Mais um assessor de Temer é alvo de investigação por propina da Odebrecht

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Anderson Riedel/Divulgação
 
 
Jornal GGN – Delatado por executivo da Odebrecht por receber caixa 2 com contrapartidas, o ex-prefeito de Rio Claro, Palmínio Altimari Filho (PMDB), hoje assessoria especial no governo Temer, é alvo de um pedido de inquérito na Operação Lava Jato.
 
Segundo reportagem do Estadão, Altimari, que atual na subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo da Presidência, recebeu R$ 150 mil para sua campanha de reeleição, em 2012. Na planilha de pagamentos irregulares da Odebrecht, ele aparece como Sabonete.
 
O delator Guilherme Paschoal contou que o assessor de Temer não recebeu doação da Odebrecht em sua primeira campanha para prefeito. Vitorioso, ele tentou interromper contratos da Odebrecht Ambiental com a prefeitura. Esses contratos referiam-se a uma PPP que tem previsão de durar 30 anos, a partir de 2007, ao custo de R$ 140 milhões.
 
“Altimari chegou a nomear uma comissão especial em 2009 para estudar o contrato, buscando irregularidades que possibilitassem o rompimento da parceria. A tentativa não prosperou e o contrato continua em vigor. Após a conquista da reeleição, a relação com a companhia foi tranquila, sem “nada que não fosse da praxe do contrato”, afirma Paschoal em seu depoimento. A PPP tem previsão de 30 anos, com investimento de R$ 140 milhões.”
 
Para evitar que novos obstáculos fossem criados em um segundo mandato, a Odebrecht decidiu fazer a doação.
 
Paschoal ainda revelou que teve um encontro no gabinete do então prefeito para avisar que a doação seria feita, mas na modalidade caixa 2. Altimari teria concordado e achado “ótimo”.
 
Procurada pelo Estadão, a assessoria de imprensa do assessor de Temer – que deve ganhar cerca de R$ 12 mil no governo federal – disse que ele não tinha conhecimento dos fatos para comentar.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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