Luís Roberto Barroso, finalmente uma figura referencial

Do Jornal GGN

Há um enorme vácuo de figuras referenciais em todos os poderes, no Executivo Federal, nos estaduais, nos partidos políticos, no Congresso, no Poder Judiciário. Sinal desses tempos de transição profunda, de mudanças radicais, nos quais o novo ainda não se formou e grande parte do velho envelheceu.

A falta de referências leva ao obscurantismo, à radicalização cega, à confusão ente vida pública e show bizz que produziu, especialmente no STF, exemplos deploráveis, como o sadismo indisfarçável de um Joaquim Barbosa, o oportunismo ligeiro de um Ayres Britto – e o profundo de um Luiz Fux -, a truculência parcial e erudita de Gilmar Mendes. Não me atrevo a trazer exemplos destacados do Congresso, tal a sua inexpressividade.

Independentemente das mudanças, na vida das Nações são fundamentais as figuras referenciais. São elas que deslindam os novelos da modernização, definem os alicerces intemporais, os valores centrais sobre os quais será erigido o novo, tendo a devida visão contemporânea de mundo para entender e reconstruir valores e conceitos.

Ontem, depois de muitos e muitos anos, vi o novo-velho-eterno ressurgir no Poder Judiciário, com a sabatina a que foi submetido o jurista Luiz Roberto Barroso. É uma luz vigorosa, um facho de discernimento, convicção e senso de responsabilidade em relação à Justiça como não se via há anos.

Em nenhum momento fugiu das questões pertinentes, a não ser em temas sobre os quais deverá se pronunciar quando Ministro. Abordou todas as questões com um didatismo, discernimento, sobriedade, educação, com uma capacidade de levantar pros e contra que foram esquecidas no Supremo – com a exceção honrosa de Ricardo Lewandowski.

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Luis Nassif

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