Cardozo considera “precipitada e anômala” decisão de Moro de divulgar grampos

Da Agência Brasil

Cardozo diz que decisão de divulgar interceptação foi “precipitada e anômala”

Por Ivan Richard

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, considerou hoje (17) “precipitada” e “anômala” a decisão do juiz federal Sérgio Moro de divulgar o conteúdo da interceptação telefônica em que há um diálogo entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente e agora ministro da Casa Civil Luiz Inácio Lula da Silva.

Cardozo reconheceu a legalidade da interceptação, mas questionou a competência do juiz de primeira instância para divulgá-la. “O que nos pareceu é que o juiz teria decidido uma divulgação que não está amparada pela lei. É fato que não era a presidenta que estava submetida a uma interceptação. Porém, quando a presidenta fala, nos parece claro que isso deveria estar submetido a sigilo, podendo apenas ser quebrado pelo Supremo Tribunal Federal”, argumentou Cardozo.

“Achamos que houve uma precipitação e, obviamente descumprimento legal a nosso ver, no sentido de que, se fosse divulgar uma interceptação dessa natureza, teria de haver uma decisão do Supremo”, acrescentou Cardozo.

O ministro da AGU disse que discutirá com o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, as medidas a serem tomadas pelo governo em relação ao caso. Para Cardozo, se o governo fosse questionado sobre o teor do diálogo entre Dilma e Lula o tema seria esclarecido.

“Faltou cautela. Era uma explicação relativamente simples, porque a tese de que seria uma forma de dar um alvará de soltura para o ex-presidente Lula é absolutamente descabida”. O ministro lembrou que a imprensa vinha noticiando a possibilidade de Lula ser ministro há vários dias e que, se houvesse razões para prendê-lo, isso poderia ter sido feito antes.

“Não tem plausibilidade nenhuma essa tese [da nomeação para fugir da prisão], porque ele já estava nomeado. Chega a ser absurda a situação de que, diante de um policial, [Lula] falaria que não pode ser preso e o policial responderia, está bem. É completamente fora de propósito”, concluiu Eduardo Cardozo.

Redação

9 Comentários

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  1. Rapaz, não sei o que a Dilma

    Rapaz, não sei o que a Dilma vê nesse cara. É para ser ministro da justiça na Noruega, não no Brasil.

    Tem golpe na praça, o Zé!  Precipitado? É ilegal. Se apareceu a presidenta no grampo, este torna-se imediatamente objeto sob responsabilidade do STF. Ele perde qualquer direito sob ele.

    E a suspeita de que possa ter sido um grampo na presidência? Caramba, esse cara é o advogado-geral da união! Eu não ia querer ele para meu advogado nem de graça 

  2. Irrelevância

    Por que alguém ainda deveria dar ouvidos a esse bunda-mole?

    Sinceramente, não sou capaz de imaginar qual a relevância poderia ter esse tipo de notícia.

    1. Lugar certo?

      Pra mim o lugar certo para mandar ele tem outro nome.

      Mas o respeito aos demais comentaristas e leitores do blog do Nassif me impede de nomear o lugar.

       

  3. Vamos ver se Lula se livra logo desse traira,

    fora os outros defeitos…

    Alias parece que Lula nunca gostou dele. Prova que sabe julgar as pessoas, o que Dilma é incapaz.

  4. E ele ainda tem a desfaçatez de se pronunciar..

    Depois de ser um dos responsáveis para que a situação chegasse a este ponto, o cara ainda fala bobagens.   Cala-te idiota e conte até 1000 000 antes de dizer bom dia para alguém, se é que você é chegado a um mínimo de educação.

  5. Sabedoria Popular

    Nassif: o ditado se comprova —“quem nasceu prá lagartixa nunca chega a jacaré”.

    Pensei que com a mudança de ares o ex-ministro tomasse outra postura, agora mais firme, como se espera de qualquer advogado, inclusive o da União, em defesa do seu “cliente”. Mas continua o mesmo, cada vez mais apequenado, profissionalmente medíocre.

    A prova esta na própria terminologia aplicada ao caso. “Precipitada” e “anômola” é fraze de Juíz, para mostrar equidistância entre as partes, não para o defensor de um governo achicalhado e espionado, em todos seus escalões, por um julgador sem competência para tal e sem escrúpulos ou equilíbrio para fazê-lo.

    Se tomarmos o primeiro adjetivo no sentido figurado teremos, grosso modo, por “irrefletido”, o que não corresponde a verdade. O ato foi, dolosamente, ponderado. E como tatu não sobe em árvore, o concluio provavelmente envolva Superiores mestes e o próprio Ministério Público, como já se manifestou este.

    Quanto ao segundo, “anômolo”, este procedimento tem sido constante no Verdugo de Curitiba e sua trupe, com métodos de fazer inveja ao Santo Ofício da idade média, no mais puro estilo dos “Konzentrationslagers”, na Polônia. Aliás, apenas fez ressurgir os campos de concentração de Curitiba do século passado (1942).

    Portanto, o fraseologio inócuo do ex-ministro é mostra cabal do seu despreparo TAMBÉM para o pomposo cargo de Advogado-Chefe da Advocacia da União, que ora ocupa.

    Com ele nesse cargo a ala politizado do Judiciário, a gurizada do Ministério Público, os “japoneses” da Polícia Federal, atrelados que estão e esse arremedo de oposição, têm nele um grande e poderoso alidado.

  6. Eu acho que
    Daria um excelente Ministro da Justiça. Olha só que coragem, que disposição.

    Sorte tem o Haddad Que pode contar com um quadro deste porte!
    O melhor para São Paulo sempre!

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