Em 2012, Cunha queria saber dos negócios da filha de Paulo Preto e da relação com doleiro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Câmara

Jornal GGN – A Lava Jato desenterrou um relatório da Polícia Federal sobre a CPI do Cachoeira, de agosto de 2012, na qual depôs o suposto operador do PSDB Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto. Segundo reportagem do Estadão, o então deputado Eduardo Cunha queria usar a CPI para “emparedar” Paulo Preto sobre os negócios de sua filha advogada e sobre a relação com o doleiro Adir Assad.
 
“Faz as perguntas do Adir Assad e do caso Gucci. Da filha dele advogada. E do voo do Datena e Serra para obras do Rodoanel de helicóptero se ele estava no voo”, escreveu Cunha para um de seus subordinados que estava presente na sessão da CPI, mas que não tem o nome revelado.
 
Segundo o jornal, as perguntas de Cunha sugeriu que fossem feitas foram recebidas por ele via e-mail, dois dias antes do depoimento de Paulo Preto. Eram cerca de 20 questões, enviadas “por um interlocutor identificado como Hugo Fernandes Neto, que seria ligado ao PMDB e à campanha de 2012.”
 
Na lista, ainda havia pergunta sobre “a prisão do ex-diretor da Dersa em 2010 – na ocasião, ele foi detido em flagrante ao negociar joia em loja de luxo de um shopping na capital paulista.”
 
As mensagens sobre a CPI e o relatório feito pela Polícia Federal acerca da investigação, em 2016, foram anexados pela Lava Jato em Curitiba ao processo que tramita contra Cunha. Ele está preso desde dezembro de 2015, por ordem do juiz Sérgio Moro. 
 
Paulo Preto, por sua vez, ficou pouco mais de 1 mês preso em decorrência de uma investigação sobre corrupção na Dersa, em São Paulo. Ele conseguiu um habeas corpus com o ministro Gilmar Mendes e deixou a prisão na semana passada.
 
O operador do PSDB é acusado de comandar esquema na Dersa que desviou milhões de programas de habitação e indenizações voltadas para famílias que seriam desalojadas de áreas de construção de obras viárias, em São Paulo.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Paulo Preto é o descaramento máximo… só falta matarem ele

    Gilmar Mendes nem se dá ao trabalho de manter as aparências… solta Paulo Preto… foda-se

    A imprensa nem finge que se indigna… noticia: Soltaram Paulo Preto… eu acho é pouco!

    NINGUÉM É QUESTIONADO… NENHUM BLOGUEIRO DA CHILIQUE… NINGUEM FALA NADA… NÃO HÁ REAÇÃO…

     

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