Ex-diretor da Dersa e operador do PSDB, Paulo Preto é preso novamente

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Agência Senado
 
Jornal GGN – Após conseguir um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não comparecer em uma audiência da Justiça Federal de São Paulo e ser suspeito de constranger testemunhas, o ex-diretor da Dersa e apontado como o operador do PSDB em esquemas ilícitos, Paulo Vieira de Sousa, foi preso novamente nesta quarta-feira (30).
 
Também conhecido como “Paulo Preto”, o ex-diretor faltou em uma audiência no dia 14 de maio, na 5ª Vara Federal Criminal. Ele estava preso desde o dia 6 de abril, acusado de desviar R$ 7,7 milhões da estatal paulistas durante os governos tucanos de José Serra e Geraldo Alckmin (2009-2011). Ele passou apenas um mês detido até conseguir a liminar de Gilmar, ministro do Supremo, que garantiu sua liberdade.
 
A defesa do ex-diretor da Dersa pedia a absolvição sumária e Gilmar ainda ordenou que a Justiça de São Paulo analisasse os pedidos da defesa antes de intimá-lo para audiências. Após faltar à audiência em que foi convocado, a Procuradoria de São Paulo pediu novamente a prisão.
 
Alegando a necessidade de se garantir a instrução processual e a ordem pública, a procuradoria afirmou que “deixar passar em branco tal desídia [não comparecimento à Justiça] significa desacreditar que a Justiça de primeiro grau tem extremado valor para todo o sistema jurídico brasileiro”.
 
Em resposta, a Justiça autorizou a prisão do operador do PSDB para “assegurar a instrução criminal”, afirmando, ainda, que Paulo Preto estava constrangendo testemunha, que não estava expondo toda a verdade e prejudicava a coleta de provas. A PF cumpriu a decisão judicial nesta quarta, prendendo Paulo Vieira de Souza.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

12 Comentários

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  1. Bom, Preto não pode acusar

    Bom, Preto não pode acusar Gilmar Mendes de não ter tentado, né? De tê-lo abandonado caído, que ironia, numa estrada deserta do Dersa, rs…

    Será que alguém será acusado de tentar constranger testemunha, agora que a testemunha é o próprio Preto?

    “Óóóia… abriu o bico, morreu, hein?”

    Ah, se funcionários menos graúdos do Dersa, da Sabesp, da Fundação Padre Anchieta, do Metrô, da Santa Casa, da PM e do PCC resolvessem escrever cartas anônimas, anexando umas cópias aí… será que o PSDB ia tentar constranger testemunhas? Será que ganhariam promoção? Seriam transferidos para outra unidade, por exemplo, uma unidade funerária? Se até primo correu risco de vida…

     

  2. NENHUM JORNAL FALOU O MOTIVO DA PRISÃO!!!

    Procurei em todos os jornais, nenhum falou o motivo… todos reproduzem o mesmo texto: DESCUMPRIU MEDIDA JUDICIAL.

    A primeira prisão foi por ameaçar uma testemunha… o Habeas Corpus de Gilmar Mendes falava que não havia provas da ameaça… só falta Paulo Preto ter ameaçado a testemunha novamente.

    Se os jornais estão escondendo é porque tem algo de suspeito.

  3. Paulo Preto
    Gilmar Mendes detetminará a soltura dele de imediato.
    Ainda nesse feriado, talvez ainda hj, mediante simples petição do advogado dele.

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