Barbosa pede que mulher de repórter deixe cargo no Supremo T

Servidora atua no gabinete do vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, que diz que não irá afastá-la

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, encaminhou ofício ao vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, pedindo que este reconsiderasse a decisão de manter em seu gabinete uma servidora que atua no tribunal desde o ano 2000. Adriana Leineker Costa é funcionária efetiva do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e está cedida ao STF. 

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Gabriela Bilo/Futura Press

Joaquim Barbosa, em evento em São Paulo nesta semana

A servidora é mulher do jornalista Felipe Recondo, repórter do jornal O Estado de S. Paulo , que cobre poder Judiciário. Lewandowski disse que não vai reconsiderar a decisão de mantê-la no cargo.

No ofício, o presidente do STF afirma que a manutenção de Adriana seria “antiética” pela relação dela com o jornalista. O ofício não cita o repórter do Estado, tratando-o como “jornalista-setorista de um grande veículo de comunicação”. Sustenta que a permanência da funcionária poderia “gerar desequilíbrio” na relação entre jornalistas que cobrem a Corte.

“Reputo antiética sua permanência em cargo de comissão junto a gabinete de um dos ministros da Casa, além de constituir situação apta a gerar desequilíbrio na relação entre jornalistas encarregados de cobrir nossa rotina de trabalho”, diz Barbosa. “Estando a servidora lotada no gabinete de Vossa Excelência, agradeceria o obséquio de suas considerações a respeito”, complementa.

Em março deste ano, Barbosa chamou o repórter de “palhaço” e o mandou “chafurdar no lixo”. A agressão ocorreu após o Estado requerer, via Lei de Acesso à Informação, dados sobre despesas com recursos públicos de ministros da Corte com passagens aéreas, reformas de apartamentos funcionais, gastos com saúde, entre outras. Na ocasião, o presidente pediu desculpas pelo episódio e o atribuiu ao cansaço e a fortes dores na coluna após uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Formada em Direito pelo Centro Universitário de Brasília, Adriana atua no STF desde 2000, quando foi aprovada em concurso de nível médio. Em 2011 foi aprovada em concurso de nível superior do TJ-DF e cedida para continuar trabalhando no STF. A cessão vence neste ano e um ofício do vice-presidente ao TJ-DF pedindo a renovação motivou a reação de Barbosa. Adriana atuou no gabinete de Carlos Velloso até 2006, quando este se aposentou, passando, então, a trabalhar com Lewandowski.

Em resposta ao Estado, por meio de sua assessoria, Lewandowski afirmou não ter sido registrado ao longo dos anos de atuação da servidora nenhum episódio relativo a sua relação com o jornalista que tenha interferido no trabalho. Disse que vai manter a servidora em seu gabinete e que não vê motivo justificável para o ofício do presidente da Corte.

* Com informações do jornal O Estado de S. Paulo .

 

Redação

1 Comentário

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  1. Naquele episódio do JB com o

    Naquele episódio do JB com o Felipe Recondo, em que o ministro chamou o jornalista de palhaço e o mandou chafurdar no lixo, a gente tava bobo no lance e isso aí já era picuinha de JB com o Lewandowski. Xingou o cara pq era marido de uma servidora lotada no gabinete do Vice-Presidente. Na certa achou que as informações sobre sua privada de ouro tinham saído dali. Acontece que JB tem boa memória e vai se lembrar que foi do gabinete dele que vazou correspondência do Ministro Lewandowski. Além disso, na época tb tinha uma estória de umas passagens para as esposas dos ministros ou algo parecido. Ora, pq o Vice-Presidente divulgaria isso, por acaso a esposa dele viaja de bicicleta? Isso é ridículo. Se a esposa de um jornalista não pode trabalhar no STF ( pra mim, continua sendo pq está lotada em gabinete inimigo ), com muito mais razão o filho dele não pode estar na Globo. E a namorada dele? Tb não vai pro STF? Concursada a mulher do jornalista, tb é.

    O que JB quer é encher o saco do Ministro Ricardo Lewandowski, só pq ele conseguiu reverter o jogo no plenário do STF e, pior, tem o apoio da Comunidade Jurídica inteira e JB ficou com Merval, Tio Rei e Augusto Nunes. Agora, eles vão prá cima do Lewandowski com tudo e os réus da AP 470 vão pagar caro pela decisão do TSE em não registrar a tal de Rede. GM, não vai deixar barato o passa moleque, lindo, que tomou da Carmem Lucia e a Globo não vai aceitar essa insubordinação do TSE. Despacharam até o Toffoli para a República Dominicana para o GM poder palestrar e por mais que gritasse, não descolou um voto. Nem MAM, quis colaborar, dessa vez. Acabou que eu vivi para ver, Marina, Miro Teixeira e HH, aplaudindo GM…

    A tal de Rede queimou na largada; já saiu acusando os cartórios, servidores… GM, chegou a dizer que Marina esava sendo prejudicada pela ineficiência dos cartórios. Pô, o juiz avacalhando o tribunal para registrar no grito um partido sem assinaturas???? É, não tá fácil para ninguém… A culpa é do PT; com certeza, isso foi coisa do Zé Dirceu… E quem vai aturar GM e JB, espumando de ódio é o ministro Lewandowski; tá ferrado. 

    O que JB quis com essa estória da esposa do jornalista foi criar um climão na Corte. Pô o cara mandou um ofício para o Vice-Presidente que por sua vez já disse que vai manter a servidora. MAM deu uma declaração dizendo que haverá uma reunião para deliberarem acerca do assunto… Super constrangedor para todo mundo isso. No final, é aquela conversa de ferrar com alguém para “salvar a imagem da Corte”. Vai todo mundo pro sacrifício pq a Casa tem um presidente que só faz merda e a tarefa dos outros ministros passou a ser a de encontrar “patos” que assumam as consequências de suas omissões. Agora ferram a vida de uma família inteira, no caso de despacharem a mulher do jornalista, para satisfazer caprichos de JB. Tá custando muio caro ao contribuinte essa palhaçada; Se é para fazer tudo o que JB quer, sai mais barato colocá-lo numa creche e mandar os demais magistrados e servidores para casa.

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