As reações (negativas) à visita de Temer na casa de Cármen Lúcia

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: Agência Brasil

 
Jornal GGN – A visita de Michel Temer à casa da ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, na tarde de sábado (10), provocou reações negativas. No Twitter, o jornalista Xico Sá, por exemplo, chamou o encontro de “putaria institucional”.
 
Ricardo Kotscho lembrou em seu blog que receber a defesa de Lula, Cármen Lúcia não quis. “É mais fácil ganhar na mega-sena do que a República da Farda & Toga deixar Lula ser candidato a presidente”, ironizou.
 
Embora portais ligados ao governo tenham divulgado que a agenda das autoridades era sobre segurança pública, Folha de S. Paulo e G1 destacaram que o encontro faz parte de uma investida de Temer pela retirada de seu nome de um inquérito que tramita na Procuradoria Geral da República. O presidente sustenta que não pode ser investigado por fatos que ocorreram em 2014.
 
“A corrupção dos melhores, vale dizer, do STF, é a pior coisa que existe, pois aí, já Ruy Barbosa dizia, estamos perdidos porque não temos a quem recorrer, só ao Supremo Juiz. Gostaria de saber como fica a consciência da beatíssima Cármen Lúcia”, disparou Leonardo Boff.
 
“Além de não colocar na pauta dos trabalhos [de abril] a votação sobre as prisões em 2ª instância (fato que fere uma cláusula pétrea: os direitos e garantias individuais – presunção de inocência), a Presidenta do STF ainda recebeu a visita do Golpista Temer em sua residência”, disse o professor de História Abdala Farah Neto, no Twitter.
 
“O encontro de Temer com Cármen Lúcia neste sábado, aquela Presidenta que só faz o que a Globo manda, me remete a Romero Jucá: ‘com Supremo, com tudo'”, disse o advogado Carlos Pelegrini na mesma rede.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

30 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Nada como um dia após o outro
    Essa senhora humilhou a Dilma em um dos piores momentos da vida desta.
    Agora se põe a ajudar àqueles que querem fazer pior com lula.
    Resultado: Dilma esta aí, mesmo ainda sendo sacaneada por MP, judiciário, etc, de cabeça em pé.
    Essa Carmem Lúcia se tornou alguém a quem poucos não se referem a ela de forma bastante desanimadora.
    Eu mesmo tenho que me segurar para não fazer cimento mínimo machistas sobre ela!!!
    Triste fim, mas muito merecido fim!!!!!

  2. Indignação pelo twitter ? Os vampiros morrem de rir .

    A periferia de Brasilia começou o cerco aos prédios dos supreminhos e ameaçam invadir ?

    Grupos de generais estão se rebelando contra esta patifaria ?

    Quantas mil pessoas estão cercando os prédios da Globosta (Projac inclusive) neste momento ?

    Infelizmente, vivemos num verdadeiro bananal .

    [video:https://youtu.be/62_9oBXTS5E%5D

     

    1. em tempo…

      eles mesmos, os traidores do país, estão escrevendo a principal e melhor conclusão

      da espionagem sofrida pelo BRasil…………………………….

      é por isso que as autoriddes americanas estão dando um gelo em todos eles e elas, nem aí para visitas em fábrica de traidores ou domínios garantidos pelos próprios dominados

    2. QG não, guarita!

      No STF não tem cérebros para ser QG de nada (não manda nem na primeira instância). O QG é o complexo Washington-Frebaban-Globo, nesta ordem hierárquica. O STF tem obedecido a agenda imposta por este complexo.

  3. Curiosidade

    Curiosidade:  quem foi que indicou para o Presidente Lula representantes de grupos sociais historicamente discriminados na cena judiciária, como Ayres Britto (nordestinos), Joaquim Barbosa (negros) e Carmem Lúcia (mulheres)? Sou favorável a quotas nas universidades e até em concursos públicos. Mas na cúpula do Estado, a meu sentir, deveriam escolher apenas por critérios de Estado. Então, nesse momento, minha curiosidade de leitora é somente uma: quem foram os atores responsáveis por essas indicações?

  4. Comigo não
    Supostamente Lula é quem deveria pedir uma audiência. A indignação ou coisa que o valha do jornalista se justificaria com a negativa da ministra neste caso.A.dvogado não pode se encontrar com juiz.Se a moda pega, a agenda do Gilmar ficaria lotada.

  5. O que vale é o que a Globo quer. E ainda me chamam de bandido

    Janio denuncia o casuísmo da Presidenta Cármen Lúcia

    E o Moro, que trata 120 dias como 180?​fonte: conversa afiadaPublicado em 11/03/2018 bessinha.jpg

    O Conversa Afiada reproduz sombrio artigo do implacável Janio de Freitas, na Fel-lha:

    Supremo deve tornar claro o que esteja sob dúvida nas relações entre cidadãos e leis

    A confusão aumentou. Só tem aumentado. A rigor, perdeu-se a clareza sobre o regime em que estamos vivendo. De um regime de Constituição democrática lutando para enraizar-se e difundir-se, penetramos uma situação em que, nas palavras do decano do Supremo Tribunal Federal, “a Constituição está sendo reescrita de uma maneira que vai restringir o direito básico de qualquer pessoa”.

    Menos ou mais acessíveis, distorcidas ou não na informação ao país, situações degradantes da meia democracia se sucedem, sob indiferença quase total, por interesse ou incompreensão. Com tais situações, os exemplos.

    O Supremo tem a julgar duas ações para discutir se é mesmo constitucional a sua decisão, no ano passado, de permitir prisões de condenados ainda em segunda instância. Afinal, a Constituição assegura que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença condenatória”, logo, de terceira ou última instância. A presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que já no ano passado poderia ou deveria submeter as ações à discussão, persiste na recusa a agendá-las.

    Foi dito que, a seu ver, rediscutir a decisão seria “como um casuísmo”, pelo interesse da defesa de Lula na questão. Mas também é casuísmo, este consumado, não agendar as ações por causa de Lula. A propósito, o decano Celso de Mello lembra que “as ações foram ajuizadas antes de qualquer dessas condenações notórias, e a discussão é em abstrato, é sobre o alcance do direito fundamental de qualquer pessoa de ser presumida inocente. A Constituição exige o trânsito em julgado. As leis ordinárias exigem o trânsito em julgado”.

    O que vale afinal, para o regime de direito democrático e para o cidadão, o assegurado pela Constituição ou o decidido por um voto no seis a cinco do Supremo? Não sabemos. Amanhã ou depois, outro princípio constitucional é deposto e já haverá o precedente tolerado da recusa a discutir as contestações. Uma das funções do Supremo é tornar claro o que esteja sob dúvida nas relações entre cidadãos e leis.

    Os abusos de poder continuam liberados. O juiz Marcos Vinícius Bastos teve a coragem de acusar o “inegável constrangimento ilegal” na prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud. Foi pedida e deixada na ilegalidade pela Procuradoria-Geral da República e pelo próprio Supremo, estando já em 180 dias quando o limite extremo, para as investigações do caso, era de 120. Soltos, os dois, no mesmo dia em que, de manhã cedo, a Polícia Federal tocava à porta de uma pessoa nas antevésperas dos 90 anos. Por que não em hora civilizada, se do mesmo modo o ex-ministro Delfim Netto estaria disponível? É que o abuso liberado vira norma. Sem jamais se incorporar ao Estado de Direito Democrático.

    Ainda há forte lembrança da ditadura nas instituições e na vida pública. Ouvem-se temores de que a intervenção federal no Rio suscite novos sonhos salvacionistas. Possível, será sempre. Mas os indícios oferecidos são em sentido contrário, descartada a nostalgia dos que estão soltos graças à fraqueza histórica. São outras as lembranças da ditadura que se mostram. Ficaram contidas enquanto houve certo esforço de democracia. No mau processo eleitoral de 2014, começou o seu surgimento. Desde então, não pararam de crescer e agir.

     

  6. Até a Veja detonou:

    Manchete no portal:

    Investigado no STF, Temer visita Cármen Lúcia Subtítulo: Encontro ocorre após ele ser incluído em inquérito e ter seu sigilo bancário quebrado pelo ministro Barroso; pauta foi segurança, disse o presidente.

  7. Porque será que não me

    Porque será que não me surpreendo, não me espanto com esse encontro? Porque será que não consigo ver ponto fora da curva no assunto do enontro como relatado pela mídia golpista e nem no relato “oficial”? Porque não acho graça nas comparações físicas das pessoas da juíza e do presidente com caricaturas, menos ainda no momento político que vivemos, não consigo rir enquanto levo nabo?

    Ah é… é porque estamos sob regime de exceção democrática, sob ditadura que está levando os recursos públicos em direção literalmente oposta à que nosso povo quer. E porque todo esforço para a ruptura – ainda que violenta e politicamente incorreta quando praticada por outros que não eles e elas – tem sido broxada sistematicamente até pelos que se dizem democratas.

    1. Renato, a freio ocorre porque

      Renato, a freio ocorre porque essa turma que aí está é uma bala alojada no Brasil, que incomoda (muito), mas o permite viver e seu partido é um sujeito sem nenhum conhecimento de medicina que quer tirar a bala como um herói, mas que vai é matar o paciente. Sacou?

       

  8. Em Lisboa

    quando Dilma e Lewandovski se encontraram, a imprensa fez disso um grande escândalo. Hoje o que vale é a frase “Com Supremo, com tudo.” Aliás se Dra. Carmen fosse homem não teria nada roxo.

  9. Simples Encontro de Trabalho

    Nassif: nada vejo de anormal nesse papo íntimo do Mordomo de Filme de Terror com a Matriarca dos Addams.

    Simples encontro de trabalho.

    A Grandmama simplesmente disse a Lurch que ele poderia ir em frete, nos seus designos malígnos. Da parte dela, as pontas ja tavam amarradas. Tanto que só em 2019 pretendia pautar o HC do meliante Lula (versão Judiciário). Os outros 5 do Delcídio, mais aquele que chegou por final, tavam de acordo. O Carasco de Diamantino até foi avisado para não liberar nenhum Cangurú.

    O Mordomo, por sua vez, mostrou os progresso dos intervencionistas no RJ. Os treinos de atirar no Zépovinho granharam nova dimensão, com a munição traçante mandada pelos dono do quintal. Ela só se concentrasse em vigiar para que nenhum do grupo togado mijasse fora do pinico. Na Caserna, finalizou, aquele general que manja pacas de golpe garantiu que os da farda tão com eles e não abrem.

    Só aqueles Kummunistas dum tal de Le Monde e os da festivam vivem atiçando a povalha. Mas o dedo fraturado do Neymar vai grantir o sucesso do governo, pois todo mundo vai estar voltado para este acontecimento inusitado da Nação. A grande mídia se encarrega disso.

  10. Escárnio e deboche…

    Vampirão e Malvina Cruela esbanjam poder, sabem que os fiadores do  Golpe lhes dão imunidade!

    Nós, os trouxas, bancamos a conta.

    Até quando ?

  11. Não é uma juíza isenta. . .

    Não é uma juíza isenta, é partidária, nunca poderia ocupar o cargo de juíz do Supremo Federal. É lamentável a atuação dessa mulher.

  12. Crepúsculo da democracia
    Como diria macaco Simão, o país da piada pronta: alguém neste GGN já chamou a ministra de Benta Carneira, a vampira brasileira, e lá vai ela receber em sua humilde residência o Nosferatu decorativo. “Deixando a profundidade de lado”, hahaha, acho apenas que deve se tomar cuidado para não dar asas ao machismo sexista, pois encontros dessa natureza são bem comuns no submundo de Brasília, e este não é pior só porque a Carmem Súcia é uma senhora solteira – estamos no século XXI? -, afinal, ela joga no mesmo time do colega Gilmar Mendes&Mandos. Há muito que não há decoro institucional neste país, e o fato de ter sido na residência da ministra altera em quê a balbúrdia?
    Seguramente, depois de ter sido gravado pelo vilão Joe$$lei=”joao-compra-legislativo” e das suspeitas de grampos, ilegais ou não, nos gabinetes também do STF, preferiu-se (preferiram?) um ambiente menos sujeito à espionagem oficial desconhecida.
    Sinceramente, acho que é muito barulho por nada – já fizeram, estão fazendo e farão coisa pior, e escandalizar pelo local do conchavo parece que importam mais as aparências do que a substância dos fatos. Pelo menos não foi num barco cafona como no caso da decisão sobre o ministro da máfia paulista – não estou me referindo à organização criminosa extraoficial… De tudo o que a ministra fez, faz e fará de abominável, receber o ilegítimo fora do horário e local do expediente será com certeza a menos danosa para o país do qual já não respeitam a Constituição, o povo, o senso de ridículo, por que motivo se incomodariam com suspeita de tráfico de influência, de lobby e desrespeito à independência entre os poderes só porque mudaram cenário e figurino e, olha que exemplo em tempos de reforma trabalhista, estão fazendo hora extra de graça?! O público, o privado e a privada já são tratados como uma coisa só há muito tempo por estas figuras, e não só estas, como na charge icônica que apareceu nesta área de comentários com a “bandeira higiênica”.

    O encontro da camarilha temerosa e um manifestoche…

    [video:https://m.youtube.com/watch?v=fWbs2GlUaO0%5D

    https://m.youtube.com/watch?v=fWbs2GlUaO0

    Sampa/SP, 11/03/2018 – 22:05

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador