Lava Jato tenta, sem sucesso, leiloar dois imóveis de Dirceu

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Dos três imóveis do ex-ministro José Dirceu, apreendidos e postos a leilão pelo juiz Sérgio Moro em processo da Lava Jato, apenas um foi vendido e pela metade do valor calculado inicialmente para a propriedade. Os outros dois ainda estão disponíveis, sem lances e a um dia do fechamento do prazo.
 
A primeira tentativa ocorreu no dia 26 de abril, sem nenhum interessado. Novos lances foram oferecidos com o valor mínimo de 80% da quantia dos imóveis, mas também sem compra.
 
O último deles foi encerrado no dia 16 de julho, mas os leilões de duas casas de Dirceu em São Paulo e uma em Vinhedo, no interior paulista, foram fracassados. A propriedade mais cara do ex-ministro, próxima ao parque Ibirapuera, em São Paulo, estava avaliada em R$ 6 milhões.
 
É um imóvel comercial, que para ser vendido dentro do processo judicial, para o magistrado de Curitiba, Sérgio Moro, recuperar as quantias supostamente desviadas por Dirceu, está sendo oferecido agora pela metade do valor, R$ 3 milhões.
 
A casa comercial localizada em Moema, bairro nobre da zona sul de São Paulo, sediava a empresa JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro. Os bens de José Dirceu foram apreendidos pelo juiz Sérgio Moro, que considerou as propriedades produto de crimes praticados pelo ex-ministro ou adquirido com valores ilícitos. 
 
Na última leva de lances, o imóvel residencial no bairro Saúde, na capital paulista, foi arrematado por R$ 465.187,50, valor muito inferior aos R$ 750,375 mil inicialmente avaliados [veja aqui].
 
Mas as outras duas propriedades seguiram sem compra e, por isso, um novo leilão foi aberto, para a casa comercial e para uma chácara em um condomínio na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo, com 2.300 metros quadrados e com preço também reduzido a R$ 900 mil.
 
Até o fechamento da matéria, nenhuma oferta foi realizada. O prazo se encerra amanhã (28), às 14h. Acesse aqui o Lote 1 e o Lote 2 de propriedade de Dirceu.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Dirceu não foi condenado de forma definitiva.

    Como se pode sair por ai leiloando os bens de Dirceu, se ele ainda não foi condenado de forma definitiva. Me parece que Moro quer obstruir a defesa como tenta fazer com Lula. Faz um cerco, bloqueando e ou vendendo bens, para retirar todas as possibilidade de defesa. A prisão e o cerceamento da liberdade fazem parte desta manobra condenatória.

    No caso de Dirceu ele por convicção e através de uma delação torturada concluiu que as consultorias não existiram. Da mesma forma que colocou em dúvida as palestras de Lula.  Em resumo a mesma tática e os mesmo fins.  Agora a notícia é apenas que não vendeu,  Enquanto que ninguém questiona porque colocou a venda.

    Não se esqueçam que Moro expropriou ( termo usado contra comunistas) a casa da nonagenária mãe de Dirceu. Este pessoal não tem limites.

    Será que obstrução da defesa não viola alguma Lei?

  2. Ora o triplex que não era do Lula só venderam porque combinaram

    com gente do PSDB, talvez com a intenção de criar uma falsa narrativa sobre as supostas/suspeitas/suspensas reformas.

     

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