Itália marca julgamento de extradição de Pizzolato para 5 de junho

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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De Agência Brasil

 
André Richter
 
A Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, marcou para o dia 5 de junho o julgamento do pedido do governo brasileiro de extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, o processo do mensalão. A data foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Pizzolato estava foragido desde novembro de 2013 e foi preso em fevereiro, em Maranello, na Itália.
 
Por determinação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os procuradores regionais da República Vladimir Aras e Eduardo Pelella irão à Itália para acompanhar o julgamento e reunir-se com autoridades italianas. Para defender a extradição no tribunal, a Advocacia-Geral da União (AGU) contratou um escritório de advocacia na Itália. A missão contará com apoio da Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça.
 
O pedido de extradição foi elaborado pela PGR e entregue ao governo italiano pelo Ministério das Relações Exteriores, em fevereiro. No entendimento da procuradoria, mesmo tendo cidadania italiana, Pizzolato pode ser extraditado para o Brasil. “O tratado de extradição firmado em 1989 entre Brasil e Itália não veda totalmente a extradição de italianos para o Brasil, uma vez que cria apenas uma hipótese de recusa facultativa da entrega. O Código Penal, o Código de Processo Penal e a Constituição italiana admitem a extradição de nacionais, desde que expressamente prevista nas convenções internacionais”, diz a PGR.
 
No mês passado, o Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição de Pizzolato. O órgão também pediu que o governo brasileiro esclareça se os presídios do país têm condições de receber Pizzolato, caso ele seja extraditado.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

22 Comentários

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  1. o processo foi rápido hem???

    por favor, me ajudem numa dúvida:

    porque no caso daquele famoso médico acusado de mais de 50 estupros ( Roger Abdelmassih) a justiça brasileira não pede a extradição do meliante???

    eu só queria entender…………….

    1. Quem pede extradição não é o

      Quem pede extradição não é o Poder Judiciário, pois não faz parte de suas funções.

      1. Veja ao que estou me referindo:

         

        Veja ao que estou me referindo:

        “porque no caso daquele famoso médico acusado de mais de 50 estupros ( Roger Abdelmassih) a justiça brasileira não pede a extradição do meliante???”

         

        1. A Justiça brasileira não pode

          A Justiça brasileira não pode pedir extradição.

          O Poder Judiciário julga e condena, se for o caso.

          Quem pede extradição é o governo brasileiro, representado pela Presidente Dilma. O Ministério da Justiça faz parte do Poder Executivo, é subordinado à Presidente Dilma.

           

    2. A diferença é mto singular

      A diferença é mto singular para a justiça brasileira fazer o pedido de extradição.

      O Roger Abdelmassih, devido a sua idade, as suas fraquezas não estão mais numa área de satisfação sexual.

      No caso de Herique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, a prisão no Brasil retira-lhe a satisfação na área econômica.

      1. Não foi a Justiça brasileira

        Não foi a Justiça brasileira que fez o pedido de extradição. Não cabe ao poder judiciário. Foi o governo Dilma.

          1. Leia no post:

            “Para defender a extradição no tribunal, a Advocacia-Geral da União (AGU) contratou um escritório de advocacia na Itália. A missão contará com apoio da Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça.”

             

          2. O Ministério da Justiça não

            O Ministério da Justiça não faz parte do poder judiciário. É um órgão do Poder Executivo, subordinado à Presidente Dilma.

        1. Foi o governo Dilma??? Isso

          Foi o governo Dilma??? Isso explica do rabo preso do Lula, deixando o petismo afundar quando poderia tomar dela o timão.

    3. A Interpol está procurando

      A Interpol está procurando (?). Agora, se ele estiver escondido no Líbano, como dizem, primeiro tem que ser preso e aí começar o processo de extradição, que o Líbano não prevê. É isso mesmo?

    1. Cristiana, eu li agora esta

      Cristiana, eu li agora esta ‘carta bomba”, e sou capaz de apostar o que quiserem que não foi a esposa do Pizzolatto que escreveu.

  2. diárias

    Muito bonito: vai ter acompanhamento da decisão italiana. O que justifica tal gasto com diárias para Servidores públicos viajarem até a Itália?

    Ah, sei. O salário tá baixo.

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