Lula atualiza ação na ONU com triplex, Thompson Flores e Moro no cinema

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Ricardo Stuckert

Jornal GGN – A defesa de Lula apresentou na quinta-feira (5) um novo documento ao Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos da ONU atualizando a ação que aponta violações e abusos cometidos pela Lava Jato de Curitiba em processos contra o ex-presidente.

Segundo a assessoria de imprensa da defesa de Lula, a sentença do caso triplex, a entrevista elogiosa à condenação concedida pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e a presença de Sergio Moro na estreia do filme sobre a Lava Jato fazem parte da atualização.

Entre os pontos questionáveis na decisão de Moro sobre o triplex está o fato de que Lula foi condenado com base em delações formais e informais. Além disso, o juiz alterou a denúncia do Ministério Público Federal, sem ter dado direito à ampla defesa.

Na sequência do julgamento, o presidente do TRF4 – instância que vai avaliar a sentença de Moro – disse ao Estadão que a sentença era irretocável, mesmo sem ter lido o mérito da discussão. 

Leia abaixo a nota completa:

Os advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Martins e o australiano naturalizado britânico Geoffrey Robertson apresentaram novo documento ao Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos da ONU. O objetivo foi atualizar o comitê sobre as violações relevantes ocorridas desde que a petição foi apresentada na ONU em 28 de julho de 2016 e seguida de uma réplica em 22 de maio de 2017.

O documento foi protocolado em 05 de outubro de 2017, em Genebra, na Suíça, e inclui a sentença do tríplex, que contém violações grosseiras de Direitos Humanos, além das declarações dadas à imprensa pelo desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, o TRF4, de Porto Alegre.

O documento também relata outros fatos ocorridos desde a última manifestação, como, por exemplo, a presença do juiz Sérgio Moro no lançamento de um filme que apresenta o ex-presidente Lula como culpado sem que exista qualquer decisão definitiva contra ele.

“A sentença proferida pelo Moro como juiz de primeira instância equivale a uma profecia que se cumpre pelo Moro juiz da investigação”, alerta a advogada Valeska Teixeira Martins. “Juntamos a sentença para atualizar estas violações ocorridas desde maio de 2017, quando protocolamos a réplica”, afirma. Para Geoffrey Robertson, Lula deveria ter sido julgado por um juiz imparcial, como previsto no artigo 14(1) do Pacto de Direitos Civis e Políticos da ONU. “Lula foi julgado e condenado por um juiz parcial, o que é inconcebível”, afirma Robertson.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. De todas as interpelaçoes

    De todas as interpelaçoes feiitas pela defessa de Lula, todas dirigidas a justiça bbrasileira, a única que vejo com possibilidade de êxito é esta da Onu. Só espero que a Onu se pronuncie a tempo de evitar qu se consuma a barbaridade jurídica de tirarem o Lula no tapetão.
     

    1. Inútil
      Desculpa, mas a pior de todas as ações é essa. A ONU não tem como intervir num processo jurídico interno de um país. É só propaganda dos advogados mesmo. Não estou fazendo juízo de valor de Lula ser ou não culpado. Minha opinião jurídica é independente da minha convicção.
      Abraços!

  2. Até você Nassif, tem buscar

    Até você Nassif, tem buscar organismos internacionais contra as barbarides que alguns juizes estão fazendo…

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