Jornal GGN – A ajuda dos meios de comunicação foi essencial na luta contra o corporativismo no Judiciário. A afirmação foi feita por Eliana Calmon no curso “O Magistrado e a Mídia”, realizado entre os dias 26 e 27 na Enfam (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo). Ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e diretora-geral da Enfam, Eliana Calmon ocupou o cargo de corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de 2010 a 2012, ocasião em que enfrentou a resistência da magistratura às apurações de irregularidades conduzidas pelo Conselho.
Durante o curso, Eliana disse que foi “salva” pela mídia e que, com o apoio dos meios de comunicação, conseguiu vencer o corporativismo. “A maioria dos juízes é muito honesta e esforçada, mas ainda tem uma cultura muito fechada. Quando as ações da corregedoria começaram a ser divulgadas, muitos se sentiram expostos e desconfortáveis. Alguns quiseram que as irregularidades fossem resolvidas nos bastidores, como ocorria antes”, destacou.
Para Eliana, essa postura internalizada da magistratura não funciona mais. “Apontar os maus juízes, que felizmente são a minoria, e tomar providências contra eles é algo que melhora a imagem da Justiça”, disse. Eliana frisa que esses primeiros magistrados serão “os arautos de uma maior abertura dos tribunais para a imprensa”. A ministra defende uma abertura maior da Justiça a críticas, para que possa prestar esclarecimentos para a sociedade.
O desembargador Mairan Maia, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, destacou que é a imprensa que torna os fatos importantes para a população. “Já passei por vários problemas para me comunicar com a mídia. Mas entendi rápido a importância, para a sociedade, de que os magistrados sejam claros”, afirmou. O entrave entre as diferentes linguagens entre a imprensa e o poder Judiciário também foi destacado pelo desembargador. Para ele, “o magistrado precisa ter em mente que não deve falar como se estivesse escrevendo uma sentença, mas manter a essência da mensagem”, declarou.
O curso “O Magistrado e a Mídia” deve melhorar a interação entre a magistratura e os jornalistas. O evento reuniu 20 juízes do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Piauí, que passarão por treinamento teórico e prático sobre como lidar com os meios de comunicação.
Com informações do STJ
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Triste do país em que
Triste do país em que magistrados entendem que precisam ser “salvos” (ou autorizados) pela mídia para fazerem seu trabalho, e ainda se ajoelham e agradecem perante a ela.
Porque a mídia sempre pode escolher de quem quer ou não salvar, quem quer ou não proteger, quem quer ou não condenar. E os critérios de escolha não são nem serão rupublicanos.
Eliana Calmon, ou é muito limitada na sua compreensão de política e estado, ou sofre de síndrome de Estocolmo.
Não sei o que é pior.
Sem querer entrar no mérito
Sem querer entrar no mérito da atuação do CNJ, sem reparos, aliás, a mídia poderá ser ou não muito mais importanto para a futura política que ensaia os seus passos rumo a uma candidatura… portanto, o elogio à mídia é pertinente.
Discurso de candidata?
A ministra Eliana Calmon anda discursando demais para a platéia. Confunde prestar esclarecimentos para a sociedade, com discurso para agradar a “opinião pública” (seja lá o que for isto).
Suas manifestações sobre a AP470 são um forte indício desta afirmativa (Entrevista abaixo). É deselegante uma ministra “opinar” sobre seus pares. Discrição, não significa deixar de cumprir suas funções e lutar contra o corporativismo.
Todos sabem de sua amizade com Marina Silva. Não vejo problema que ela seja vice na futura (?) chapa dela. Peça licença do cargo e viabilize a candidatura, ou estará “fazendo propaganda antecipada”. Não fica bem para uma ministra do STJ.
ENTREVISTA
http://tvuol.tv/bsc8FH
Mas ela foi mesmo salva pela
Mas ela foi mesmo salva pela mídia e não é da blogesfera que ela está falando.
Emgraçado como a simples constatação do fato a torna “inimiga” por parte de alguns aqui do blog.
Apenas os radicais de plantão…policiando todo mundo.