Jornal GGN – A audiência na Câmara, nesta quarta-feira (04), para ouvir o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o caso Siemens teve mais de três horas de pronunciamentos e debates sobre diversas pautas. Na ocasião, Cardozo também se manifestou a respeito do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, e sobre a denúncia do Jornal Nacional relacionando o proprietário do hotel St. Peter a José Dirceu.
No discurso do ministro da Justiça, o tema central foi, mais uma vez, explicações sobre as investigações que correm na Polícia Federal sobre fraudes nos contratos de licitações do sistema de trens e metrôs do estado de São Paulo. A novidade, contudo, foi o caloroso debate que marcou a reunião.
Além de reiterar, novamente, que sua atitude de encaminhar o documento de possíveis irregularidades à Polícia Federal justificou-se por postura ética e que, se não o fizesse, seria um delito; Cardozo apontou contradições no discurso do PSDB, citando que os adversários defendem que as denúncias anônimas sobre o caso não deveriam ser levadas adiante, mas que no passado, em 2008, o atual líder tucano na Câmara, Carlos Sampaio, representou contra o ministro Tarso Genro com um dossiê apócrifo – acusando-o de cometer prevaricação pela demora em ordenar que a polícia investigasse um dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em resposta, Sampaio afirmou que são casos diferentes, já que, naquele ano, Tarso Genro havia recebido denúncias formalmente no Ministério da Justiça. O deputado tucano disse, ainda, que o ministro agiu neste novo caso politicamente, com o objetivo de atingir o PSDB. A discussão, então, passou a ser de rebates e antagonismos partidários.
Mas a audiência contou com outros temas políticos entre os partidos. Como que representante do PT, o ministro da Justiça pronunciou-se sobre Henrique Pizzolato. De acordo com ele, ainda não se sabe o paradeiro do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, mas que se estiver na Itália, o país europeu que decidirá pela extradição para o Brasil de Pizzolato.
Caso isso não ocorra, falou Cardozo, o Brasil encaminhará à Justiça italiana os documentos reunidos pelo Supremo Tribunal Federal para um novo julgamento e que “se for condenado, cumprirá pena lá”. Mas que, de qualquer modo, o Brasil já havia incluído Pizzolato na lista de procurados pela Interpol.
O deputado Otávio Leite (PSDB-SP) questionou quais medidas o Ministério da Justiça adotou para impedir a fuga do condenado. Cardozo respondeu que somente depois dos mandatos de prisão que a Polícia Federal pôde agir.
Ainda na mesma audiência, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) solicitou investigação sobre a denúncia divulgada pelo Jornal Nacional, que envolve um dos proprietários do hotel St. Peter, de Brasília, e o ex-ministro José Dirceu, condenado pela Ação Penal 470, cujo emprego de gerência foi oferecido pelo hotel com um salário mensal de R$ 20 mil.
De acordo com o senador, o ministro da Justiça deve convocar especialistas para investigar supostos proprietários ocultos do hotel, como o divulgado pela rede Globo, que mora no Panamá.
“Com espírito de desengavetador, nós esperamos que o Ministério da Justiça possa instaurar todos os procedimentos para uma investigação rigorosa que possa nos levar a esclarecer os mistérios desta arquitetura de ilegalidade visível”, afirmou Álvaro Dias.
Com informações de Valor Econômico, Agência Brasil e Agência Câmara.
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Só queria entender
Deixa eu vê se entendi: Um minsitro é convovocado a depor na Câmara só pq disse que não vai engavetar denúncia contra tucanos envolvidos numa roubalheira que ultrapassa os bilhões de reais, eu heim
BOLA CHEIA…. BOLA MURCHA.
NO INÍCIO: TUCANADA TODA EMPLUMADA, PREPOTÊNCIA, ARROGÂNCIA, IMPÁFIA.
NO FINAL: PLUMAS RECOLHIDAS, BICO CALADO, VIOLA NO SACO. INÉRCIA