Cadeia no RN onde houve último massacre é palco de novo tumulto

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – É destaque nos principais portais noticiosos, nesta segunda (16), que o presídio de Alcaçuz, na capital do Rio Grande do Norte, virou palco de um novo motim. Presos ligados à facção Sindicato do Crime (SDC) subiram no telhado da penitenciária e ameaçaram detentos ligados ao PCC, segundo informações da direção da unidade. O Sindicato do Crime é uma dissidência do PCC surgida por volta de 2012 da qual todas vítimas faziam parte.

À grande mídia, o vice-diretor do presídio de Alcaçuz, Juciélio Barbosa, admitiu que os detentos têm acesso ao telhado como se fosse área livre. “A cadeia está virada. Tem PCC [Primeiro Comando da Capital] de um lado e Sindicato do Crime do outro. Estão usando tudo: paus, pedras e com bandeiras das facções”, disse Barbosa à Folha. Ao Estadão, ele afirmou que “os presos estão soltos e, portanto, sobem e descem nos telhados dos pavilhões e circulam na área comum.”

No domingo (15), um dia após um massacre que deixou 26 mortos, o secretário de Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino, disse que os presos das organizações criminosas rivais estão separados por cerca de um quilômetro dentro da penitenciária e que a guarda tenta evitar o contato entre eles.

Além de Alcaçuz, o governo do Rio Grande do Norte também registou na madrugada desta segunda (16) uma rebelião no Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato, na capital potiguar. O motim começou às 3h (4h horário de Brasília). O governo estadual afirmou que a situação está sob controle e que não houve registro de fuga.

A chacina de Alcaçuz é a terceira em menos de 15 dias. Já morreram 134 detentos neste ano, após os massacres no Amazonas e Roraima. O volume corresponde a 36% do total do ano passado, quando 372 presos foram exterminados.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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