Irmã de Bretas, amigo e Witzel, é contratada para cargo de confiança do governo do Rio

A advogada Marcilene Cristina Bretas Santana passa a atuar como assessora da Controladoria Geral do Estado (CGE) órgão que terá a responsabilidade de fazer o controverso teste de integridade

Jornal GGN – O Diário Oficial do estado do Rio de Janeiro publicou nesta quinta-feira (18) a nomeação da advogada Marcilene Cristina Bretas Santana para o cargo de assessora da Controladoria Geral do Estado (CGE). A nomeação foi assinada pelo secretário da Casa Civil, José Luís Cardoso Zamith. As informações são do blog Ruben Berta e da Folha de S.Paulo.

Marcilene é irmã do juiz responsável pela Operação Lava Jato do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, amigo do governador Wilson Witzel. Ela ocupa a vaga não mediante concurso, mas no regime de cargo de confiança. O órgão onde ela passa a trabalhar, o CGE, é responsável pelo controle interno do Estado investigando possíveis desvios de conduta de servidores.

Na gestão Witzel o CGE deve levar adiante uma de suas promessas de campanha: o controverso teste de integridade que irá simular o oferecimento de propina para funcionários públicos.

O processo seletivo foi aberto em janeiro e exigia bacharelado em direito “com formação sólida na área pública, saber ler textos em inglês e ter disponibilidade para cumprir a carga horária de 40 horas semanais”, além e experiência no sistema jurídico estadual e atuação em processos envolvendo licitações. Outra exigência era que a pessoa tivesse pós-graduação em assessoria jurídica ou experiência em áreas como as que a CGE atua.

Entre 800 currículos que o órgão recebeu, o de Marcilene se encaixou em todos os quesitos. A advogada tem um escritório em Queimados, na Baixada Fluminense. No município ela atuou como controladora-geral, entre 2003 a 2005, e consultora jurídica geral do mesmo órgão de 2013 a 2016, nos governos Azair Ramos (ex-MDB) e Max Lemos (MDB), este último é atualmente deputado federal e tem ligações com Jorge Picciani (MDB).

A relação entre Bretas e Witzel vem da Justiça Federal, onde se tornaram amigos. Durante as eleições, ambos disseram publicamente que se afastariam um do outro para evitar rumores na condução da Lava Jato durante o pleito.

Três dias antes da eleição, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), concorrente direito de Witzel, derrotado no segundo turno, foi acusado pelo ex-secretário Alexandre Pinto de fraudar licitações de grandes obras. A informação foi divulgada após depoimento para Bretas.

Também no período eleitora, Anthony Garotinho (PRP), que concorria ao pleito, foi condenado criminalmente durante a campanha pelo TRF-2, onde o atual governador atuou como juiz.

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “Cargo de confiança” é para ser oferecido aos amigos… não muda nada… quem tem QI, leva muita vantagem… sempre…

  2. “Aos amigos os favores, aos inimigos a lei.”
    (Maquiavel)
    Não há nada de novo na política, com exceção de que agora pode atirar na cabecinha.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador