Delegados querem retratação ou demissão de Segovia

Diretor-geral causou mal ao indicar que inquérito sobre Temer deveria ser arquivado e colegas querem sua demissão 

diretor-geral-da-policia-federal-pf-fernando-segovia.jpg
(Foto José Cruz ABr)

Jornal GGN – Delegados da Polícia Federal não ficaram satisfeitos com as explicações de Fernando Segovia, diretor-geral da corporação, sobre a entrevista que deu à Reuters, na última sexta-feira (9) dando opinião sobre a investigação do decreto do presidente Temer que beneficiou operadores de porto, indicando que o inquérito aberto contra o emedebista deveria ser arquivado.

Segundo informações da coluna Painel, da Folha de São Paulo, divulgadas nesta segunda-feira (12), dirigentes da associação dos delegados estão aguardando passar o Carnaval, quando Segovia encaminhará ao ministro Luiz Roberto Barroso, relator do inquérito no STF, respostas sobre o tema, esperando que o diretor-geral use a oportunidade para admitir que errou nas declarações e que não está perseguindo o delegado do caso, Cleyber Lopes. 
 
Na entrevista à Reuters, Segovia havia dito que as provas do inquérito sobre Temer eram frágeis e que Cleyber Lopes poderia ser processado administrativamente pelas perguntas que enviou ao presidente. Logo em seguida, o presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Edvandir  Felix de Paiva, se manifestou por nota afirmando que a repercussão da entrevista foi “horrorosa” causando “mal-estar enorme” entre os membros da PF, arrematando que “o delegado, no inquérito, é livre para fazer a pergunta que entender necessária para esclarecer os fatos.” 
 
Ainda, os delegados da PF lembram que essa foi a segunda vez que Segovia indicou fragilidades no inquérito aberto contra Temer e pressionam a associação nacional para pedir em público o afastamento do diretor-geral se ele não se retratar. 
 
Já, advogados que acompanham as investigações sobre Temer, avaliam que o episódio supervaloriza o poder de Segovia para proteger Temer, lembrando que quem irá decidir se as provas são suficientes ou não para levar à Justiça é o Ministério Público, e não a polícia. 
 
 
Redação

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Mas desde quando os delegados

    Mas desde quando os delegados da PF estão preocupados com a corrupção? O que preocupa eles é poderem ter de responder processo administrativo..

    Parece brincadeira.Mas é fato!

  2. Mas desde quando os delegados

    Mas desde quando os delegados da PF estão preocupados com a corrupção? O que preocupa eles é poderem ter de responder processo administrativo..

    Parece brincadeira.Mas é fato!

  3. Mas desde quando os delegados

    Mas desde quando os delegados da PF estão preocupados com a corrupção? O que preocupa eles é poderem ter de responder processo administrativo..

    Parece brincadeira.Mas é fato!

  4. Uma briga pelo poder interno na corporação

    Curiosamente não se pronunciam quando um dos seus faz operações desastrosas, ou as faz para satisfazer interesses escusos.  Estas associações vieram a publico dizer que Marena dos Ouvidos Moucos é uma servidora exemplar. O Ministro da Justiça concordou e nisto tudo fica em silêncio. Nesta briga de braço veremos quem tem mais bambu.  Mas ao final todos pecam contra a justiça.

  5. Eu não esperava nada muito diferente disso ai

    Segovia havia dito que as provas do inquérito sobre Temer eram frágeis… E Lula foi condenado apenas por convicções e desejos de uns e outros.

  6. Falso republicanismo

    Está clara a briga interna na Gestapo brasileira. Desde quando a milícia neofascista passou a se preocupar em agir dentro da legalidade?

    Nas inúmeras irregularidades que perpetraram na Farsa a Jato não se mostraram tão “republicanos” como agora.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador