Juiz autoriza laudo de sanidade mental sobre agressor de Bolsonaro

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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da Agência Brasil

Juiz autoriza laudo de sanidade mental sobre agressor de Bolsonaro

Por Jonas Valente

O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal da Subseção Judiciária de Juiz de Fora (MG), autorizou a realização de um laudo de sanidade por um médico particular sobre Adélio Bispo de Oliveira, acusado por um atentado contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), no início do mês. Ele foi preso no dia do ataque e agora é objeto de investigação pela Polícia Federal. Bispo foi encaminhado a um presídio federal em Campo Grande (MS).

O laudo de sanidade mental preliminar foi solicitado pela defesa de Adélio Bispo de Oliveira. Os advogados pediram que o procedimento fosse realizado por médico da confiança deles e que houvesse suspensão do curso do processo. Também pleitearam que encontros ou conversas com o acusado tivessem a presença de algum dos advogados. 

A defesa recorreu à possibilidade do laudo por médico particular depois que o juiz federal Bruno Savino negou a avaliação completa de saúde mental. O objetivo dos advogados é tentar justificar a necessidade do procedimento completo da saúde mental do acusado. Adélio Bispo assumiu o atentado. Em um dos depoimentos, afirmou que foi motivado por “Deus”. 

Na decisão de hoje, o juiz federal Bruno Savino argumentou não ver “indícios da alegada insanidade”, citando como exemplo a lucidez demonstrada pelo acusado na audiência de custódia. Mas autorizou o laudo técnico “para subsidiar a decisão desse juízo acerca da instauração ou não de incidente de insanidade”. O juiz federal destacou que a medida é um procedimento preliminar, não sendo ainda a avaliação de saúde mental propriamente dita. Caso o juiz assim decida, abre-se de fato uma análise da condição médica do acusado. Neste caso, acusação e defesa serão chamadas a apresentar suas posições e indicar assistentes técnicos.

Bolsonaro foi atingido no dia 6 de setembro quando fazia campanha na cidade mineira. Em seguida, foi levado à Santa Casa do município, onde passou por cirurgia. Atualmente, Bolsonaro está em recuperação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O quadro do político é estável. 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. Fiquemos atentos.

    Fiquemos atentos. Provavelmente nesse momento não duvido que a investigação esteja preparando uma ligação entre Adélio e alguém do PT, no estilo “uma pessoa que ajudou Adélio é  tio de um amigo do sobrinho que é casado com a mãe de um filiado do PT – logo, o PT é o mandante intelectual da facada contra Bolsonaro. Notícia apurada pela Veja e noticiada pelo macho Alfa Bonner no sábado véspera do primeiro turno. 

  2. O oficial e o sentido

    Quem serão esse advogados tão atentos? Quem tem interesse em que essa história reverta a favor de Bolsonaro? Será possível que apoiadores de Bolsonaro estejam pagando os advogados? E agora o tal médico particular que fará o laudo: quem é, quanto cobrará e de quem? Que apito toca essa turma toda? Com certeza apenas um arroubo de um louco sem recursos – a ponte de fazer bico como pião de obra – não parece ter sido, não. Se até a tal de facada esse sr. Adélio era um solitário, como tem tentado vender o consórcio hegemônico de firmas privadas de comunicação em massa, hoje tem à sua disposição – ou à disposição… de quem? – uma equipe bem grande, médicos, advogados… para completar o rol das profissões típicas da classe média, só falta um engenheiro da firma em que Bispo trabalhou para atestar algo que vise favorecer o candidato…

    (***)

    É que talvez haja quem vote nesse truculento candidato seja lá o que ele diga ou faça. Mas que uma pessoa sensata tendente a votar em Bolsonaro, vendo o vídeo gravado no hospital, terá grandes possibilidades de mudar seu voto, ah, isso tem, sim. Quem imagina aquele chororô rancoroso tendo a responsabilidade pela reconstrução da democracia num país em frangalhos como os golpistas estão fazendo? Fora os atos falhos: Bolsonaro diz que sentiu como se tivesse sido um soco na boca do estômago mas que, “quando o tempo foi passando vimos que era algo mais grave” (aprox 3m20s no vídeo original).

    Ora, como assim “quando o tempo foi passando”? Que percepção do tempo tem alguém que estava naquela adrenalina? Quanto tempo se passou até que Bolsonaro percebesse que “era algo mais grave”? O suficiente para dizer “quando o tempo foi passando”? E mais: “vimos que era algo mais grave”. “Vimos” quem? Ele está falando de algo grave contra sua pessoa, uma vivência fortíssima e individual, ou de uma equipe?

    Como falei, acho que uma pessoa que não esteja absolutamente entorpecida pela ideia de ter alguém como esse candidato eleito dificilmente, depois desse vídeo… ok, ok, o Jornal Nacional falou que é verdade então é verdade. Mas “ainda bem que o Jornal Nacional não vai estar comigo no momento em que eu apertar o botão, na urna de votação.”

  3. Laudo

    “De acordo com a análise feita, o autor imitou a atitude de alguns apoiadores do candidato que ele apunhalou. Ele não estava com camiseta amarela, um dado bastante importante.”

  4. Desanimador. Existisse
    Desanimador. Existisse justiça nestas vastas terras invadidas por negros malandros e índios preguiçosos,pediriam,por questão de isonomia exame a ambos :autor e “vítima”.

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