Foto: Reprodução
Lula e Taiguara Rodrigues, em foto anexada na denúncia da Procuradoria do DF
Jornal GGN – A Lava Jato conseguiu o que queria: mais de uma delação premiada que atribuiu a Lula a contratação da empresa Exergia pela Odebrecht em Angola, vinculada a obras com financiamento do BNDES. Em 2016, a Folha de S. Paulo revelou que os procuradores não queriam aceitar a delação de Alexandrino Alencar porque o executivo da Odebrecht dizia não ver irregularidade no caso. Agora, Alencar diz que medidas foram tomadas dentro da empresa para “agradar” o ex-presidente.
A Exergia é a empresa de Taiguara Rodrigues, sobrinho da primeira esposa de Lula, que é réu ao lado do ex-presidente numa ação penal por tráfico de influência, que tramita na Justiça de Brasília.
A versão de que Lula estava sendo agradado pela Odebrecht, porém, não é nenhuma novidade. Alencar já tinha cantado essa bola em 2016. À época, porém, a Lava Jato tentava incular as obras da Odebrecht em Angola às palestras proferida por Lula com patrocínio da empreiteira. Mas como há provas de que os serviços foram decidamente prestados, a força-tarefa tem dificuldade em relacionar Lula diretamente às supostas vantagens indevidas à Exergia.
Supostas porque, embora a Lava Jato diga à imprensa que a Exergia não prestou os serviços contratados pela Odebrecht, Taiguara diz o contrário. Em 2016, Alencar, da Odebrecht, também contrariou os procuradores nesse aspecto.
O GGN publicou:
“Nessa mesma semana em que a denúncia [por tráfico de influência] foi aceita pela Justiça de Brasília, a Folha publicou que a delação premiada de Alexandrino Alencar, ex-representante da Odebrecht em Angola, não foi aceita pela força-tarefa porque, entre outros pontos, inocentava Lula ao afirmar que as palestras foram realizadas. Não houve qualquer pagamento sem prestação de serviço.”
Também teria dito Alencar, contrariando a Lava Jato, que a Exergia realmente foi contratada pela Odebrecht “a pedido de Lula, mas negou que os serviços não tenham sido realizados.” Mas na versão engessada da Procuradoria do DF, a Exergia é uma empresa de fachada que Taiguara abriu em 2009 para, dois anos depois, firmar os contratos com a Odebrecht. E, na incapacidade de executar os serviços, diz a acusação, a Exergia Brasil delegou o trabalho em parceria com a Odebrecht para a Exergia em Angola.” (Leia mais aqui)
O Estadão teve acesso aos novos depoimentos de três executivos da Odebrecht que falaram sobre o caso (entre eles, Alencar), mas não divulgou a íntegra dos documentos, que estão sob segredo de Justiça.
O jornal publicou que “o ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira Alexandrino Alencar afirmou que o ex-presidente pediu a contratação da empresa. Ernesto Sá Baiardi, ex-diretor da construtora em Angola, relatou solicitação do petista para que a construtora ajudasse o empresário. Antonio Carlos Daiha Blando, sucessor de Baiardi, disse ter adiantado pagamentos à Exergia para ‘agradar’ a Lula.”
Um dos trechos extraídos do anexo é de Baiardi dizendo que foi contatado por Alencar para receber Taiguara. “Entendi que essa solicitação era de interesse da companhia para atender a pedido de Lula e, imediatamente, chamei Taiguara para uma reunião.”
Baiardi também disse em depoimento que, após um encontro de Lula com Emílio Odebrecht, “o petista o chamou de lado e falou que Taiguara era honesto, trabalhador, que estava iniciando carreira empresarial e que, se possível, era para ajudá-lo.”
“Blando disse que, após assumir a diretoria em Angola, Baiardi lhe pediu que recebesse Taiguara. O delator relatou que recebeu o empresário quando chegou ao país africano e que a ‘atenção diferenciada” com que tratou “os assuntos da Exergia tinha por finalidade agradar ao ex-presidente Lula’.”
Ainda de acordo com os delatores, em 2014, Taiguara pediu “adiantamento contratual” a que sua empresa “não tinha direito”, mas acabou recebendo um total de 700 mil dólares porque havia a “necessidade” de “agradar a Lula”.
Alencar contou que conheceu Taiguara em um hotel em Luanda, capital de Angola. “O ex-executivo disse ainda que o petista teria pedido que a Odebrecht avaliasse a possibilidade de contratar as empresas de Taiguara. A solicitação teria sido levada ao patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, que, segundo ele, ‘concordou prontamente’.”
As delações devem ser usadas nos inquéritos da Operação Janus, cujo um dos braços rendeu a ação penal por tráfico de influência contra Lula. O procurador do caso, Ivan Marx, contudo, já criticou o próprio Ministério Público por ter fechado delações premiadas sem checar sua viabilidade. Agora, situações relatadas por Delcídio do Amaral, por exemplo, seguem carentes de provas.
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Quem quer agradar o Moro.
Tem um monte de suspeitas a serem investigadas sobre evidencias de que os premiados delatores dizem que fizeram isso e aquilo para agradar alguém quando, na verdade, estão querendo AGRADAR o Moro! Só tem uma grande diferença. O Lula era Presidente da República e todos e todas que atuavam em nome de empresas queriam agradá-lo. Já o Moro é um juiz de PISO, que age como delegado de puliça, a quem querem agradar aqueles que ele mandou prender arbitrariamente, porque já está provado que quem o agrada recebe prêmios em lugar de penas pelos seus supostos crimes. A vinculação com vantagem indevida na contrapartid a do agrado, está caracterizada no segundo caso. Do juiz puliça.
Saravá!
O show de horrores continua.
So what??????
Observem que existe nisto tudo uma falácia. Em primeiro lugar existe uma série de depoimentos completamente contraditorios. Feitos em situações diferentes, e momentos diferentes, com conteúdos diferentes. Mas existe um fato, desde quando em festas e ou encontros informais ou mesmo formais, não se dá indicativos ou sugestões? Como enquadrá-los em tráfico de influências. Tráfico existe quando há troca por alguma coisa. Até hoje não apresentaram nada a não ser a célebre frase:” para agradar ao presidente”. Em outras palavras não há nada material apenas um suposto e imaginado agrado. Mas o que importa aqui é o uso da narrativa. Afinal esta narrativa traz algo de plausível. É de senso comum que seja costumeiro, principalmente nestes tipos de encontro, as recomendações, as sugestões etc… É também muito costumeiro que diplomaticamente entre homens de negócios, se tome cuidados para agradar alguém com quem se quer negociar. Aliás isto em sociedade é muito frequente, mas, jamais vi alguém ser acusado de corrupção por isto. Interessante também observar que o contrato de Taiguara, um particular, tenha ocorrido com a Oderbrecht, também privada. E portanto, fica a questão de como isto poderia estar minimamente enquadrado em corrupção. Mas o foco da mídia é :” o agrado” . Eu me pergunto, agrado configura corrupção, ou é sequer indício? Eu me pergunto porque estas frases ganham relevo na imprensa e num processo judicial? Afinal mesmo que duvidem isto deveria antes da acusação ser investigado e se e apenas se houvesse ligação disto com alguma prestação de serviços ou se, o presidente tivesse ganho alguma coisa, algo assim como uma mala de dinheiro, isto poderia se tornar objeto da justiça. Porém não há sequer investigação, o que existe é o uso narrativo e retórico da plausibilidade do supostamente acontecido. E usando a plausibilidade os jornais e Curitiba vão tentar transformar em crime. Afinal de contas é apenas de plausiblidades, preconceitos e convicções que se constrói o imaginário do Power Point. Tudo visa construir um cenário plausivel para a condenação. Agora, estão pouco interessados em Bendine, como também estiveram pouco interessados nos diretores da Petrobrás ( todos já soltos), o que importa é criar o cenário para transformar tudo isto em crime e organização sistemica de corrupção . Este é o mecanismo de criação de indícios, uma especialidade de Curitiba.
A mesma Curitiba tão carente de provas, se recusa a investigar fatos relacionados a um certo presidente que susta a assinatura de um contrato praticamente assinado com uma estatal brasileira , no caso a Petrobras, para favorecer uma firma de seu filho, como fez FHC. Isto sim seria tráfico de influência.
O Complô foi muito bem organizado
Este complô foi muito bem engendrado. Está muito kafkiano e vai se tornar também mais amoral e hipócrita quando prenderem o Lula… E o resultado: “O ódio venceu!!!”
Mais um pouquinho
e os canalhas de plantão dirão que aperto de mão é sinal claro e inquestionável de conluio… E, é claro, as fotos e apertos de mão e tapinhas nos ombros e palavras cochichadas pela quadrilha (sempre impune e sorridente) que agora nos governa, incluídos aí muitos magistrados, estas serão todas provas inequívocas de atos de boa fé e boa intenção…
Mais uma
Mais uma delação sem nenhuma prova de que Lula participou ativa ou indiretamente da contratação. Mais uma delação – tudo indica – encomendada. Contra Lula a encomenda será usada como verdade absoluta, dogma de fé. Com o apoio da mídia venal e a aprovação submissa dos que deveriam zelar pelo cumprimento da lei.