Asfixiar o Instituto Lula é parte do golpe, diz Clara Ant

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Joka Madruga/Agência PT

Por Vinícius Segalla

Da Agência PT de Notícias, em Curitiba

As conselheiras do Instituto Lula Clara Ant e Márcia Lopes, quadros intelectuais do PT desde sua fundação, estiveram nesta quinta-feira (10) na Vigília Lula Livre e participaram do programa “Democracia em Rede”, transmitido direto da Casa da Democracia, em Curitiba.

A arquiteta Clara Ant explicou a origem do Instituto Lula, que é uma remodelação do Instituto da Cidadania, que existia anteriormente ao próprio governo Lula, que teve início em 2003. “De lá, surgiram uma série de políticas públicas que nasceram do chamado ‘Modo PT de Governar’, aplicado desde as primeiras prefeituras que tiveram à frente o Partido dos Trabalhadores”, contou Ant, uma das fundadoras do PT e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

“Depois que Lula deixou o governo, lideranças internacionais que tinham trabalhado com ele, nos procuraram pedindo que o trabalho e o intercâmbio desenvolvidos durante seu governo, especialmente no combate à fome e redução da pobreza, fossem de alguma forma mantidos”, explicou a conselheira do instituto.

A partir daí, surgiu o Instituto Lula, focado em programas de desenvolvimento conjunto com a América Latina e com a África. Assim, tamanha foi a contribuição do governo Lula para o desenvolvimento do Brasil e dessas regiões, que partiu desses países a iniciativa de torná-los permanentes mesmo com a saída de Lula do governo.

“Mas, agora, o que fazem? Bloqueiam as contas do Instituto, proibiram Lula de ir a eventos internacionais de combate à fome, asfixiam o Instituto financeiramente, criminalizam sua atividade. Para os procuradores da Lava Jato, o Lula não pode ter um instituto, não pode ter nada”, completou Ant.

A ex-ministra da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, porém, afirma que não conseguirão acabar com a obra que Lula começou.  “Vamos seguir dialogando com África e América Latina. Como disse o ex-presidente Lula, o Brasil não pode se sentir sozinho nem soberano em suas relações com os países em desenvolvimento. O trabalho no Instituto Lula vai continuar. É um observatório de políticas públicas à disposição do Brasil”, concluiu a ex-ministra.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. A palavra ”golpe” se tornou

    A palavra ”golpe” se tornou vulgar.

    Tudo que me contraria é ”golpe”.

    A Master não quis ou não podia transar comigo hoje .

        É ”Golpe”.

  2. JUSTIÇA BRASILEIRA” PROCLAMA A DESOBIDIÊNCIA CIVIL

     

     

    JUSTIÇA BRASILEIRA” PROCLAMA A DESOBIDIÊNCIA CIVIL

    Está .na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que apresenta o seguinte texto no seu Art. 2º: “A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão”. A declaração vem ratificar os pensamentos de John Locke, o empirista no direito natural e resistência.É claro que a luta pelas vias legais ainda disponíveis no ambiente onde o golpe comandado pelo Judiciário (a condenação do Lula acaba com todas as dúvidas a esse respeito) deve continuar. Agora essa condenação de Lula e a continuação da impunidade de muitos golpistas, especialmente os ligados ao PSDB (os principais, já fartamente acusados de desvios, Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alkmin e também Ricardo Azeredo,) mostra que pelas vias legais restantes, e através tão somente de eleições possam os golpistas serem enfrentados, batidos, como poderia ocorrer num ambiente democrático.

    O Judiciário, que encabeça o golpe, controla as eleições, já que comanda a Justiça Eleitoral, através do quê, sem manipular resultados ou mexer nas urnas, pode impedir candidaturas, afastar candidatos que considerem indesejáveis. É preciso que todos se apercebam que não vale tão somente a Lei, o que está expresso nos diplomas legais, mas a interpretação destorcida dos golpistas do Judiciário. Com o discurso que os golpistas mostram na mídia, desejam que se acredite nesse meio democrático de luta pelo poder, o voto. Mas, na realidade, estão fechados os caminhos da luta política por esse meio, já que também o Parlamento é sócio meeiro do golpe, que ajudou a ser deflagrado, com seus quadros mais corruptos. O caminho está mostrado, é longo e espinhoso, requer coragem e ousadia para ser trilhado. Não está à vista nada que possa suavizar.

    O golpe ainda não conquistou o povo, que as pesquisas (muitas, precisam que se acredite no caminho do voto, até que consolidem o nome de um outro títere que possa dar continuidade ao governo do traidor, Michel Temer, que posteriormente será descartado) mostram que o povo está tendente a votar na oposição (está, mas pode perfeitamente ser revertido).  Essa possível porta de enfrentamento disponível para as oposições conta com o porteiro golpista, o Judiciário. Só eleições não basta. O poder do golpe nem de longe está ameaçado, estão ganhando só no gogó, prendendo e escrachando adversários (Lula encaminhado coercitivamente para depor, Garotinho preso e agredido na cela onde as câmeras foram desligadas e Sérgio Cabral, este mostrado acorrentado procedimento que não deve ser adotado em pessoas,  no dizer cínico da Polícia Federal, também parte importante do golpe, para defende-lo, de quê, não esclarece) inviabilizando candidatos de oposição, através de interpretações das leis existentes, continuando os golpistas impunes e enriquecendo com empobrecimento do Brasil e seu povo, com o discurso da moralidade e do afastamento dos corruptos. Não dá para acreditar nos golpistas, que até impedem a luta democrática pelo voto, com a caixa de ressonância da mídia a todo vapor, querem afastar a oposição e convencer a população do acerto do combate à corrupção que fingem empreender, desempregando, reduzindo salários e entregando a eles mesmos e seus sócios no golpe de estado o patrimônio público. É urgentemente preciso que o povo e as oposições iniciem procedimentos para mostrar que, inexistindo caminhos lícitos para a luta política e não havendo saída democrática, para que fique para todos claro que o caminho a seguir será lutar pelos direitos de nosso povo, como está dito na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. O sinal já está mais do que amarelo, tende ao vermelho. Os militares sabem muito bem: quando não há porta de saída, se está encurralado, não há  como não lutar com o meio possível. É bom todos fazerem as contas para ver o caminho a tomar.

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