Com recuo de delator sobre cheque, Temer não quer mais separar a chapa com Dilma

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A defesa de Michel Temer junto ao Tribunal Superior Eleitoral não prioriza mais a tática de dividir a chapa capitaneada por Dilma Rousseff em 2014, na ação em que o PSDB busca a cassação dos reeleitos alegando que houve abuso de poder econômico.

Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, a defesa de Dilma praticamente fez um favor a Temer: desmontou a denúncia de que houve pagamento de propina na campanha.

Otavio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, havia dito ao TSE que fez doação à campanha da petista em troca de contratos com o governo. Porém, os advogados de Dilma encontraram apenas um cheque da empresa nas contas da campanha, endereçado nominalmente a Temer. Depois disso, Azevedo recuou e disse que estava “enganado”.

“O depoimento de Azevedo era o único que sustentava que a campanha tinha recebido propina. Com a nova versão, essa parte da denúncia perderia força. E a discussão sobre separar ou não as contas de Temer das de Dilma se tornaria ‘dispensável’, nas palavras de interlocutor do vice-presidente”, escreveu Mônica Bergamo.

À coluna da jornalista na Folha desta quinta (24), Gustavo Guedes, advogado de Temer, se limitou a dizer que, “a partir de agora, ‘sobressai a tese que sempre defendemos, de improcedência da ação por ausência de ilicitude’.”

O processo que pode culminar na cassação de Temer em 2017 e numa eleição presidencial indireta, via Congresso, já terminou a fase de ouvir as testemunhas. O relator do caso no TSE, ministro Herman Benjamin, acompanhou 37 oitivas em Brasília, Rio, Curitiba e Fortaleza.

“Faltam agora os resultados de perícias nos pagamentos das despesas da campanha de 2014 para que o processo seja julgado. Elas podem esclarecer a segunda parte da denúncia, de que pagamentos foram realizados por serviços não prestados, caracterizando lavagem de dinheiro.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. “Otavio Azevedo,

    “Otavio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, havia dito ao TSE que fez doação à campanha da petista em troca de contratos com o governo. Porém, os advogados de Dilma encontraram apenas um cheque da empresa nas contas da campanha, endereçado nominalmente a Temer. Depois disso, Azevedo recuou e disse que estava “enganado””:

    Em qualquer pais do mundo esse acordo de “delacao” ja teria caido.  Notem a diferenca entre o que ele falou e sustentou desde maio, e diante de provas contrarias, a rapidez (uma semana) com que ele recantou tudo…  negando ate que era “propina” para o PMDB e Temer.

    Que falta fazem policias e MP que nao sao de merda!  Que falta fazem juizes que nao sao de quinta categoria!

  2. O GGN embarca nesse tipo de manobra?

    Prezada equipe do GGN,

    Não chamo de jornalismo o que faz Mônica Bérgamo na coluna que ela escreve na Folha. As razões para isso são muitas e cito, exemplificando, apenas uma delas, quando um suposto exame de DNA teria indicado que FHC não é o pai do filho da jornalista Míriam Dutra.

    A notícia foi publicada em 25 de junho de 2010 e o link vai abaixo.

     http://www1.folha.uol.com.br/poder/934897-filho-de-reporter-da-globo-nao-e-de-fhc-revela-dna.shtml

    Na ocasião comentei a nota da colunista, fazendo a devida crítica.

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    Vindo de quem vem (Sra Mônica Bergamo), num momento como este – após 80 anos de FH – e com a conotação mostrada (como se fosse uma prestação de contas), essa notícia não me parece NADA confiável. A ilustre colunista, este e outros veículos de comunicação querem é “limpar a barra do príncipe”, isso sim. Qualquer brasileiro inteligente sabe que ele nunca foi digno de Dona Ruth. Sociólogo e intelectual medíocre, além de adúltero. Acorda, Fôia! Não colou!

     

     

     

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    O que considero estranho é o GGN reproduzir coisas do tipo “Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, a defesa de Dilma praticamente fez um favor a Temer: desmontou a denúncia de que houve pagamento de propina na campanha.”

    Será mesmo essa a percepção da colunista? E o GGN compactua com ela?

    Por que a defesa da presidenta Dilma foi instada a aresentar uma prova cabal de que o beneficiário do pagamento de R$ 1milhão foi o sr. michel tmer e não o diretório do PT? Foi por solidariedade ao traidor-golpista-usurpador-corrupto profissional ou foi para desmascar não apena ele, mas toda a corja do TSE liderada por gilmar mendes?

    Às vezes me surpreendo com algumas derrapadas cometidas pela equipe do GGN.  Ou querem assim apenas testar a atenção dos leitores?

  3. Inconsistências no pensamento mágico

    O congresso brasileiro não quer o parlamentarismo, quer o que chama retoricamente de parlamentarismo híbrido, um modelo em que o congresso fique com a liberdade mas não com a responsabilidade.

    Liberdade sem responsabilidade, dinheiro sem trabalho, poder sem apoio popular… quanta farsa no império das aparências!

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