Lava Jato pressiona Accioly, acusado de emprestar conta no exterior a Aécio

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Lava Jato deflagrou nesta quinta (23), no Rio de Janeiro, uma ação que atinge o amigo pessoal de Aécio Neves, o empresário Alexandre Accioly, dono da rede de academias Body Tech e padrinho de um dos filhos do tucano. Ele foi levado coercitivamente para depor sobre a operação C’est fini, que investiga corrupção no pagamento de precatórios do Estado.
 
Em agosto passado, a Lava Jato vazou a informação de que o amigo de Aécio está em tratativas para fechar uma delação premiada. Accioly teria tomado a decisão após ser citado no acordo do executivo da Odebrecht Henrique Valladares, que revelou ter pagado propina ao senador mineiro usando uma conta do amigo, em Cingapura.
 
Foram presos temporariamente os empresários Georges Sadala e Maciste Granha de Mello Filho, além do ex-secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Régis Fichtner.
 
Sadala é um empresário do mercado financeiro e membro do consórcio Agiliza Rio, que comanda o programa Poupa Tempo no Estado. Também é representante do banco BMG no Rio e, como destacou a Folha, “mais um integrante do que ficou conhecida como a “gangue dos guardanapos” a ser alvo da Operação Lava Jato. 
 
Fichtner, que era o único secretário do núcleo duro do governo Cabral que estava solto, comandava o programa Refis entre 2010 e 2012. Ele foi delatado por Fernando Carlos Bezerra, que afirmou levar malas de dinheiro ao ex-secretário durante toda a gestão Cabral.
 
O objetivo do programa era conceder descontos em pagamentos de multa para empresas que quitassem suas dívidas com o Estado. Isso poderia ser feito por meio de depósito em dinheiro ou com precatórios – ou seja, a empresa assumia o passivo do Estado com a Justiça.
 
O empresário Maciste é vizinho de Cabral, sócio da Macadame, uma construtora que fechou contratos que somam R$ 103 milhões no Estado. Segundo o delator Bezerra, Maciste pagava propinas que chegavam a R$ 200 mil.
 
O nome da Operação C’est fini é uma referência à festa promovida em Paris em que Sadala e Cavendish dançaram com guardanapos na cabeça com outros agentes que estão presos pela Lava Jato. Da emblemática cena, só o ex-secretário de Urbanismo Sérgio Dias ainda não foi preso.
 
FATOR HUCK
 
As primeiras crises de Accioly com Aécio fizeram o apresentador Luciano Huck virar meme nas redes sociais, após apagar uma série de fotos em que aparecia ao lado dos empresários, em suas redes sociais. 

Nesta quinta, a Revista Fórum publicou artigo lembrando que “Accioly é da turma de Huck desde, pelo menos, 2003, quando eles faziam parte de um grupo de ‘jovens empresários brasileiros’ que estavam investindo, principalmente, na indústria de entretenimento. Huck e Accioly são sócios em diversos empreendimentos. No Rio de Janeiro, tinham negócios nas rádios Jovem Pan e Paradiso.”

“Em 2011, montaram a rede de academias Bodytech, presente nos maiores shoppings. Os outros parceiros visíveis são João Paulo Diniz, Luiz Urquiza e o técnico Bernardinho (que deve sair para governador do RJ).” 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. a corrupção mais devastadora para qualquer país…

    é a que vem das grandes amizades

    estão aí para nos mostrar que são grandes porque não se contentam com pouco

    e quando precisam se esconder, entram todo dia em nossas casas

  2. Até que enfim citaram o rei

    Até que enfim citaram o rei da probidade,candidato a governador do Rio,o Bernardinho.Parabéns por citar o “ínclito ” cidadão.

  3. O Huk apagou o Aécio e agora

    O Huk apagou o Aécio e agora vai apagar o Aciolly. Tenho uma sugestão, ínves de apagar as pessoas que viram “indesejáveis’, porque não prevenir, e já ir fazendo um photoshop substituindo essas figuras do tipo Aciolly por Madre Teresa de Calcutá, Martin Luther King, Gandhi e por aí vai?  

    Agora, não seria interessante, Nassif, fazer uma analise sobre as diferenças entre a lava a jato de Curitiba, a de Brasília e a do Rio? Parece que em alguns momentos elas entram em conflito. 

    Certamente o Moro não gostou de Brasília ter chegado no Aécio. Só não “apagou” este daquela foto famosa porque seria inutil e além do mais ele acha que todo mundo acha ele inquestionável.

    A do Rio, com o Bretas, agora chega de novo perto do Aécio e do Huk, aquele que estão preparando como a nova “esperança branca”. Bretas que gosta de servir pipoca para o Moro, creio ser mais ajustável a agenda da lava a jato curitibana. Vejamos como ele vai resolver isso.

    PS: A filial paulista da lava a jato é meio inoperante, porque será? Seria porque é impossível não esbarrar em tucano pelo caminho?

  4. Uai !

    A lavajato não era só para investigar a Petrobras, a partir da posse do Lula , já que o FHC já está ” canonizado” ?

    O atual, não é o meu país !!! onde um sujeitinho qualquer faz o que quer e jamais é investigado ! O Moro já deveria estar preso há muito tempo, e demitido do serviço público, sem direito a nada. Ele representa um partido, assim como o Gilmar Mendes , bancos, mídia, etc etc.

    E a Miriam Leitão ganha o prêmio do ano da Globo , pela defesa à liberdade de expressão (da rede em que trabalha).

    E o povo  Ó !!!

  5. jornalismo investigativo

    Uma dica – a muito tempo denuncio que estavam preparando as candidaturas (fantoches) de Luciano Hulk a Presidência e de Bernardinho ao governo do Rio. O desmonte da política era parte disso para abrir caminho para os espelhos de Aécio Neves – ainda mais agora que ele não tem nenhum voto.

    São sócios a muito tempo nas falcatruas de Minas Gerais (centro administrativo, aquisição de terrenos por informação privilegiada, Cohab MG, Codemig, Cemig, Andrade Gutierrez etc etc. desvios, desvios desvios sob a batuta de Andrea Neves com inclusive extermínio de opositores e censura da imprensa. ( tem até gente ligada a roubo de caixas eletrônicos e outros)

    A eleições deles significa a eleição de Aécio.

    Qualquer catador de latinha sabe disso tudo aqui, só a imprensa alternativa não sabe.

    Que tal investigar e acabar com a farsa entes que seja tarde. 

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