Janot diz que governo “compromete combate regional à corrupção”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Lula Marques/ Fotos Públicas
 
Jornal GGN – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, retomou o embate com o governo de Michel Temer e criticou o Ministério da Justiça. Segundo Janot, a pasta “compromete toda a estratégia do combate regional à corrupção”. Nas últimas semanas, grupos de trabalho da Operação Lava Jato em estados vem sendo fechados e com datas limites para encerrar atividades. 
 
Foi o caso, por exemplo, do fim da equipe de delegados do Paraná dedicada à atuação unicamente nas investigações da Lava Jato. Apesar de seguir com as apurações e medidas, policiais deixaram de trabalhar exclusivamente no caso relacionado à Petrobras.
 
Em respostas oficiais, a PF informou que o desmanche do grupo da força-tarefa ocorreu por “diminuição na demanda de trabalho da Lava Jato em Curitiba”. Entretanto, não foi a mesma impressão dada pelos procuradores da República do Estado, que indicam que as apurações massivas seguem. A Polícia Federal é instituição subordinada ao Ministério da Justiça.
 
Outro acontecimento recente relacionado à Lava Jato foi a manifestação da pasta do governo Temer de não querer criar um grupo de trabalho conjunto entre o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro e argentino, relacionado à Lava Jato e à Odebrecht. 
 
Os dois órgãos assinaram um acordo para ECI (Equipe Conjunta de Investigação) para apurar condutas ilícitas, investigação financeira e recuperação de produto ou proveito de crimes, que, na prática, significa a tentativa de aplicação de multas às empresas investigadas aos Estados.
 
A partir de agora, “as informações e qualquer outro meio de prova obtido em virtude da atuação da ECI tramitarão entre os membros da equipe e poderão ser utilizados nas investigações”, informou o MPF em nota. 
 
“Com o devido apreço à reconhecida dedicação dos MPFs da Argentina e do Brasil, o ato entre eles firmado não vincula o Estado brasileiro”, disse o Ministério da Justiça. A posição da pasta e a consecutiva manifestação da Procuradoria-Geral foi vista como um “recado” de Janot de crítica às medidas do governo nos órgãos de investigação.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Cadeia a juizes pgrs e promotores Blindadores e Blindados AntiPT

    pgr tucano golpista, engavetador da máfia fhc, da demotucanada e parças em geral, peça fundamental no golpe de estado e na ditadura de bandidos criminosos em andamento, da qual ele faz parte, será que acredita que existe algum brasileiro que leva a sério seu jogo de cena? 

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