Defesa de João de Deus entra com pedido de liberdade no STF

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Felipe Pontes

Da Agência Brasil

A defesa do médium João de Deus entrou com um pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está preso preventivamente desde o último domingo (16), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Ele é suspeito da prática de abuso sexual.

O habeas corpus foi sorteado para relatoria do ministro Gilmar Mendes, mas devido ao recesso do Judiciário, iniciado às 15h de quarta-feira (19), o processo foi encaminhado para o gabinete do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável pelo plantão.

Ontem (19), o ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou seguimento a um habeas corpus impetrado pelo advogado Alberto Toron, que representa o médium. O magistrado negou seguimento ao HC, argumentando supressão de instâncias, uma vez que um pedido de liberdade ainda está pendente de julgamento na primeira instância.

A prisão preventiva foi decretada pela Justiça de Goiás com base em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia, todas por crimes sexuais. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou uma liminar para soltar o médium, mas ainda não julgou o mérito do habeas corpus impetrado na primeira instância.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Muito se indaga por que essas

    Muito se indaga por que essas mulheres não foram capazes de sair do recinto onde se encontravam com esse homem, fazendo escândalo, e já no dia do abuso; ou seguiram, nesse dia, direto pra delegacia. Foi preciso uma mlher se pronunciar para atrás dela surgir levas de outras com os mesmos argumentos de denúncias. No primeiro momento também eu fiz essa pergunta. 

    Fui mexer com minha vida pregressa de mulher, de moça bonita, que fui, e vi ter sido, como tantas da minha geração, tratada por diversos homens, e em vários locais, com o mesmo modo dissimulado, machista, e violento, sem reação, deixando mais um caso pra lá, e, assim, sucessivamente. Por se tratar de um chefe, ou do pai de uma grande amiga, já velho, etc.

    Comigo não se deu nenhum caso de estupro, graças a Deus, mas de muito assédio moral, e até mesmo de uma certa violência, quando me vi trancada dentro da casa de um homem, no mesmo prédio onde vivia com minha família no Rio. 

    No caso das mulheres violentadas por João do Cão, ficou patente a desculpa, muito compreensível, de ser o homem um sujeito cheio de poderes, endeusado por uma leva de pessoas de toda parte do mundo, incluindo o Brasil. Sabiam, todas, que não era um poder qualquer. Poder de guru, mas também poder de muita riqueza material, isso num município mínimo, onde, ao que tem sido mostrado, quem tem uma bodega fazia uma renda legal pela presença do centro dito esírita, que já nem sei mais como classificar. Dependiam do homem os que buscavam curas pras suas enfermidades, mas também, todos os moradores, que ao longo de décadas viram suas vidas darem saltos para o progresso. 

    Pra quem conhece bem o Brasil, e não apenas o Nordeste, desde Cabral que a gente sabe bem como funciona a vida nos municípios pequenos. Quem tem olho é rei. 

    Pelo Youtube assisti a muita entrevista e história de João. Num desses vídeos, acho que no Peru, um homem o destrata com violência por se sentir indignado com o que considerou ser uma farsa, enquanto sua situação piorou. A postura do médium foi mais violenta ainda, porém recheada de vaidade, arrogãncia e presunção. Ele resume sua resposta em dizer que é um empresário, dono de fazendas de gados de corte, e de um garimpo. Na cara de pau. O vídeo é bem antigo, mas ele já se achava importante pelos bens materiais, e não por ser um intermediário de Deus para a prática do bem.

    Por fim, ao ver a notícia de que João sacara, ou transferira mais de 30 milhões da sua conta, e Torron negar, sem dar outra versão em números, pensei que ao advogado coube primeiro se certificar de que seu cliente teria condicões financeiras para pagar seus honorários, afinal, não sairá barato essa conta, principalmente em se tratando de um caso com tal repercussão. 

    Pode até ser que esse, como o caso de Abdel Massid, sirvam para aumentar a segurança das mulheres com seus corpos, quando estiverem diante de um homem que pra elas seja quem lhes dará uma solução qualquer a problemas urgentes. O importante é saber que tarados nem sempre tem cara.

     

     

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