Mais três executivos presos são libertados por Gilmar

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes mandou que três executivos investigados na Operação Ressonância sejam soltos. Esta operação é desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Os executivos são Daurio Speranzini Júnior, Miguel Iskin e Gustavo Stellita.

Os três executivos, Speranzini, presidente-executivo para a América Latina da divisão de saúda da GE, Iskin, da Oscar Iskin, e seu sócio Stellita, estavam presos desde 4 de julho por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público Federal.

Eles são investigados por participar de esquema de fraudes em licitações na Secretaria de Saúde do Rio, entre 1996 e 2017, para fornecimento de equipamentos ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), com sede na capital fluminense.

À época dos supostos crimes, Speranzini era presidente-executivo da divisão de saúde da Phillips. Para justificar prisão, o MPF diz ter encontrado em diligência de busca e apreensão, um dossiê contra Israel Masiero, ex-funcionário da Phillips e delator do esquema. Iss seria indicativo de que, caso solto, o executivo prenteida atrapalhar as investigações, entenderam os procuradores.

A defesa recorreu ao TRF2 e ao STJ, sem obter sucesso, antes do STF. Ali, Gilmar Mendes acolheu as argumentações dos advogados e considerou haver ‘constrangimento ilegal manifesto’ na prisão.

Para Gilmar, ao soltar o executivo, Bretas não demonstrou de forma suficiente como o investigado poderia continuar a cometer crimes, uma vez que já mudou de emprego.

“Ora, se a Philips é a investigada, e o paciente não é mais seu CEO [presidente-executivo], não ficou demonstrado, no decreto de prisão, como o paciente conseguiria dar continuidade, até os dias atuais, às supostas irregularidades praticadas no âmbito da empresa da qual já se retirou”, escreveu o ministro.

No dois outros casos dos executivos, Gilmar considerou que não houve, igualmente, argumentação suficente para justificar a prisão preventiva. Assim, por determinação do ministro, os três executivos foram soltos e não poderão se comunicar com nenhum outro investigado e estão proibidos de deixar o país, devendo entregar seus passaportes.

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

2 Comentários

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  1. Gilmar vai com tudo..

    Enquanto não seja do PT, Gilmar vai “no atacado”, liberando todo o mundo, enfrentando a Lava Jato, para ocultar aqueles que exatamente ele “precisa” ou “é obrigado” a liberar. Como naqueles filmes onde os bandidos se misturam com os reféns para não serem pegos. Gilmar aposta no “eu sou contra tudo isso”, desde que dentro desse “tudo” não tenha algum PT, pois aí vai no varejo mesmo.

  2. Gilmar conseguiu ser odiado
    Gilmar conseguiu ser odiado pela esquerda e parte da direita mais reacionária.

    Com um Congresso Democrático, Gilmar tem que ser impitimado. Para servir de exemplo a todos togados e o país andar sem as armadilhas do meio judiciário.

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