Folha publica mais uma evidência de que o julgamento de Lula foi acelerado

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O Painel da Folha desta segunda (22) publicou mais uma evidência de que o julgamento de Lula foi acelerado propositalmente pelos desembargadores do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). A coluna diz que dois juízes do ex-presidente sairão de férias em fevereiro e março e, por isso, decidiram agendar a discussão sobre a sentença de Sergio Moro para o dia 24. Se não fizessem isso, o julgamento só ocorreria no final de março, sob o risco de ser atropelado pelo calendário eleitoral. 

O revisor do caso, desembargador Leandro Paulsen, responsável por agendar o julgamento após receber o relatório de João Gebran Neto, sairá de férias na segunda (29). Ficará fora por um mês. “Quando ele retornar, em 27 de fevereiro, outro integrante da turma que julgará o petista, Victor Laus, estará fora. Logo, se o caso não fosse debatido na primeira sessão do ano, só poderia ser avaliado pelo colegiado completo no fim de março [Laus retorna dia 22 de março].”

Após o julgamento, a defesa de Lula tem direito a apresentar embargos, que costumam ser analisados pelo TRF-4 num prazo de 2 a 3 meses. Ou seja, se o julgamento ocorresse no final de março, ainda haveria discussão sobre recursos até junho, quando os partidos começam a fazer convenções para definir os candidatos oficialmente. “O calendário é extremamente importante para o destino de Lula. Pré-candidato à Presidência, ele terá que se registrar em agosto na corrida eleitoral”, anotou a coluna.

Mesmo com o julgamento ocorrendo no dia 24, “o período em que os desembargadores ficarão fora poderá ter impacto na apreciação de recursos apresentados após a decisão do colegiado sobre o petista.”

“Os embargos de declaração precisam ser apresentados dois dias depois da publicação da decisão. O relator, João Pedro Gebran Neto, deverá elaborar novo voto e encaminhá-lo ao revisor, Paulsen. Este é quem marca a data do julgamento.”

A coluna ainda informou que quando desembargadores saem de férias, juízes substitutos assumem. Mas não foi uma opção no caso de Lula. 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Só lamento

    Quem acredita em Justiça imparcial, técnica, etc., irá quebrar a cara.

    Justiça é o que o juízes querem que seja. Simples assim. Rito? Prazos? Jurisprudência?

    Ora, ora, ora. Só incautos acreditam nisso.

    Justiça é a expressão da vontade e do poder dos juízes. E hoje eles têm do seu lado as polícias Militar, Civil, Federal, Exército, o oligopólio midiático, 80% do PIB, o MPF e amplas parcelas da classe medíocre, ops., média.

    Do outro lado, nessa queda de braço, tem a parcela mais pobre da sociedade que começa a se organizar e ir à rua.

    Se não crescer o caldo popular a ponto de ameçar uma revolta civil, não tem pra ninguém. A Justiça e sua turma vencerão de goleada. É esperar pra ver todos os prazos, leis, jurisprudências, etc., indo para o espaço, e passando a imperar a vontade do mais forte – onde a Justiça é apenas uma expressão dessa vontade e poder.

  2. Os jovens e os manipulados

    150 jovens acupam as calçadas da Globo no Jardim Botânico protestando pacificamente. enquanto isso milhares de manipulados passam em frente com seus carros fingindo que não sabem o que está acontecendo.

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