Justiça proíbe atos da Havan por Bolsonaro e compara a voto de cabresto

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução de vídeo
 
Jornal GGN – O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, teve uma “conduta flagrantemente amedrontadora”, disse a Justiça do Trabalho de Santa Catarina, em liminar que proibe o empresário de realizar atos com seus funcionários em apoio ao candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL), ou qualquer outro candidato.
 
Para o juiz do Trabalho Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho, em Florianópolis, que assinou a liminar, houve “sem dúvidas, conduta que se enquadra como assédio moral”, ao se referir aos vídeos e atos organizados por Luciano Hang com os funcionários da Havan, em favor do candidato da extrema-direita.
 
Em um dos vídeos, que se tornou viral nos últimos dias, o empresário declara o voto a Bolsonaro e intimida os funcionários, ao afirmar que o futuro da rede Havan e de seus empregados estará em risco caso o candidato do PSL não ganhe as eleições.
 
O magistrado comparou, ainda, a medida tomada por Hang com as práticas do “voto de cabresto”, uma vez que há relação de subordinação dos funcionários e ao sugerir risco ao trabalho deles, fazendo, dessa forma, “ameaças veladas”.
 
“Não podemos fazer tudo o que temos vontade de fazer sem observar que impactos isso traz a outras pessoas, a uma coletividade ou à sociedade”, lembrou, ainda, ao destacar que a liminar não serve para “reprimir, tolher ou censurar” a opinião do empresário.
 
Mas que, segundo ele, “não cabe ao empregador, no ambiente de trabalho de seus empregados, promover atos políticos em favor ou desfavor de candidatos ou agremiações, fazendo-os de ‘claque’”, criticou Carlos Pereira.
 
A decisão foi em resposta a uma cautelar ingressada nesta terça-feira (02) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Todos os pedidos foram atendidos pela Justiça, exceto o espaço em rede nacional de televisão para direito de resposta do MPT.
 
Caso Luciano Hang volte a descumprir a decisão, a rede está sujeita a uma multa de R$ 500 mil. Em resposta, o empresário disse que vai recorrer e que é uma “tentativa do poder público” de o “calar”.
 
Abaixo, a íntegra da decisão:
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. A Justiça calou a boca do

    A Justiça calou a boca do dono da Havan e o mito Jair Bolsonaro faz de conta que não é amigo dele. Se deixou um empresário na mão, o que o Bozo não fará com os idiotas que brigam nas ruas por causa dele?

  2. O careca já tá surtando: na

    O careca já tá surtando: na rádio jovem pig tá falando um monte de asneira

    E não passa de um bandido: tem uma reportagem publicada no Diário do Centro do Mundo (www.diariodocentromundo/dinheiro-do-bndes-e-sonegacao-a-historia-real-das-lojas-havan-cujo-dono-intimida-funcionarios-para-votar-em-bolsonaro/) falando do “negócios” do careca

    Se detesta tanto o Brasil, pega aquela porcaria de estátua da liberdade que ele espeta em todas as lojas e dá linha para lá

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