Lava Jato pode render mais 95 inquéritos, 15 operações e 1 ano e meio de investigação

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Polícia Federal afirma ter condições de estender a apuração às ramificações dos esquemas na Petrobras. Já a CPMI no Congresso pode apresentar relatório final essa semana

Jornal GGN – Vários acontecimentos são esperados ao longo desta semana no que tange a Operação Lava Jato contra a Petrobras. O Ministério Público Federal (MPF), por exemplo, ficou de apresentar, entre esta segunda (8) e sexta-feira (12), as primeiras denúncias contra os empresários presos na etapa conhecida por “juízo final”. Enquanto isso, o Tribunal de Contas da União também está próximo de decidir se esses executivos serão enquadrados na Lei Anticorrupção.

Segundo informações da Rede Brasil Atual, a Polícia Federal afirmou “ter condições, a partir do cruzamento das informações obtidas e comprovadas, de abrir nada menos do que outros 95 inquéritos para apurar as ramificações do esquema de propina descoberto. O que pode resultar na deflagração de 15 novas operações e em, aproximadamente, um ano e meio de mais investigações sobre o caso – enquanto os processos judiciais dos principais acusados correm na Justiça.”

No caso, deve haver indiciamento por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e suborno para outros empresários envolvidos nos esquemas de fraude em licitação, formação de cartel, pagamento de propina e desvio de dinheiro da Petrobras, mas que ainda não ganharam os holofotes da mídia.

Em meio aos próximos passos da PF, do Ministério Público e do TCU, é esperada para esta quarta-feira (10) a apresentação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga a Petrobras no Congresso.

A data foi marcada na última pelo relator, o deputado Marco Maia (PT), mas tanto oposicionistas como membros da base aliada consideram que o estudo do relatório deveria ser adiado para, pelo menos, até o dia 18. O argumento é que mais oitivas deveriam ser realizas, pois a CPMI ainda carece de depoimentos importantes.

Na semana passada, os parlamentares ouviram o ex-dirigentes da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró. Mas muitas contradições ficaram no ar. Ainda há dois possíveis depoentes de peso: o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado.

Caso o relatório venha mesmo a ser apresentado, a CPMI tem prazo de cinco dias úteis para submetê-lo a votação e, então, declarar os trabalhos do grupo encerrados. Isso se ninguém pedir vistas do texto.

Para o deputado de oposição ao governo Dilma, Ônix Lorenzoni (DEM), o encerramento da CPMI é uma estratégia para evitar que Sérgio Machado e Renato Duque sejam ouvidos no Congresso. Haveria saia justa pois a entrada de Machado na Transpetro se deu por indicação do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB).

Segundo Lorenzoni, mesmo que a CPMI seja encerrada até o final deste mês, uma nova comissão parlamentar para a Petrobras já é estudada para o próximo ano.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. ou seja

    vai render muito pano pra manga.

    uma hora eles aprendem, e se livram desses vagabundos do pmdb. mas não antes de colocar o cunha na presidencia da camara.

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