Haddad é absolvido em ação do Ministério Público de SP contra trote em Villa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – A Procuradoria de São Paulo perdeu uma ação contra Fernando Haddad envolvendo o trote da agenda no comentarista da Joven Pan, Marco Antonio Villa. A Justiça determinou o fim do processo por não visualizar comprovação de que Haddad tenha sido improbo ao publicar suas tarefas na prefeitura de modo similar ao que faz a equipe de Geraldo Alckmin, numa tentativa de provar o partidarismo de Villa. A juíza escreveu na sentença que embora tenha sido “reprovável” a conduta de Haddad, não há provas de crime. O caso foi arquivado.

Por Felipe Luchete

No Conjur

A Justiça de São Paulo rejeitou nesta segunda-feira (23/1) ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT) por ter publicado agenda oficial com informações incompletas, para enganar um comentarista de rádio. Para a juíza Carolina Duprat Cardoso, da 11ª Vara de Fazenda Pública, o ato de improbidade não acontece mesmo se comprovadas ilegalidades formais, mas apenas quando há “violação substancial” dos bens da administração pública.

No dia 16 de maio de 2016, a prefeitura divulgou que Haddad daria apenas despachos internos, quando na verdade teve atividades na rua. Horas depois, o então prefeito declarou que a intenção foi dar um “trote” no historiador Marco Antonio Villa, que costumava criticar na rádio Jovem Pan os compromissos oficiais do petista.

O Ministério Público de São Paulo não viu graça e ajuizou ação civil pública pedindo indenização de R$ 72,5 mil (equivalente a três vezes a remuneração mensal do prefeito), por dano moral, e até a perda da função pública de Haddad, além da suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público.

A juíza, porém, entendeu que a falsidade das informações nem sequer foi comprovada, pois a agenda oficial acabou atualizada na mesma data para o período da tarde, com acréscimo de compromissos, seguindo o princípio da publicidade.

“Ainda que o intuito revelado pelo demandado fosse reprovável,e pudesse, por elevação de conduta, ter sido evitado, não há justa causa para o recebimento da ação, porquanto não praticou ato de improbidade administrativa passível de punição”, afirmou.

O processo foi apresentado em julho de 2016 e a defesa de Haddad foi feita pelos advogados Igor Sant’Anna Tamasauskas e Otavio Maziero, do Bottini e Tamasauskas Advogados. O entendimento não é prematuro, de acordo com a sentença, porque o caso “é essencialmente documental”, com manifestação das partes envolvidas.

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Isto não deveria ter sido sequer fruto de uma ação.

    O uso político do MP,  esgota os cofres publicos. Assim a acusação de improbidade administrativa neste episódio  com o único fito de desmoralizar o antigo prefeito é um gasto de dinheiro publico, que apenas gerou publicidade. O MP deveria  penalizar procuradores que promovem açoes  que não tem base judicial.

    1. Litigancia de má-fé
       
      deveria

      Litigancia de má-fé

       

      deveria ser criminalizada além do responsavel paqgar as custas judiciais, este é um belo motivo para os lerdos do PT, assim poderiam pensar tres vezes antes de proporem ações claramente desfocadas do tipo juridico correspondente.

  2. Os procuradores têm que continuar procurando!

    Diz-se que quem procura acha. Parece que os procuradores têm pouco serviço na procuradoria que resolveram procurar algo mais surreal. Pegadinha do malandro. Rááááá´!

    ps, Haddad, a pegadinha foi genial. Parabéns!

  3. Villa Cesamo

    Agora só falta o Villa  ser condenado por difamação – Haddad anunciou em entrevista que o processaria por ter dito que o prefeito não trabalhava.

     

  4. Procuradores

    Um mal maior que alguns “bons” conseguem fazer

    Essa “gastança de procuradores” precisa acabar. Ou será que  é o pretendido por eles, p/ acabar mais depressa com o país?

  5. Impressoras nas urnas
    Amigo, sou eng. Eletronico e o problema possivel das urnas estah entre o desejo do votante e voto computado ou impresso… Entao, e mais gastaçao de dinheiro… Pois… Mesmo se houver certificaçao de software…funçoes, modulos,etc… O hardware sempre poderah apresentar comportamentos “menos” honestos…o mundo passa por uma crise moral … As maquinas apenas refletem o desejo e “virtudes” dos seus criadores …. Abs

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador