García Márquez (seu “herói da literatura”) para mandar mensagens ao presidente cubano, Fidel Castro.

    Narrando sua primeira viagem à América do Sul, Clinton destaca que sua visita ao Brasil começou muito tensa em função das críticas brasileiras aos Estados Unidos, no contexto da formação do Mercosul, mas que Fernando Henrique se mostrou um “líder moderno e eficiente” e disposto a estabelecer com os americanos uma parceria que o ajudasse a modernizar a economia do Brasil, reduzir sua pobreza crônica e aumentar sua influência no mundo.

    “Eu sempre respeitei e gostei de Cardoso. Ele já havia estado em Washington, em uma visita de Estado, e o achei um dos mais impressionantes líderes que já havia conhecido”, afirma Clinton em seu livro.

    A respeito da administração de FHC, o ex-presidente americano disse ter apoiado plenamente suas políticas, em especial as de preservação da floresta Amazônica e as destinadas à melhoria da educação, destacando a importância do programa “Bolsa Escola”.

    Clinton se declara fascinado pelo Brasil desde os anos 60, quando o saxofonista americano Stan Getz popularizou sua música na América, o que o levou a querer conhecer suas lindas cidades. Clinton conta que, depois de visitar uma escola em um bairro pobre do Rio de Janeiro, acompanhado do jogador Pelé, ele e sua esposa, Hillary, foram a Brasília para um jantar na residência presidencial, onde Fernando Henrique e Ruth Cardoso lhe presentearam com um maravilhoso show de percussão. Na ocasião, disse ter conhecido “uma cantora fabulosa”, a baiana Virgínia Rodrigues.

    Outra personalidade latina a quem Clinton dedica muito espaço em seu livro é o presidente Fidel Castro, que, “numa tentativa de passar para nós alguns de seus problemas, deu rédeas soltas a um processo de êxodo em massa de cubanos para os Estados Unidos”, uma referência à chamada “crise dos balseiros”, de 1994.

    Em uma conversa com García Márquez, Clinton disse que não iria levantar o embargo contra Cuba e pediu que comunicasse a Fidel “que se os cubanos continuassem chegando aos Estados Unidos, ele teria uma resposta muito diferente da que tinha recebido do presidente Jimmy Carter, em 1980”.

    “Castro já me custou uma eleição. Ele não ia conseguir fazer isso uma segunda vez”, declarou Clinton, numa alusão ao fato de não ter conseguido ser reeleito como governador por causa da crise causada pela presença de milhares de refugiados cubanos em Fort Chaffee, no Arkansas.

    “Pouco depois do aviso, Estados Unidos e Cuba chegaram a um acordo pelo qual Castro prometeu conter o êxodo”, acrescentou.

    Fidel Castro é, sem dúvida, o líder latino-americano que mais é citado no livro de memórias de Clinton. O ex-presidente americanos recordou como se converteu no “primeiro presidente americano” a apertar as mãos de seu homólogo cubano – “em mais de 40 anos” – na sede da ONU em Nova York, em 2000.

    Em relação a outros dirigentes latino-americanos com os quais se relacionou durante os anos em que esteve na presidência (1993-2000), Clinton elogiou a “honestidade” do ex-governante mexicano Ernesto Zedillo (1994-2000) e a valentia de Andrés Pastrana, que “arriscou sua vida na tentativa de conseguir a paz ao viajar sozinho para se reunir com a guerrilha em território inimigo”.

    Do ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-1999), Clinton disse que foi “um forte aliado dos Estados Unidos durante a Guerra do Golfo (1990)” e recordou as aulas de tango que teve ao lado de sua esposa Hillary durante uma visita ao país sul-americano.
     

    _________

    De 22/06/2004 – UOL – notícias, internacional, AFP

  9. Se ao final de tudo isso a

    Se ao final de tudo isso a empresa que gera milhares de empregos pelo mundo conseguir se recuperar,  ainda haverá um ganho. Certamente não aceitarão mais ser subornados por ninguém, espero.Para que haja suborno é preciso que existam pessoas dispostas a serem subornadas, se não houver, acaba a farra.  

  10. Quer dizer…

    Que o Moro vai receber BV da Globo?

     

    Bonificações por Volume são comissões repassadas pelos veículos de comunicação às agências de publicidade, que variam conforme o volume de propaganda negociado entre eles.

  11. Já tem coxinha alegre nas

    Já tem coxinha alegre nas redes sociais dizendo que o Lula/Dilma dessa vez vão de fuder.

    Esses idiotas esquecem que todos irão se ferrar, quer dizer, deveriam se ferrar. Em se tratando de Moro tudo pode acontecer.

  12. Inversamente ..

    A LJ/VJ começou com quase 100% de credibilidade e aos poucos vai diluindo essa credibilidade.

    Primeiro perdeu os petistas ..

    Depois os de boa fé ..

    Agora os incrédulos.

    Daqui a pouco vai perder os de má fé.

    Aí nao restará mais nada.

    Podia ter feito muito.

    Ao final fará aquilo que qualquer um faz: Irrelevâncias.

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