Agora há “murmúrios” de que Queiroz ganhou o dinheiro “vendendo eletrônicos”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A coluna de Élio Gaspari, na Folha desta quarta (26), acrescenta informações sobre o passado de Fabrício Queiroz na Polícia Militar do Rio de Janeiro e ainda expõe qual teria sido a história “plausível” que o ex-motorista contou a Flávio Bolsonaro sobre os R$ 1,2 milhão que o Coaf considerou “movimentações atípicas” em sua conta bancária. 
 
Segundo Gaspari, agora há “murmúrios” vindos de fontes não oficiais dando conta de que Queiroz teria ganhado o dinheiro vencendo eletrônicos a conhecidos. “Coisa de R$ 600 mil ao longo de 13 meses, caso se olhe só para o que entrava em sua conta.”
 
“Mesmo assim, o feirão de Queiroz movimentava quantias muito superiores ao seu rendimento como suboficial da PM e assessor de um deputado estadual”, observou o jornalista. “Se ele movia tanto dinheiro porque transacionava com mercadorias, deverá dizer de quem as comprava e para quem as vendia”, acrescentou.
 
Para Gaspari, “quem conhece o mundo das malfeitorias garante: ‘É suicídio'” o silêncio de Queiroz. Desde que o escândalo veio à tona, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro não apareceu mais em sua casa e faltou a dois depoimentos marcados pelo Ministério Público.
 
Até agora, os indícios divulgados indicam que Queiroz era o gestor de uma “conta de passagem”, que recolhia parte do salário de outros 9 assessores de Flávio Bolsonaro. No total, as transações somaram, só entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, R$ 1,2 milhão.
 
Uma das beneficiárias da conta é Michelle Bolsonaro, que recebeu R$ 24 mil em um só repasse. Jair Bolsonaro não tem provas – pois não declarou os recursos à Receita Federal – mas diz que o montante é pagamento de um empréstimo que fez a Queiroz, no total de R$ 40 mil.
 
Flávio Bolsonaro, por sua vez, se esquiva de explicações. Diz que é Queiroz quem deve dar os esclarecimentos, embora tenha outros 9 assessores de seu gabinete envolvidos na história.
 
Além disso, há outras informações que são verdadeiras pulgas atrás da orelha: depois de passar 10 anos trabalhando para o filho do presidente, Queiroz foi exonerado do gabinete em 15 de outubro, no meio do segundo turno presidencial. Um dia depois, foi encaminhado à Justiça um pedido de batida policial em gabinetes de vários deputados pegos pela operação Furna da Onça. Flávio Bolsonaro foi poupado dessa investigação. 
 
Para Gapari, ” a história segundo a qual Queiroz deixou a assessoria de Flávio Bolsonaro no dia 15 de outubro para tratar de sua aposentadoria não fica em pé.” Até no mesmo diz, a filha de Queiroz, Nathalia – que reúne indícios de ter sido funcionária fantasma, segundo matérias da imprensa – também foi exonerada, mas do gabinete de Jair Bolsonaro.
 
O jornalista também criticou Flávio por não ter sido claro em sua desculpa. “Só se poderá confiar nessa plausibilidade [da versão contada por Queiroz ao senador eleito] depois que o relato se tornar público.”
 
O PASSADO DE QUEIROZ
 
“Queiroz não é um PM qualquer. Além da ligação com os Bolsonaro, sua folha é a de um militar premiado. (…). Há anos, como soldado, recebeu o abono, hoje extinto, dado aos PMs por atos de bravura em confrontos com bandidos. Era a ‘gratificação faroeste’. (Quando esse benefício foi instituído, em seus confrontos a PM do Rio matava duas pessoas e feria uma. Dois anos depois, matava quatro para cada ferido. (…)  a ‘gratificação faroeste’ foi um estímulo à ‘cultura da violência'”, explicou Gaspari.
 
Segundo o relatório do Coaf, mesmo somando o salário como assessor de Flávio Bolsonaro mais o salário de policial militar, o patrimônio e os rendimentos de Queiroz são incompatíveis com movimentações que somam R$ 1,2 milhão em 13 meses.
 
Além disso, há indícios de operações típicas de lavagem de dinheiro, já que Queiroz costumava receber, na conta, depósitos em dinheiro, e depois sacar tudo em espécie, no mesmo dia ou poucos dias depois. 
 
Segundo Gaspari, o silêncio de Queiroz é suicídio. “Peixes grandes como Marcelo Odebrecht e Antônio Palocci tiveram a mesma ilusão.”
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

20 Comentários

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  1. coisa do destino

    ..e tudo isso foi apenas em UM ANO

    pergunta : e nos outros 30 anos, como funcionava a loja do QUEIROZ ?

    Olha, FABRICIO me faz lembrar do motorista do COLLOR, Eriberto FRANÇA  ..ou do JOSÉ CARLOS Alves dos Santos no caso dos anões ..ou do FRANCENILDO Santos, no caso do Pallocci

    Personagens menores que acabam por ser imortalizados ao fazerem ruir  “gigantes de pés de barros” que tiveram o azar de ter o caminho cruzado por eles.

    azar de uns, sorte de outros

     

     

    1. “.e tudo isso foi apenas em

      “.e tudo isso foi apenas em UM ANO”

      Pelo que sabemos, bem entendido. Quem conhece como funcionam as câmaras de vereadores, assembleias e congresso sabem que existem várias maneiros dos ladrões de galinha multiplicarem seus ganhos por 4 ou mais vezes sem grandes riscos

  2. Pau que da em Chico também
    Pau que da em Chico também tem que dar em Francisco… apuração urgente para bem de todos… quem tiver culpa no cartório que pague seus erros e a vida segue..o Brasil tem pressa e não pode parar com corrupção sistêmica no poder temporal político, não é mesmo? Quem viver verá o tragico fim deste imbroglio, não é mesmo? As cartas estão na mesa e agora você resta serem jogadas…na moeda da vida a verdade tem uma só face…

  3. Parece evidente

    Queiroz fazia coleta de salários entre os indicados pela familia Bolsonaro, que eram contratados com valores elevados, mas que recebiam muito menos.

  4. carochinha

    Deveras. Queiroz é um empreendedor nato. De homens assim que o Brazil precisa. Ele é muito bonzinho. Deu 24 pilas para a ovelhinha bem amada pelo ‘xefe!

    O ‘polvo não sabe mas sejumoro, o capelão mór ‘danação, já perdoou.

    Não acredita? Vai prá Cuba!

  5. Então que ele diga para quem

    Então que ele diga para quem vendeu estes “eletrônicos”.

    Provavlemente o sejumoro acreditará e endossará esta versão patética.

    Quem diria que o herói dos coxinhas, o inimigo número um da corrupção iria acabar desta maneira.

  6. Já se sabe o modus operandi

    Já se sabe o modus operandi da famiglia bolsonaro para construir sua fortuna.

    Um rachid durante mais de vinte anos do pai logo seguido pelos filhos por todo o tempo de seus mandatos.

    Ou seja, esta famiglia é uma quadrilha.

    Enquanto isso o exp´presidente Lula está em prisão perpétua, praticamante condenado a pena de morte, sem que o MPF, PGR, sejumoro, trf4, stj, pf, tcu, cgu ou seja lá que merda de letrinhas for, tenha apresentado UMA ÙNICA prova convincente de cometimento de crimes pelo ex-presidente.

    Somos um bando de cnalhas sem vergonha na cara e sanqgue nas veias.

    Temos e teremos o que merecemos.

  7. Paladinos

    O pior é ouvir dos paladinos contra a corrupção frases como “ele já admitiu e pediu desculpas”, quando questionado sobre o caixa 2 de Ônix Lorenzoni e a inauguração dos índices de medida da corrupção pelo general Heleno “o valor é irrisório”. 

    1. A familia bozo estupra, mas mete só a cabeça
      Ridículo. Brasileiro tem estuprador de estimação: aquele que introduz só a cabeça irrisória.
      E viva o Bolsa Estupro da Damares Goiabeira!

  8. Benemerência……
    O problema
    Benemerência……

    O problema é que mentira tem perna curta, e qualquer versão que se montar, mais mentiras terão que ser ditas ….

    Aí entra a benemerência lojista……a mídia quadrilheira e assassina vai engolir a versão de bom grado, e tentar encerrar o assunto………

  9. Lama
    Para colocar mais lama no esgoto do MP um dissimulado Deltan Dalagnol ainda tuitou que o laranja em apreço não foi instado a depor debaixo de vara porque o STF proibiu. Ora, cinismo descarado, o STF proibiu coerção para depoentes que se apresentam tempestiva e voluntariamente às autoridades.

  10. Se alguém…

    …tem receios do que o Coiso e sua pandilla possam causar grandes estragos no país, os fatos desmentem. Levaram tanto tempo para inventar que o assessor multiuso além de tudo é muambeiro de sucesso. No mínimo descobriu como fazer o dia de 24 horas ter 48 ou mais para tantas funções.

  11. Se não virar ministro,vira palestrante.

    Mascate milionário. Minha mãe e eu trabalhamos muito mascateando e nunca chegamos nem perto da fortuna que ele amealhou.

    Pode ficar milionário dando palestras sobre vendas ambulantes.

    É um caso único, tem que nomeá-lo Ministro da Industria, Comercio, Serviços e Negociatas, já que que bolsocheio gosta tanto de ministérios recheados. 

  12. A clientela básica do Fabrício Queiroz
    Era constituida pelos assessores dos parlamentares da familia bolsonara laranjeira.
    Considerando que o Fabrício Queiroz era segurança, motorista e assessor, onde ele achava tempo para ser sacoleiro?
    Conta outra porque essa aí a Velhota de Taubaté não engole.

  13. Haja vendedor!!

    Se vendeu 600 mil em 13 meses, considerando cada mês com 30 dias úteis (ou seja, vendia nos sábados, domingos e feriados!!), vendeu por dia aproximadamente R$ 1.500!! O que será que ele vendia, de quem ele comprava? Quem comprava dele??Ah…a Michele….rsrsrsrs

  14. Palhaçada
    Imagino que Fabrício Queiroz e a família Bolsonaro acreditam que somos burros feito eles. A falta de inteligência deles os faz pensar que podem nos enganar e subestimar nossa inteligência quando quiserem. Não convenceram quando tentaram explicar sobre o irmão funcionário fantasma, sobre o crescimento patrimonial da família, sobre a caseira e funcionária de gabinete, sobre a contestação de toda família de Fabrício, sobre o empréstimo de 40.000, sobre os 24.000 na conta da patroa, sobre os um milhão duzentos e porrada que caiu no colo de Fabrício, etc… Tudo isso me fez lembrar o sucesso de Miltinho:

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    Cara de palhaço
    Pinta de palhaço
    Roupa de palhaço
    Foi este o meu amargo fim;
    Cara de gaiato,
    Pinta de gaiato,
    Roupa de gaiato,
    Foi o que eu arranjei pra mim.

    Estavas roxa por um trouxa
    Pra fazer cartaz,
    Na tua lista de golpista
    Tem um bobo a mais
    Quando a chanchada deu em nada
    Eu até gostei
    E a fantasia foi aquela que esperei.

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