Desdobramentos da Lava Jato no Peru derrubam o presidente PPK

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: AFP

Jornal GGN – Os desdobramentos da Lava Jato pela América Latina conseguiu fazer mais uma vítima de peso: o presidente de Peru, Pedro Pablo Kuczynski (PPK), renunciou ao mandato na tarde de quarta (21), após sofrer ameaças de um segundo processo de impeachment. 

Segundo reportagem do Opera Mundi, PPK foi acusado de ter recebido recursos da Odebrecht em função de uma consultoria prestada quando ele não ocupava o cargo público, segundo revelado por documentos entregue a uma CPI inspirada na Lava Jato.

PPK conseguiu evitar o primeiro impeachment, mas acabou atingido pela revelação de vídeo que indica que houve compra de votos para barrar o processo de deposição.

Do Opera Mundi

Procuradoria pede à Justiça que impeça PPK de sair do Peru após renunciar à presidência

A Procuradoria-Geral do Peru pediu nesta quinta-feira (22/03) que a Justiça emita uma ordem para impedir o em breve ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski (PPK) de sair do país. Ele renunciou nesta quarta (21/03), após forte pressão política.

Segundo os procuradores, o motivo para o pedido é a ida da esposa de PPK, Nancy Lange, que é norte-americana, os Estados Unidos. Até o momento, ela não retornou ao Peru.

Kuczynski anunciou sua renúncia na tarde de quarta e o documento em que solicita sua destituição deve ser analisado pelo Congresso peruano às 16h (18h em Brasília). Os porta-vozes do Parlamento, grupo formado pela Mesa Diretora e pelos líderes partidários, acordaram em aceitar a renúncia do presidente.

PPK é acusado de ter recebido mais de 782 mil dólares da Oderbrecht por serviços de consultoria realizados entre 2004 e 2007. Os depósitos aparecem em um documento da construtora brasileira que foi enviado à comissão parlamentar que investiga os desdobramentos da Operação Lava Jato no Peru.

Por conta da acusação, uma primeira votação de impeachment ocorreu em dezembro do ano passado, onde PPK foi inocentado. No entanto, após novas evidências, uma nova votação estava marcada para esta quinta (22/03).

A pressão para a renúncia de PPK aumentou substancialmente após a divulgação de quatro vídeos em que, em diferentes momentos, cinco congressistas – entre eles, Kenji Fujimori – ofereceriam propina decorrente de obras na região de outro deputado, Moisés Mainami, em troca do voto para livrar PPK da cassação.

O primeiro-vice-presidente do país, Martín Vizcarra, que também é embaixador no Canadá, deve chegar nas próximas horas a Lima para assumir a presidência do país, em um ato que está previsto para acontecer nesta sexta.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador