Conselho Nacional do MP arquiva processo contra Dallagnol

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O procurador Deltan Dallagnol livrou-se de um processo no Conselho Nacional do Ministério Público, por causa das palestras que passou a realizar impulsionado pela Operação Lava Jato. Segundo o Estadão desta terça (28), o plenário do CNMP decidiu, por unanimidade, arquivar o que pedido para investigar os ganhos comerciais de Dallagnol.
 
Na visão dos conselheiros, Dallagnol apenas exerceu uma atividade que “se insere no conceito de docência autorizado aos membros do Ministério Público pela Constituição, por leis que regem a carreira e por resolução do CNMP”, informou o jornal.
 
As palestras de Dallagnol viraram motivo de polêmica após uma empresa revelar que o procurador recebia até R$ 40 mil por eventos nos quais ele lança mão de dados da Lava Jato.
 
Em junho, quando o CNMP foi acionado, Dallagnol sustentou que doava a maior parte dos recursos que recebia. Em 2016, um hospital no Paraná teria recebido mais de R$ 200 mil.
 
O GGN mostrou em reportagem [leia aqui] que não existe regulamentação hoje para o exercício remunerado de palestras e seminários para membros do Ministério Público, principalmente quando se trata de atividades junto a instituições que não são relacionadas ao ensino, cursos ou educação superior. 
 
O processo contra Dallagnol já havia sido arquivado pela Corregedoria, mas um recurso contra a decisão – negado nesta terça – foi apresentado pelos deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ).
 
 
Leia mais:
 
As palestras de Dallagnol e os voos de Temer
 
Dallagnol e Procuradoria omitem destino dos valores das palestras de 2017
 
Sobre palestras e a apropriação do público pelo privado, por Eugênio Aragão
 
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

15 Comentários

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  1. Mais um motivo claro para extinguir essa porra

    Se alguém ainda tinha dúvidas quanto à necessidade imperiosa de se extinguir o MPF e os MPs estaduais, aí está uma prova cabal de que esses criminosos de colete, de paletó e de toga se protegem, como fazem os gângsteres e mafiosos.

    É urgente a necessidade de se extinguir o MPF e os MPEs. apenas o MPT deve ser preservado. Abaixo essa fascistada golpista e criminosa.

  2. ideologicamente falsas, não?

    Quantos créditos contou para o curso dos médicos que participaram da palestra? Uma coisa é certa, este procurador é escolado no “ideoogicamente falso” e protegido pela casta de similares Doutor, isto é corrupção, sabia? Acredito que o que mais incomoda a “justissa”, Moros e Delagnois, é perceber que Àquele que eles caçam era coadjuvante no esquema que eles pintaram (e pintaram desse modo pelo puro preconceito e influenciados pelos ladroes que apoiam) Pior, não apenas coadjuvante mas muito menos corrupto que eles próprios.

  3. O deputado Paulo Teixeira do

    O deputado Paulo Teixeira do PT, excelente parlamentar, é um gentleman quando fala dos fascistas da Farsa a Jato. Sim, um gentleman, e como soi ser um gentleman é polido, comedido e ajuizado. Só não acho que o tempo presente seja mais o tempo de gentilezas com uma turba terrorista que já extrapolou tudo o que concebemos como civilizado, legal, constitucional e tolerável.

    A exibição da cela com presas da Farsa a Jato na Globo foi repulsiva. Imagens que nem os piores ditadores de republiquetas fariam contra seus inimigos. A carta do RJ do MPF foi um deboche desaforado, adolescente, golpista, autoritário, ilegal, escravista, branco e de bandidagem pura por dentro das instituições contra uma república em frangalhos no sentido de destruí-la de vez.

    Em qualquer nação minimamente civilizada TODOS os que assinaram e divulgaram aquela aberração, sendo funcionários públicos auxiliares da justiça e com o dever legal de respeitar a constituição deveriam no dia seguinte ser sumariamente presos e depois demitidos a bem da democracia.

    Mas o que se viu diante dessa e daquela aberração global no domingo foi o silêncio obsequioso, primeiro da PGR, Raquel Dodge,  que já se sabe, não fará nada a respeito pois não lhe diz respeito (apesar de ser esta uma de suas funções) fazer respeitar as leis e a CF/88. Nem minimamente ousou abrir a boca. Silêncio é conivência quando se ocupa determinadas funções, aliás muito bem pagas.

    O segundo silêncio foi do STF de quem nada mais se espera.

    Vivemos uma anomia, uma fraude, uma ditadura onde um MPF branco, golpista, racista, antipovo, antinacional e TERRORISTA age de forma bonapartista, sem votos, sem delegação de poder pelo povo e apenas escudado em sua visão elitista, burocrática, branca, antinacional e antipovo tenta nos impingir um messianismo evangélico pentecostalista e sem limites e sem reação alguma de instituições que deveriam (CNMP) impor-lhes limites, arrastadas que foram para o corporativismo mais debochado, ilegal e sem vergonha possível. Anomia é o Estado sem leis e elas já não mais existem para as castas do poder branco rendido aos seus propósitos de liquidar os princípios de algo civilizado no Brasil.

    Até quando toleraremos esta tutela absolutamente ilegítima, ilegal, nefasta, golpista, inconsequente e chula, sim chula e anticivilizatória sem reação?

    Uma nova constituinte exclusiva terá que ser formada para acabar com o poder dos concursados brancos golpistas de TODOS os mps, com o fim da sua autonomia, com controle externo popular, com o fim de seus salários nababescos, com punições severas a associações com o capital monopolista da mídia e principalmente com o propósito de expurgar, julgar e botar na cadeia (após o devido processo legal que eles – o MP – jogaram na lama) TODOS os seus membros que participaram da destruição de um projeto de país e de uma democracia que se desenhava e que por conta disso tanta dor, sofrimentos e mortes foram por eles causados.

    Não pode haver nenhum tipo de perdão aos MPs, à PGRs e ao MPF em especial. Teremos que colocá-los na cadeia por alta traição nacional, após o devido processo legal reformado, por colaboração internacional ilegal e nociva aos interesses nacionais, por violarem a lei e a ordem e estabelecerem a balburdia e a imprevisibilidade, por serem TERRORISTAS incrustados no ESTADO,  por terem se tornado meganhas a serviço do capital financeiro nacional e internacional e por terem cooperado junto com parcelas consideráveis do judiciário para violar a soberania do voto, princípio número um de qualquer processo fundador de uma nação.

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    1. Esse foi um erro gritante dos

      Esse foi um erro gritante dos governos do PT. Criaram mais dois monstros: CNJ E CNMP.  São estruturas extremamante caras sem nenhum retorno para a população. Virou cabide de emprego de alto escalão e não condena ninguem. 

      Pios do que isso só o republicanismo tosto e infantil dos governos petista… uma pena.

  4. Esse foi um erro gritante dos

    Esse foi um erro gritante dos governos do PT. Criaram mais dois monstros: CNJ E CNMP.  São estruturas extremamante caras sem nenhum retorno para a população. Virou cabide de emprego de alto escalão e não condena ninguem. 

    Pios do que isso só o republicanismo tosto e infantil dos governos petista… uma pena.

  5. Docência sem decência

    “Por maior que seja a patifaria, aquele que a comete escapa a toda e qualquer punição, desde que demonstre habilidade suficiente para escapar às malhas da lei penal”. – Rudolf Von Ihering

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