Corrupção não diminuiu na Itália, diz juiz da “Mãos Limpas”, por Fernando Brito

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Enviado por Webster Franklin

do Tijolaço

Corrupção não diminuiu na Itália, diz juiz da “Mãos Limpas”

por Fernando Brito

A cara de “pimpões” de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol expõe como a vaidade os diferencia dos juízes italianos da Operação Mãos Limpas italiana.

Mas não é só isso que os separa.

Enquanto os dois superheróis tupiniquins defenderam o “prende mais, prende mais, prende mais”, os magistrados italianos mostraram que o combate à corrupção depende menos de perseguição policial-judicial do que da mudança das estruturas sociais e políticas.

No insuspeito Estadão, patrocinador do evento que os reúne em São Paulo, registra-se que o  ex-promotor e  ex-magistrado italiano Gherardo Colombo, “que conduziu a Operação Mãos Limpas, afirmou, nesta terça-feira, 24, que a grande investigação – iniciada nos anos 80 – contra empresários e políticos, não resultou na redução da corrupção naquele país”.

 “Olhando retrospectivamente hoje, podemos entender que a corrupção na Itália não diminuiu absolutamente. Me demiti 14 anos antes da minha aposentadoria, pois acredito que seja absolutamente necessário olhar outra fonte que é importante, que é a frente da educação”

Como o Colombo do século XV, também este coloca o ovo em pé: diz o óbvio, mas que ninguém consegue pensar, de tão simples.

O grau de corrupção de um país é igual ao nível de educação, inclusive a política, de sua população.

Quando não se vende o voto, não adianta ter dinheiro para comprá-lo. Quando se tem partidos que funcionam e representem algo, os aventureiros endinheirados (como Sílvio Berlusconi) não se criam.

Quando, ao contrário, se destrói os valores do humanismo, da fraternidade, da solidariedade, da felicidade coletiva pela asquerosa ideologia do “agregar valor” e do “bem sucedido” que a classe dominante vende pelos meios de comunicação, tem-se um país de corruptos, públicos e privados, a começar dos grandes, que vendem o trabalho de seu povo e a riqueza de seu país.

O país que retrocedeu, na economia e no comportamento social, desde a Lava Jato é agora todo desta gente, porque vive a era do desemprego e da entrega de seu patrimônio.

E é a estes que a histeria judicial dos dois “pimpões” tem ajudado, ou não é?

http://www.tijolaco.com.br/blog/corrupcao-nao-diminuiu-na-italia-diz-juiz-da-maos-limpas/

Redação

5 Comentários

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  1. Yousseff cometeu crimes mais graves após receber premio do Moro

    Após ser premiado com a impunidade pelo $érgio Moro, em meados da década passada, o Yousseff praticou crimes ainda mais graves. Isso quer dizer que a criminalidade não tem relação com a impunidade mas com as desigualdades sociais.

    Em sendo assim, é tabajara a afirmativa do Sergio Moro a seguir transcrita:

    “Se nós formos estudar um pouco a história desse indivíduo temos o envolvimento dessa pessoa em práticas criminosas que datam do início da década de 1990. Será que se as instituições não tivessem dado resposta naquela época não teríamos eliminado esse apartamento de R$ 51 milhões?”

    As instituições deram resposta aos crimes cometidos pelo Yousseff no tocante ao Banestado. Mas o danadinho voltou a praticar crimes ainda mais graves, sendo novamente premiado pelo Moro.

    Não foi por falta de resposta das instituições que o Yousseff praticou crimes ainda mais graves do que os crimes que motivou a sua premiação pelo $érgio Moro.

    Tacla Duran na Rosângela Moro.

  2. Os juizes italianos pelo menos parecem simples e modestos. Comparados com a jequice-ostensiva reinante no mundo juridico brasileiro, são quase dois pobretões, que se a juiza do Rio de Janeiro os vissem parados na porta do “tribunal dela”, mandaria circular. Os possivels herois do Moro e Dellagnol não têm nada a ver com a visão de mundo deles.

    Como ja disse Lampedusa na boca do principe de Salina “o fim de uma época é apenas uma continuação com outros personagens”. 

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