Como chamaremos nós à procuradora de Curitiba?, por Sergio Saraiva

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Como chamaremos nós à procuradora de Curitiba?

por Sergio Saraiva

“Eu lhe pediria que o senhor, ex-presidente, se referisse ao membro do Ministério Público pelo tratamento protocolar devido”

Admoestação da procurada Isabel Cristina Groba Vieira ao presidente Lula por este tê-la chamado de “querida”.

 “Não sei, querida”, foi a resposta dada pelo presidente a um questionamento da procuradora.

O assunto é velho de uns dias, mas lembrou-me a defesa que Gregório de Matos – advogado e poeta satírico conhecido como o “Boca do Inferno” – fez, em 1693, de um homem processado por um juiz por tê-lo chamado de “vós”. Ou seja, sem usar o “tratamento protocolar devido”.

O caso ocorreu na Bahia do século XVII. Porém, 300 anos depois, não poderia ser mais atual.

 “Se tratam Deus por Tu e chamam El-Rei por vós, como chamaremos nós ao juiz de Igaraçu? Tu e vós ou vós e tu?”.

Creio que ambos, Lula e a procuradora merecem cada um desses versos.

Mais um detalhe: o homem foi absolvido.

 

PS: Oficina de Concertos Gerais e Poesia : a casa é pequena, mas o coração é grande.

Redação

35 Comentários

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  1. DOUTORA GROBA

    DOUTORA GROBA

    Deve ser um tratamento muito querido para a doutora, está dentro do protocolo exigido por ela e, do lado de cá, ninguém tem culpa por ela ter recebido tal sobrenome, coitada. Portanto, data vênia, Doutora Groba.

  2. Será que a promotora não

    Será que a promotora não merece tratamento mais respeitoso, senão em virtude do cargo, pelo simples fato de ser mulher?

    Um homem pode sair por aí chamando de QUERIDA qualquer mulher enquanto ela está trabalhando?

     

  3. Procuradores

    Da verdade ? ou de um tratamento adequado às excelências. Também reconheço que o tratamento dado não foi o que deveria ter sido . Mas o Lula é mt expontâneo, e o que é melhor, jamais se sentirá um vira-latas. Não o foi para nenhum outro presidente e não será para uma “trupe ” que não quer a verdade, mas impedi-lo de voltar ao comando da nação, conforme ordens recebidas pessoalmente.

    1. Enfim uma mulher que admite

      Enfim uma mulher que admite que o tratamento dado por LULA a uma MULHER, no exercício do seu trabalho, não foi o correto.

      Cabe aos homens respeitar a mulher, principalmente quando estão trabalhando, na verdade, em todos os momentos.

      Querida, benzinho, santinha, boneca, amorzinho, não conheço uma mulher que goste que desconhecidos a chamem assim.

      Até as crianças sabem que se deve dar respeitos às pessoas mais velhas, chamam elas de tios e tias, menos mal, mas o correto seria senhor ou senhora.

      Quanto à expontaneidade de Lula, já vimos o termo pejorativo que ele usou, naquele telefonema grampedo, nem gosto de lembrar, que me deixou indignada.

      Lula pego no desrespeito, deveria ao menos ter pedido desculpas, pois mesmo em lados opostos, a educação deve prevalecer acima de tudo.

      O incrível é ver essa promotora sendo despespeitada aqui nos comentários.

      Em primeiro lugar porque quem advertiu que Lula não estava sendo respeitoso com a promotora foi o Juiz Sergio Moro.

      Segundo, não se trata de querer ser chamado disso ou daquilo, na rua, mas sim numa sala de audiência.

      E em terceiro, fico triste em ver homens, e pasmem, mulheres atacando o promotora em sua dignidade como mulher. Se os comentário que passaram são os mais amenos, imagino os que foram bloqueados.

      Triste não, causa profunda revolta em saber que as entidades de defesa da mulher, nenhuma se levantou em defesa da dignidade dessa mulher que foi desrespeitada na audiencia, e aqui enxovalhada por comentaristas de um blog, dito pogressista, mas que não passa de porco chauvinista, porque se Lula pode ter deixado escapar, aqui as agressões à dignidade à mulher promotora de justiça foram todas feitas de caso pensado.

       

       

      1. Doutora Gojoba

        Dotôra Gojoba, vosmicê quer que eu me arretire do recinto?

        Li de Brusque e a Prucuradora Groba fazem uma tempestade num copo d’água. Nem o Moro, que é inimigo pessoal do Lula e o trata como Nine nos círculos íntimos, viu desrespeito no tratamento ‘querida’, mas o Li de Brusque viu.

        O $érgio Moro disse:

        “Sei que evidentemente o senhor ex-presidente não tem nenhuma intenção negativa em utilizar esse termo “querida”, mas peço que não utilize, tá? Pode chamar de doutora, senhora procuradora, perfeito?”

        Na verdade o Li de Brusque não está defendendo a procuradora, ele está atacando o Lula.

        Li de Brusque tá mais Morista do que o Moro.

        1. Homens usando esse tipo de

          Homens usando esse tipo de tratamento, mais do que falta de respeito é um tipo de assedio machista que está enraizado no homem brasileiro.

          Se você acha normal gostaria de saber se gostaria que a sua esposa ou filha fossem chamada de docinho, lindinha, florzinha, santinha ou querida por estranhos.

          Esta promotora não faz parte do harem do Lula, nem da família dele. Não goza de intimidade e não conheço nenhuma mulher que gosta desse tipo de intimidade vindo de estranhos.

          Mas esperar o que de um ex-presidente que chamou a sua bancada de mulheres do PT no congresso como a turma do grelo-duro. Pronto, falei.

           

           

  4. Pessoa sem gratidão – persona non grata – ingrata – sem graça

    penosa por fazer parte do núcleo dos mediocres elementos que ajudam no decaimento do MPF, da “justissa” e da sociedade.

  5. Outra chegada numa cretinice

    Outra chegada numa cretinice pelo uso de cargo público. Protocolar, em si, diz tudo, mero protocolo, sem qualquer obrigatoriedade. Talvez, em caso assim, eu a chamasse de você, por exemplo: você bem que podia ter ficado quieta, sem dizer as besteiras que diz. Talvez, você seja até demais para a ínfima estatura ética dessa coisa. Ou “coisa” também não pode? Coisica, pode? Haja saco, dessa gentinha metida a besta. Que se lasquem.

  6. O pedantismo, a soberba e a insensibilidade…

    Dois dedos de prosa e Lula entra na informalidade. Vícios de linguagem, quem não tem?

    Procuradora que cobrou de Lula tratamento formal, é acusada de fazer política na rede social. Pertence ao núcleo militante mais radical da Força Tarefa. É da turma de Dallagnol e Carlos Fernando, gravou um vídeo incitando a população a se mobilizar contra o Senado, que votaria o necessário e correto projeto que muda a lei que  pune abuso de autoridade.

    DCM – O ESSENCIAL – 16 de setembro de 2017. 

    1. É uma chechelenta qualquer

      É uma chechelenta qualquer que acha que ser chamada de doutora, sem sê-lo, a faz alguem superior. E assim procedendo apenas mostra-se inferior.

  7. Como chamaremos nós à procuradora de Curitiba por Sergio Saraiva

    Nos o Povo Brasileiro certamente pagamos por uma DITA JUSTIÇA QUE E A MAIS CARA DO MUNDO e olha o que temos de retorno, e ai podemos EXPANDIR PARA OS OUTROS PODERES DA REPUBLICA – a saber o LEGISLATIVO e o EXECUTIVO … !!!

  8. Mais uma vez: O juiz julgado

    Mais uma vez: O juiz julgado pela Justiça, julgou que juz faria a cansadas jurisprudências, entretanto, a pena que da Pena emergiu apenando o(a) pequenino(a), foi de dar pena.

  9. Uma das práxis mais

    Uma das práxis mais impertinentes nas relações sociais entre iguais neste Brasil varonil é o uso e o abuso desse anacrônico “doutor”. Basta fazer qualquer faculdade, até mesmo a prosaica “Letras Apagadas”, que o indigitado exige o rapapé,

    Se for da área do Direito, aí é um “deus te arreda”. Corre risco de vida quem ousar evocar seus operadores sem o indefectível “doutor”. Se forem do Judiciário, aí a coisa pega. às vezes o vocativo é maior que o texto do documento.

    Ah, a vaidade. 

  10. “Público”

    E assim caminha o atual Ministério “Público” Federal. O tratamento formal exigido da parte de quem não é respeitado, mesmo tratado formalmente, é o mínimo. Quando os cidadãos poderão voltar a considerar as aspas dispensáveis?…

  11. “Quem furta pouco é

    “Quem furta pouco é ladrão
    Quem furta muito é barão
    Quem mais furta e esconde
    Passa de barão a visconde”

    (Versos populares do começo do século XIX  / Brasil) 

  12.          Excelência ou doutor

             Excelência ou doutor são dirigidos às pessoas que realmente são excelentes.  Mas, na magistratura abusadora atual, quem è excelente?  Quais deles têm noção plena das necessdades reais dos brasileiros?  Logo, nenhum membro do Judiciário ou MP merece tal tratamento.  

             Ademais, a exigência desse tratamento é ridiícula, expediente de muitos séculos atrás, o que só revela como essas pessoas são obsoletas.

  13. O que há, pois, num nome?

    Aquilo a que chamamos Groba, mesmo que a chamássemos de Princesa, seria Fedentina do mesmo jeito.

    Lula passou a chamar a Groba de Doutora. Ela não reclamaou. Terá a Groba doutorado?

    Se tiver, não seria um doutorado tabajara?

  14. Deixa de frescura, Groba, me dá um cigarro aí, sua Fedentina

    Pronominais

    Dê-me um cigarro
    Diz a gramática
    Do professor e do aluno
    E do mulato sabido
    Mas o bom negro e o bom branco
    Da Nação Brasileira
    Dizem todos os dias
    Deixa disso, Camarada
    Me dá um cigarro.

     

    Oswald de Andrade

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